Aceitar os outros como eles são

Aceitar os outros como eles são

Última atualização: 05 julho, 2016

Você é capaz de aceitar cada pessoa como ela é? Ou frequentemente sente raiva, ressentimento, ciúmes e outros sentimentos negativos em relação a aquelas pessoas que não fazem o que você quer?

Essas atitudes tão negativas refletem dinâmicas de manipulação que contribuem para gerar estresse, conflitos e, no fim, é capaz de ferir os sentimentos dos outros.

Aceitar as diferenças

É verdade que todos nós somos únicos, tanto na nossa perspectiva de vida como em nossas atitudes, sentimentos e experiências. Nunca existiu uma cópia exata de nós, nem nunca existirá. Você é único, não há ninguém como você em todo o mundo, você está ciente disso?

São justamente as diferenças e as características pessoais que tornam a vida interessante, um desafio. A maneira de tratar as outras pessoas que veem a vida de forma diferente é o que enriquece as relações. O mais triste é que essas diferenças muitas vezes podem levar (se forem mal-administradas) a conflitos sem solução, estresse e decepções.

É fundamental aceitar a singularidade das pessoas, mas isso não é tão fácil como parece. Nos relacionamentos, por exemplo, criamos uma ideia de como a nossa “metade da laranja” deve ser e como ela deve agir de acordo com os nossos padrões e esperamos que elas façam isso. Claro que isso nunca vai acontecer e os problemas irão surgir sempre que tivermos expectativas rígidas.

Não podemos culpar os outros porque eles não são como gostaríamos que fossem. A razão de ser um relacionamento ou amizade é a felicidade compartilhada, alcançar o enriquecimento mútuo, e não mudar ninguém.

Nem tudo irá nos agradar

Precisamos deixar algo claro: o comportamento da pessoa de quem não gostamos é errado? Ou simplesmente faríamos as coisas de uma maneira diferente? Ao não estabelecermos essa diferença, acabamos apenas vendo muitas atitudes que nós não gostamos em nosso parceiro ou em nossos amigos.

Não devemos exigir que os outros ajam, pensem e trabalhem como a gente, porque essa atitude certamente nos causará problemas. Quando estamos observando o que os outros fazem, perdemos a oportunidade de aproveitar o presente com eles, sem estabelecer julgamentos paralelos.

O que fazer quando você achar que um comportamento é indesejável?

Aqui já não se trata de aceitar os outros como eles são, mas sim de um comportamento que você não aceita, baseado em seus próprios códigos de conduta. Nesses casos, o importante é pensar no assunto e conversar com a pessoa sobre as suas ações. A forma de falar é importante no momento em que pedimos que alguém mude, porque em algumas ocasiões podemos colocar tudo a perder e conseguir justamente o contrário.

Ninguém muda sem mais nem menos, simplesmente porque adivinham o que você quer; não funciona assim. E se você acha que isso vai acontecer, vai se irritar cada dia mais, até que um dia qualquer você vai “explodir”.

É mais produtivo e eficaz abordar a questão com a pessoa que o incomoda, explicar o que o irrita e como você se sente. Dessa maneira o outro não vai se insultar, nem se sentir ofendido, e assim é mais fácil que mude o seu jeito de ser. Também é óbvio que devemos estar abertos às opiniões alheias quando eles sugerirem que mudemos algo, para no fim procurarmos uma forma de convivermos melhor e mais leves.

Quem queremos mudar? Se a lista é muito grande, talvez seja hora de refletir a respeito. Provavelmente isso significa que temos muito trabalho para fazer em nós mesmos antes de encontrarmos a verdadeira felicidade.

Imagem cortesia de Jeremy Blanchard.


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