5 chaves para superar a dependência emocional

5 chaves para superar a dependência emocional

Última atualização: 14 janeiro, 2016

Nós, seres humanos, somos “animais sociais” e precisamos dos outros, isto é indiscutível, mas quanto precisamos dos outros? Onde está a linha que separa um vínculo saudável de uma dependência sentimental?

O contato com outras pessoas é imprescindível para nos desenvolvermos. As crianças precisam de um cuidador que lhes proporcione não apenas alimento, mas também calor humano e afeto. Quando crescemos, para termos uma vida plena, precisamos de um entorno social: familiares, amigos, companheiro…

Mas uma coisa é a necessidade de contato social e outra são as relações concretas nas quais entramos.

A dependência emocional

Frequentemente, e principalmente nas relações amorosas, entra em jogo a dependência emocional, e a relação, longe de ser um apoio, se transforma em um obstáculo para o desenvolvimento e até para a saúde mental dos componentes do casal.

A dependência emocional

Se você não é feliz na sua relação, pode ser que você viva a partir de uma posição de dependência. A seguir, descrevemos alguns sinais de alerta para alertá-lo sobre a possibilidade de você estar vivendo uma dependência sentimental com o seu companheiro.

1. Em primeiro lugar, se a sua relação lhe provoca sofrimento (como ansiedade ou tristeza) e, ainda assim, você se sente incapaz de mudar o rumo ou deixá-la, é bem provável que você tenha algum grau de dependência emocional. As relações são complicadas e requerem esforço, mas não sofrimento.

2. Um sinal mais concreto é quando você não desenvolve nenhuma atividade fora da sua relação. Seja um hobby, estudos, uma carreira profissional, amigos… Se tudo que você faz é com seu companheiro, é muito provável que a sua relação seja de dependência.

3. Outra característica da dependência no casal é a incapacidade para estarem sozinhos. Pode ser que você tenha se acostumado tanto a compartilhar tudo com seu companheiro, que já não sabe o fazer quando está sozinho, ou é tomado pela preocupação: seja porque pode lhe acontecer alguma coisa ou por que não sabe o que ele está fazendo.

4. Você tem pensamentos ou a crença de que não poderá viver sem essa pessoa ou que a sua vida sem ela não teria sentido, que ela é o seu mundo. Estas são ideias próprias de uma relação de dependência.

5. O ciúme costuma ser outro bom indicativo de uma relação de dependência, já que está relacionado à insegurança e à falta de comunicação.

A dependência emocional pode ter muitas causas

Em alguns casos, a pessoa pode não ter aprendido a tolerar o sofrimento inerente da vida e portanto, não se julga capaz de abandonar um companheiro que lhe faz mal por medo da mudança ou da sociedade; os casos extremos deste exemplo são aquelas pessoas que sofrem abusos físicos e/ou psicológicos.

Em outros casos, por problemas de autoestima, a pessoa é dependente do seu companheiro para se sentir valorizada positivamente de fora, para ser admirada ou para que lhe deem a segurança que não tem em si mesma.

Seja qual for a razão, a dependência do outro sempre é, em última instancia, um problema do indivíduo que a sofre, que tem que trabalhar dentro de si mesmo para poder estabelecer relações saudáveis; caso contrário, as expectativas, a exigência de tanta companhia, os ciúmes… acabam por deteriorar suas relações.

Não deixe que o seu companheiro ocupe todo o seu ser e a sua mente de tal forma que não haja lugar para você. Amar não é desaparecer.

– Walter Riso –

Como é possível vencer a dependência emocional?

A dependência emocional

1. A primeira coisa é ser sincero consigo mesmo e procurar as raízes dessa dependência. Pode ser por medo da solidão porque talvez você nunca a tenha enfrentado, porque a sua autoestima depende da bajulação do seu companheiro… Reflita sobre isto porque será o pilar fundamental da sua superação.

2. Reconcilie-se com a sua solidão. Encontre espaços nos quais você possa ser você mesmo sem o seu companheiro e, principalmente, aproveite-os: você pode começar a fazer ioga, procurar um grupo de caminhada, se inscrever em um curso de fotografia… Com certeza existe algo que aguce a sua curiosidade ou que você sempre tenha desejado fazer. O importante é poder confiar que existe algo em você mesmo que não depende do seu parceiro.

3. Tome consciência dos seus pensamentos negativos, especialmente ciúmes, medos, etc., e procure ser mais forte que eles. Quando você perceber que está caindo em uma espiral de pensamentos negativos, vá para a rua para passear, ligue para alguém para conversar…

4. Converse com seu parceiro. A comunicação é um pilar fundamental em uma relação. Trata-se de compartilhar a sua experiência para que seu parceiro saiba de tudo que você está passando e as mudanças que você pretende realizar. Assim, poderá apoiá-lo e entendê-lo melhor.

5. E, sem dúvida, considere a opção de procurar ajuda profissional se você não conseguir enxergar a forma de promover a mudança sozinho.

A vida é um caminho de aprendizagem e, quando soltamos a corda e nos livramos de medos e ansiedades, desfrutamos de tudo, especialmente das relações, de uma forma muito mais plena.

Você acha que vive ou viveu alguma dependência do seu parceiro? Neste caso, como você lidou com o problema ou o que você planeja fazer para superá-lo?


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.