13 passos para desenvolver sua resiliência

13 passos para desenvolver sua resiliência
Cristina Roda Rivera

Escrito e verificado por a psicóloga Cristina Roda Rivera.

Última atualização: 29 dezembro, 2022

Pessoas comuns demonstram uma capacidade da recuperação admirável diante de duros golpes da vida. Ser resiliente não é sinônimo de ser uma pessoa fria ou calculista; isso está muito longe da realidade.

A resiliência é uma capacidade que nos orienta para o futuro, para a esperança e para a força. Mas, antes de tudo, nos orienta para a ação. A resiliência pode ser aprendida, não é um traço de personalidade que aparece em algumas pessoas e em outras não.

Ser resiliente significa que, apesar da dor e das circunstâncias adversas, uma pessoa é capaz de seguir com sua vida sem perder o controle, e começar de novo quando tudo deu errado.

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Há muitos fatores que contribuem a ter resiliência, um dos principais é ter relações significativas com o meio que nos cerca, através de seus familiares e amigos. Outro fator é a capacidade de fazer planos realistas, planejar bem os passos e segui-los, ter uma visão positiva de si mesmo ou a capacidade de lidar com fortes emoções ou impulsos.

Formas de aumentar a resiliência

O bom é que, ainda que pareça complicado, todas estas habilidades podem ser desenvolvidas e aprendidas. Portanto, não é algo que só é acessível a alguns, todos em algum momento de nossas vidas podemos ser resilientes. A seguir contamos algumas formas para aumentar seu nível de resiliência:

  • Estabeleça boas relações ao seu redor: pense em familiares, amigos, companheiros de trabalho ou inclusive nos pais das crianças que brincam com seus filhos. Estabeleça um círculo social que lhe faça perceber que seu tempo é bem utilizado e que você é uma peça importante nesse mesmo sistema.
  • Aceite que a mudança é algo essencial para a vida: não há evolução sem mudança e mesmo que você não queira evoluir em nada, a mudança acontecerá. Portanto, adapte-se à mudança que vai ajudar a colocar em prática estratégias mais dinâmicas e a diferenciar as circunstâncias da sua vida para poder melhorar naquilo que deseja.
  • Evite levar as crises da sua vida como problemas insuperáveis: você não pode evitar que os eventos altamente estressantes apareçam em sua vida, mas poderá melhorar sua relação com eles. Tente ampliar sua visão e ser consciente de que a maioria dos estresses são temporários, não fixos ou permanentes. Se eles forem, faça um plano de organização e atuação.
  • Estabeleça pequenas metas que sejam alcançáveis: se você tiver um grande objetivo no horizonte, a forma de chegar até ele não é correndo. Você deve ir pouco a pouco, estabelecendo pequenas metas realistas. Seja consciente de até onde você pode chegar, porque “quem tudo quer, nada tem“. Se você é capaz de ir cumprindo algumas, sinta-se bem consigo mesmo. Você já está no caminho.
  • Não tenha medo de tomar decisões: não ignore os problemas, tente não fazer isso. Se você pode resolver algo agora e isso vai lhe economizar problemas, faça assim que puder. Se não puder fazer agora, seja capaz de esperar o momento para fazê-lo sem dedicar muitos pensamentos antes.
  • Cultive uma visão positiva de si mesmo: a autoconfiança nas capacidades pessoais e na atitude positiva contribui para formar uma atitude resiliente.
  • Descubra a si mesmo: talvez após um duro golpe você sinta a necessidade de encontrar sua parte mais espiritual, de ler, de explorar seu corpo e mente através de diferentes atividades. Uma mente ocupada se afasta dos maus pensamentos e ajuda a estabelecer bases para você mesmo, que terão muita utilidade no futuro.
  • Mantenha as coisas em perspectiva: algo ruim ter acontecido não quer dizer que sua vida inteira está à deriva, nem que a sua personalidade e valores também estejam. Delimite bem o problema para poder atacá-lo e evitar que contamine o que há de belo em sua vida.
  • Pergunte-se o que lhe fez sair do “fundo do poço” em outras ocasiões: lembre-se de situações duras pelas quais você passou em sua vida e pense em qual foi o segredo da sua recuperação. Se você souber o que foi, volte a colocar tal coisa em prática, porque o que deu certo em uma circunstância pode dar certo em outra.
  • Cuide de si mesmo: não deixe que o trabalho e as ocupações sejam as únicas coisas que preenchem seu tempo. Faça coisas das quais você gosta e com as quais pode aproveitar e, acima de tudo, descanse. Passe bastante tempo com pessoas que fazem você se sentir bem.
  • Alivie-se: mesmo que as emoções sejam fortes, expresse-as. A repressão emocional pode chegar a deixar uma pessoa doente.
  • Consulte livros, terapias ou recursos na internet: tente localizar pessoas que passaram pelo mesmo que você quando estiver preparado para falar abertamente, ou recorra a profissionais se o que você precisa é avançar e não sabe como começar.
  • A perseverança e a confiança serão seus aliados para enfrentar o caminho. Não se esqueça.
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A resiliência não é uma qualidade isolada, é uma forma de entender a vida

Dizem que quando você se torna forte há poucas coisas que lhe fazem mal ou lhe impedem de seguir sonhando e com todos os seus planos, como você pensava antes. A resiliência seria a capacidade equipar essa força não somente com sensações ou reações, mas de enquadrá-la dentro de uma estratégia que ajude as pessoas a melhorarem a forma como encaram seus mecanismos de estresse.

Uma vez que você é consciente dela, falta apenas que você a desenvolva e coloque-a em prática. Com empenho e persistência você poderá conseguir. Ser resiliente é uma habilidade que pode ser aprendida ou que ajudará a compreender a vida de outra maneira.

“Se não está em suas mãos mudar uma situação que lhe causa dor, você sempre poderá escolher a atitude com a qual vai enfrentar esse sofrimento.”

– Viktor Frankl-

 


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.