A dislexia: o que é e como é tratada?

A dislexia: o que é e como é tratada?

Última atualização: 16 fevereiro, 2022

A verdade é que quando um pai ou mãe ouve que seu filho tem alguma doença ou transtorno, a sua primeira reação é um autêntico choque. Muitas vezes, o amor que sentimos por nossos filhos, um amor diferente de qualquer outro, e o desconhecimento da doença sobre a qual estão nos falando, faz com que supervalorizemos o problema.

Mas a verdade é que, às vezes, os obstáculos são grandes oportunidades para nós mesmos e para os nossos filhos…

Neste artigo, queremos falar sobre a dislexia e dizer que, se esse é o seu caso ou o do seu filho, não se limite pois você poderá conseguir tudo o que quiser. O fundador da IKEA, por exemplo, é disléxico… e há muitos outros casos.

O que é a dislexia?

Faz mais de 100 anos que surgiram as primeiras descrições sobre a dislexia. Desde então, o debate sobre como defini-la, diagnosticá-la e tratá-la não parou.

Atualmente, a definição mais aceita é que nos é oferecida pela Associação Internacional de Dislexia, em 2002:

“Dificuldade específica de aprendizagem, de origem neurológica, que se caracteria por dificuldades no reconhecimento preciso e fluído das palavras e por problemas de ortografia e descodificação. Essas dificuldades resultam de um déficit no componente fonológico”.  Não é uma doença e, portanto, não tem cura.

O cérebro de um disléxico é diferente. Certas áreas do cérebro, especialmente a área temporal superior do hemisfério esquerdo, responsável pelo processamento fonológico, e a área occipitotemporal, que é a que forma as representações visuais das palavras, funcionam de maneira diferente. Acredita-se que isso seja consequência de um funcionamento anômalo de alguns genes durante o desenvolvimento embrionário.  

Luz Rello e a dislexia

Luz Rello sofre de dislexia e é especialista nesse campo. Graças a ela, temos uma nova aplicação chamada “Pirulitos”, que consiste em uma série de exercícios e jogos para ajudar pessoas que apresentam essa dificuldade e com a qual ficou comprovada que a ortografia melhora notoriamente.

O Blog “Mis disléxicos” (Meus Disléxicos)

María montou esse blog há dois anos, com a ajuda de sua filha. Como ela mesma afirma, “estava desesperada, estressada e buscava me desafogar, convencida de que só a minha mãe e mais alguns me leriam”… María tem seis filhos e todos são disléxicos.

Mas, para a sua surpresa, seu blog começou a receber muitas visitas de outras mães cujos filhos sofrem de dislexia. Seu filho mais velho estuda Engenharia de Telecomunicações, um exemplo de que você pode ser o que quiser, mesmo sendo disléxico.

Recomendações para pessoas que sofrem de dislexia

– A melhor forma de ajudar uma criança disléxica é facilitar-lhe ferramentas para que suas dificuldades sejam compensadas quando precisar enfrentar as palavras; ferramentas que lhe deem confiança e ânimo para superar esse pequeno obstáculo e seguir em frente.

– Quanto antes detectarmos que a criança tem essa dificuldade, melhor ela conseguirá enfrentar e automatizar as ferramentas que citamos anteriormente.

– Os pais devem ficar tranquilos e não supervalorizar o problema, mas também não deixá-lo para lá. É preciso manter a consciência de que, se o problema realmente existe, ele não vai desaparecer sozinho.

– Agir em conjunto com as pessoas que fazem parte da educação da criança, sejam eles professores ou outros familiares. Todos podem e devem somar. Futuramente, a criança agradecerá muito qualquer passo dado em uma boa direção.

O limite estará onde você o colocar

O Cantor Paul Donés, o ator atraente da série Grey’s Anatomy, Patrick Dempsey, e o fundador da IKEA são disléxicos. O bonitão Dempsey reconhece “Para mim é muito difícil ler os parágrafos… mas nunca me dei por vencido”. E ele continua por aí, partindo corações…

Fechamos com uma frase de Luz Rello, que esperamos que lhes inspire: “A escola é a pior droga para um disléxico. Mas um dia acaba. Força! Depois poderá estudar o que quiser, ser o que quiser, e usar todas as ferramentas que quiser.”


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.