A hora de voar

A hora de voar

Última atualização: 25 setembro, 2015

Maharat tinha 22 anos de idade e sonhava viajar e se aventurar por países distantes. Sua mãe, em seu desejo de protegê-lo, tentou eliminar suas vontades com todos os tipos de argumentos e manipulações que conseguiram paralisar o seu entusiasmo. O jovem vivia em uma frustração constante, já que ele amava muito sua mãe e estava ligado à sua cultura e costumes. Um dia, cheio de dúvidas e reflexões, decidiu escalar uma montanha para pensar sobre a sua família e a sequências de tradições que o torturaram. Lá em cima, ele sentiu muito sono, fechou os seus olhos e, em sua mente, começou a visualizar uma cena estranha:

Uma ave semelhante a uma galinha, que certamente não tinha o dom de voar, estava chocando o ovo de outro pássaro que havia encontrado em seu ninho. A ave nasceu e, depois de um tempo, perguntou à sua mãe:

– Quando será que eu vou voar? E ela respondeu:

– Quer voar? Não prefere viver como nós? Além disso, se você voar e eu não, eu não poderei cuidar de você, e além desta terra há muitos perigos desconhecidos. Quando Maharat acordou se sentiu desnorteado e estranhamente aliviado. Enquanto ele estava na montanha ele ouviu as notas de um alaúde e uma alegre canção que dizia:

“Se você quer viver como as águias, não viva entre os pardais”.

(O voo das águias)

Não desista de seus sonhos pelo medo dos outros; mesmo daqueles de sua família. O único frustrado será você mesmo. Ouça conselhos da melhor forma possível, mas trate-os como dicas (diretrizes de vida), não os tenha como imposições. Quem quer rosas, terá de aprender a caminhar entre espinhos.

Quem aspira voar alto deve saber que nunca vai encontrar todas as condições a seu favor. Sempre haverá mais de um ‘porém’. No entanto, parte do jogo da vida é ser persistente, e ter sempre definido o ponto onde queremos chegar.

conto

O medo de voar

Não é segredo para ninguém que a vida não é fácil e que existem muitos momentos em que devemos tomar decisões que envolvem riscos ou sacrifícios, escolher entre a felicidade individual e o bem-estar coletivo.

A vida nunca avisa quando chegará a hora e quando será o momento. As melhores oportunidades, muitas vezes, surgem nos momentos menos esperados. É fundamental saber identificá-las e aproveitá-las, porque não se sabe se elas irão acontecer novamente e como irão se desenvolver no futuro.

Sem dúvida, a oportunidade que você perdeu hoje pode ser o seu maior remorso amanhã. E o tempo é implacável. Portanto, mais cedo ou mais tarde vamos nos arrepender de ter ficado sentados quando poderíamos ter feito algo para melhorar a nossa qualidade de vida.

A decisão e o julgamento

Aqui se testa o seu poder de decisão e julgamento, no sentido de que é o seu dever ter boa vontade e ouvir atentamente os conselhos que os outros irão fornecer a você. Mas é o seu dever decidir e raciocinar, também com o coração.

Há um tempo para tudo: tempo para rir e um tempo para chorar, um tempo para ser cuidado e um tempo para voar.

Ninguém vai avançar na vida se não correr riscos. Quase sempre devemos perder algo para ganharmos alguma outra coisa. Talvez tenhamos que olhar para os esforços e para os momentos de dúvida como um investimento, não como uma despesa ou uma perda. O seu nível de felicidade será moldado de acordo com o seu bom senso e a sua capacidade para verificar e julgar as variáveis de sua vida.

Lembre-se da frase: sempre corra riscos com bom senso e prudência. Você não vai perder tudo em um instante, ou ganhar da noite para o dia. Tudo isso se trata de crescimento pessoal, pouco a pouco, como individuo e como ser humano, dia após dia.

O desapego é difícil, mas necessário. Se você quiser alcançar o sucesso em sua vida, você deve ter em mente os ensinamentos do “voo das águias” e os outros que a própria vida irá ensinar. A aprendizagem nunca termina e ninguém sabe tudo.

Imagem cortesia de Flying high


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