Seu amor é ruim para a minha saúde

Seu amor é ruim para a minha saúde

Última atualização: 16 junho, 2015

O amor é a dimensão mais complexa, emocionante, satisfatória e, às vezes, também a mais trágica que existe.

Todos nós podemos nos apaixonar, desde pessoas emocionalmente maduras a outras cheias de medo e inseguranças, passando por aquelas que sofrem de algum problema psicológico.

Talvez esteja aí a maior dificuldade: encaixar toda essa mistura de personalidades, as sãs e as problemáticas, no seio de uma relação que, às vezes, se transforma em algo não apenas impossível, como também tóxico para nossa saúde física e emocional.

Às vezes, sem nem saber como, acabamos nos apaixonando por pessoas que, longe de nos fazer feliz, nos deixam cair num abismo cheio de altos e baixos, onde nunca há estabilidade, onde aparecem chantagens emocionais, rancor, desconfiança e, inclusive, a violência física ou emocional (ambas igualmente destrutivas).

Walter Riso, psicólogo clínico especialista em relações amorosas, criou uma série de categorias que viriam a definir os diferentes tipos de amores tóxicosVejamos um por um.

Tipos e relações tóxicas

O amor torturante:

Nesta primeira dimensão, teríamos as pessoas que buscam, a todo momento, ser o ponto de atenção do seu par. Podem chegar a ocorrer casos verdadeiramente obsessivos de dependência absoluta, onde sempre busca-se a aprovação e o reconhecimento do outro. Caso estes não sejam obtidos, cai-se em estados depressivos e até mesmo vingativos.

O amor paranoico:

Aqui teríamos a clássica relação onde um membro do relacionamento tem um comportamento obsessivo, achando que vai ser traído. Qualquer pequeno aspecto pode ser interpretado como uma clara suspeita de que está sendo menosprezado, rejeitado ou, pior ainda, de que não é amado. O nível de sofrimento criado ao redor do relacionamento não apenas é muito doloroso, mas também destrutivo para ambos.

O amor subversivo:

É um tipo de relação tão complexa como tóxica. Um dos dois vê seu parceiro como uma figura de autoridade, estabelecendo um comportamento de submissão ou mesmo de fuga. Pensa que sua vida é controlada pela outra pessoa, que ela não deixa fazer determinadas coisas, quando, na realidade, não deve ser assim. São pessoas imaturas que mergulham seu parceiro em contínuos estados de carinho e desprezo.

O amor narcisista:

É fácil de reconhecer e, com certeza, é um dos mais encontrados por nós. Existem pessoas que só veem e correm atrás de suas próprias necessidades e sentimentos. Diante de qualquer problema, só apreciam seu próprio ponto de vista e menosprezam, de propósito ou não, o cônjuge.

O amor perfeccionista:

Característico de uma personalidade obsessiva-compulsiva. Não há espaço para a liberdade ou para a espontaneidade; qualquer aspecto é controlado no menor dos milímetros, sob a ideia de que “assim é o melhor”, que “dessa forma a relação funcionará melhor”. A opinião de um dos membros do relacionamento fica à margem e costuma não ser ouvida pelo membro “perfeccionista”.

O amor violento:

Um dos mais perigosos. Há pessoas que entendem que a palavra “amar” é sinônimo de controle e dominação, tanto física quanto psicológica. São pessoas que exercem o controle de forma agressiva, é aí onde costuma aparecer o desprezo, a dominação e a submissão. É, sem dúvidas, a relação tóxica mais perigosa.

O amor caótico:

Define, em especial, aquelas pessoas emocionalmente instáveis. São relações com enormes altos e baixos, devido a um dos membros demonstrar, em parte iguais, um amor e um enorme desprezo. Há momentos de paixão absoluta, mas, dias depois, vem a indiferença. Um estado como esse pode acabar destruindo a outra pessoa.

O amor indiferente:

É característico das pessoas com alexitimia, ou seja, pessoas que são incapazes de reconhecer e expressar emoções, tanto as próprias como as dos outros. São pessoas que não são capazes de dizer um “Eu te amo”. Podem demonstrar proximidade ou desejo, mas poucas vezes demonstram um carinho sincero que faz a outra pessoa realmente feliz.


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