Dez estratégias para educar as crianças em inteligência emocional

Dez estratégias para educar as crianças em inteligência emocional

Última atualização: 09 julho, 2016

As emoções vestem cada aspecto das nossas vidas e do nosso cotidiano. Saber controlá-las, gerenciá-las e utilizá-las com habilidade adequada, nos permitirá, sem dúvida, enfrentar o nosso dia a dia de um modo mais eficiente. Neste artigo você aprenderá dicas de como utilizar de forma mais efetiva sua inteligência emocional.

Emoção, pensamento e ação são os três pilares que sustentam cada parte do nosso ser, daí a importância de nos aprofundarmos nesse tipo de conhecimento para enfrentar determinadas situações, para nos desenvolver em nossa sociedade de um modo eficiente. Então, não é imprescindível que as crianças comecem cedo o aprendizado da Inteligência Emocional?

Vamos pensar, por exemplo, nas crianças com uma baixa capacidade para lidar com a frustração e inclusive para obedecer uma ordem negativa. Crianças que não respeitam seus pares e que, no futuro, estarão condenadas a uma realidade onde a infelicidade será com o que terão que viver, ao serem incapazes de compreender os demais. O conhecimento, a compreensão e o controle das emoções são básicos para que nossos filhos se desenvolvam adequadamente em sociedade, por isso sugerimos esses princípios para que sejam introduzidos no sempre interessante campo da Inteligência Emocional. 

Inteligência emocional

Utilize a inteligência emocional para:

1. Controle a sua raiva

Até os 18 meses, as crianças precisam basicamente do afeto e do cuidado dos seus pais, pois tudo isso traz a segurança suficiente para se adaptar em seu meio, para explorar e dominar seus medos. Mas temos que considerar que, a partir dos 6 meses, vão começar a desenvolver a raiva e por isso a importância de saber canalizar suas reações e corrigir qualquer ação negativa. 

Há bebês que podem bater em seus pais ou irmãos, gritar com raiva quando se oferece alguma coisa, ações que, para os pais, pode ser engraçada, mas lembramos que é importante estabelecer limites desde que nascem e, principalmente, conversar com as crianças continuamente e em cada momento; as crianças entendem muito mais do que expressam, por isso a necessidade de ensinar-lhes e de controlar esses ataques de raiva.

2. Reconhecer emoções básicas

A partir dos dois anos, chegamos a uma idade perfeita para incluir as crianças no campo de reconhecimento das emoções. É quando eles começam a interagir com os adultos e com outras crianças de modo mais aberto, assim podemos realizar vários exercícios com eles, como introduzi-los as emoções básicas: alegria, tristeza, medo e raiva. Como? Mediante fotografias de rostos, desenhos, perguntando-lhes questões como “O que acontece com essa criança?” “Ele está triste?” “Por que acha que ele está triste?”. É uma maneira perfeita para que aprendam a reconhecer não só suas emoções pouco a pouco, como também as emoções dos demais e, sobretudo, desenvolver sua empatia.

3. Saber nomear as emoções

A partir dos 5 anos seria perfeito se as crianças soubessem nomear as emoções de modo habitual: “estou irritado porque você não me levou no parque”, “estou feliz porque amanhã vamos na excursão”, “Tenho medo que apaguem a luz porque me sinto sozinho”.

4. Saber enfrentar as emoções com exemplos

É habitual que as crianças, algumas vezes,  vejam-se superadas pelas emoções, pela raiva que lhes faz gritar ou bater nas coisas. É preciso que não reforcemos essas situações. Uma vez que a raiva tenha passado, podemos, por exemplo, ensinar-lhes que antes de gritar ou bater, é melhor expressar em voz alta o que está irritando. Que aprendam a expressar seus sentimentos desde bem pequenos.

5. Desenvolver a sua empatia

Para desenvolver uma dimensão tão importante quanto essa, é necessário raciocinar com eles continuamente fazendo perguntas. “Como você acha que seu avô se sente depois do que você disse?”, “Por que você acha que a sua irmã está chorando?”, “Você acha que seu pai está feliz hoje?”

6. Desenvolver a sua comunicação

Falar com as crianças, fazer perguntas, raciocinar, julgar, dar exemplos… são coisas imprescindíveis para a sua educação. Devemos favorecer continuamente que possam se expressar, colocar em voz alta a sua opinião e os seus sentimentos, que aprendam a dialogar.

7. A importância de saber escutar

Imprescindível. Desde muito pequenos devem saber manter silêncio enquanto os outros falam, mas não só isso, deve ser uma escuta ativa. Por isso, recomenda-se falar com eles devagar, frente a frente, e terminando as frases com “você entendeu?”, “concorda?”.

8. Iniciá-los nas emoções secundárias

A partir dos 10 ou 11 anos vão surgir nas suas vidas emoções secundárias que vão pesar mais em suas vidas, tais como o amor, a vergonha, a ansiedade… é sempre adequado que uma boa comunicação com eles nos permita falar desses assuntos abertamente, eles devem se sentir seguros diante dessas novas emoções que surgem em seu dia a dia. Haverá situações que causarão muita ansiedade, como por exemplo uma prova, realidades que vão ser constantes nas suas vidas e que devem aprender a gerenciar.

9. Fomentar um diálogo democrático

À medida que as crianças vão crescendo, aparecerão mais demandas, e desde pequenos devemos ensinar-lhes a importância de compartilhar, dialogar, negociar de modo democrático. A família é um exemplo da sociedade e o melhor campo de aprendizagem.

10. Abertura à expressão de emoções

É essencial que possamos proporcionar aos nossos filhos a confiança apropriada para que ponham em voz alta aquilo que lhes preocupa, que lhes faz infelizes e também felizes. O lar e a escola serão os primeiros cenários onde sua vida se desenvolverá; se lhes oferecemos comodidade para que possam se expressar e se comunicar, também o farão à medida em que crescerem em outros contextos.

O saber se comunicar e o reconhecer emoções próprias e alheias são, sem dúvida, imprescindíveis para que possam amadurecer pouco a pouco e alcançar uma solvência adequada para se integrarem à sociedade e serem felizes nela. Nós podemos lhes dar essa oportunidade…


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