Ansiedade: por que é tão difícil eliminá-la?

Ansiedade: por que é tão difícil eliminá-la?

Última atualização: 19 janeiro, 2016

As crises de ansiedade são muito frequentes hoje em dia e muitas vezes não sabemos como tratá-las ou aliviá-las. Elas aparecem, se instalam, mas… como as eliminamos?

Os ataques de ansiedade têm sido estudados por muitos psicólogos, que chegaram à conclusão de que não existe uma idade “base” para que eles aconteçam, e nem uma idade “máxima”. Isto quer dizer que desde que nascemos até o dia em que morremos, estamos vulneráveis à ansiedade.

Mas atenção: certas pessoas são mais vulneráveis que outras na hora de sofrer este problema, e há certas etapas da vida que “ajudam” a jogar lenha na fogueira. De qualquer forma, trata-se de uma reação do corpo diante de um estímulo, na maioria dos casos, devido a um desejo de que algo mude, melhore, aconteça, etc., sempre orientado para o futuro.

Poderíamos dizer que para que ocorra uma crise de ansiedade, devem ser atendidos certos requisitos ligados à vulnerabilidade; tanto física como psicológica. Não é necessário que nos aprofundemos muito em termos técnicos.

O que é bom saber é que quando identificamos uma situação ameaçadora ou que nos faz sair da zona de conforto, aparece a ansiedade. A mesma coisa quando pensamos excessivamente no futuro, esperando ansiosamente a alguém, o nascimento de um filho, o dia do casamento, etc.

“Medo de ter medo”

Como se pode interpretar esta frase? Segundo os pesquisadores, 23% das pessoas já sofreram, sofrem ou sofrerão de um ataque de ansiedade. Isto não quer dizer que se trate de um transtorno, sempre e quando não implique em uma deterioração geral do indivíduo ou o quadro não se mantenha por muito tempo.

A ansiedade é um “medo ao quadrado”, já que o mesmo processo de temor pode se repetir uma e outra vez. Voltando aos exemplos anteriores, medo de não conseguir se formar, medo da pessoa esperada nunca aparecer, medo pela chegada de um bebê, medo que chova no dia do casamento, etc.

confusion

O sentimento de ansiedade é similar a estar trancado em uma jaula ou em um labirinto sem saída. Sabe-se que, em algum momento, encontraremos a forma de escapar, mas não se sabe quando. E isso provoca ainda mais medo e ansiedade. Então, cria-se uma espécie de círculo vicioso do qual não conseguimos sair.

O passo seguinte é somatizar a ansiedade + o temor:  o estomago dói, aparece a indigestão, você se sente tonto, sem ar, transpira horrores, a pele fica mais oleosa, podem surgir problemas hepáticos, as pupilas se dilatam, o coração bate mais rápido… Todos estes sintomas são compartilhados nos momentos em que você está ansioso, pois também surge o medo. Outra razão para compreender por que ambos estão tão ligados entre si.

“Estou a ponto de ficar louco”, “me falta o ar”, “não posso pensar com clareza”, “acho que vou desmaiar”, não são apenas frases e pensamentos de quem está atravessando um ataque de pânico, e sim de um indivíduo ansioso e temeroso.

Uma vez que o quadro tenha sido determinado, parece complicado sair dele. Por que é tão difícil deixar de sentir ansiedade? Porque o medo é um animal feroz que espera escondido para atacar, e quando isso ocorre, não nos deixa escapar.

Mas, o que você pode fazer? Existem várias opções, mas o mais importante é aprender a viver o presente, não pensar tanto no futuro e desfrutar o agora. Desta forma, você evitará se sentir tão ansioso.

Outra técnica muito eficaz é aprender a dominar as suas emoções e os seus pensamentos. No momento em que a ansiedade e o medo começam a aparecer, é preciso enfrentá-los. Coloque a sua armadura, tome o seu escudo e defenda-se. Como?  Com ideias positivas, prestando atenção no que você está fazendo nesse momento, não permitindo que o coração comece a bater mais rápido, etc.

É possível vencer a ansiedade e, com ela, o medo. É apenas questão de compreender por que você se sente dessa forma e depois analisar de que maneira é possível “dominar o monstro” que o assusta.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.