Como praticar a meditação

Como praticar a meditação

Última atualização: 01 agosto, 2015

De acordo com especialistas, a meditação é uma prática em que a atenção é centrada em um objeto ou pensamento determinado, embora em alguns casos o foco também possa ser colocado na consciência ou, como se costuma dizer, em “deixar a mente em branco”.

Ao praticar a meditação, a pessoa abre um caminho para si mesma, enquanto tenta superar as limitações do cérebro. Há muitos livros e publicações que falam sobre meditação, e é algo que “está na moda”. Contudo, deve-se dar bastante atenção a este tema e não tratá-lo com pouca importância.

Por exemplo, é bom saber sobre a origem do nome. A meditação deriva do latim “mediatio” que significa “exercício intelectual”. Se encararmos o tema sob o ponto de vista religioso, diremos que é um estado de “contemplação”. Neste caso, nos referimos à cultura oriental, em que a meditação é praticada pela maioria das pessoas e, inclusive, muitas delas dedicam-se inteiramente a isso todos os dias (a exemplo dos monges). Com a chegada do termo ao Ocidente, este desvirtuou-se um pouco e costuma ser confundido com outras práticas.

A meditação, com todas as letras, tem alguma das seguintes características:  

1- Um estado de concentração sobre a realidade do presente;

2- Um estado de experimentação quando a mente “se dissolve” e se libera de seus pensamentos;

3- Uma concentração em que a atenção é liberada e é focada em Deus;

4- Um foco em um único objeto, pensamento ou percepção (como uma praia, um rio, uma cascata).

É direcionada não apenas para fins religiosos, mas também para manter a saúde mental e, consequentemente, a física. Existe uma total relação entre a mente e o corpo, e isso está comprovado. Aconselha-se fazer meditação em momentos de muito estresse, quando temos um grave problema familiar, quando buscamos uma resposta que não encontramos por outros meios, quando queremos nos curar de alguma doença ou dor, ou para “subir” um degrau no caminho da espiritualidade.

A postura ao praticar a meditação

A postura correta para o momento da meditação é: sentar-se no chão ou em qualquer outra superfície (tapete, almofada, colchonete), com as pernas cruzadas, a coluna reta, os braços caindo suavemente sobre os joelhos e os dedos unidos. A cabeça deve estar alinhada com o tronco e os olhos bem fechados. 

O passo seguinte é respirar de maneira consciente, não como fazemos todos os dias. Prestar muita atenção no momento em que o ar entra, permanece no organismo, vai enchendo os pulmões e quanto este é exalado suavemente. Um exercício interessante neste momento é pensar que o ar que inalamos são as soluções e, o que exalamos, os problemas e as doenças. Assim, cada vez que sai do corpo, nos sentiremos um pouco melhor.

O ritmo da respiração deve ser lento e pausado, mas não artificial. A princípio pode ser difícil conseguir dominar a velocidade, mas leve em conta que à medida que vai praticando, seu corpo vai se tranquilizando e se acalmando, sem chegar a adormecer. Com os olhos fechados, a percepção do ar e dos nossos membros apoiados no chão são diferentes.

Você pode imaginar um cenário bonito ou que ajude a acalmá-lo, como o mar, uma cascata, um bosque, etc. Alguns professores recomendam deixar a a mente “em branco”, algo que não se consegue da noite para o dia. Para ajudá-lo, uma boa ideia é pensar em uma tela branca pendurada em uma parede ou em um projetor quando está apagado.

Não há necessidade de procurar nada, trata-se de estar presente, de não confundir mais a mente. Quando um pensamento chega, este deve ir embora sem pressão, apenas “deixando-o”, como se fosse uma nuvem atravessando o céu em um dia de vento. Não perca nunca a consciência e fique acordado em todos os momentos.

A meditação é sinônimo de silêncio em todos as situações. Existem músicas específicas (conhecidas como mantras) que são escutadas de fundo. Seus sons são muito tranquilos e quase sempre se repete uma mesma frase ou várias durante a canção, que dura em torno de 10 minutos. Para que o ambiente seja ainda mais propício, velas, aromatizantes ou incensos são fundamentais.

Quando a prática é constante e realizada toda semana (pelo menos uma vez), iremos notar as diferenças. Os pensamentos já não chegam tanto como antes e, quando isso acontece, desaparecem mais rapidamente. É mais fácil encontrar esta parede branca e não nos deixamos levar por um ruído exterior.

A mente irá querer demonstrar em todo momento que está presente e se manifestará de diferentes maneiras para obter atenção. Por exemplo, não dê importância a sinais como uma coceira na perna ou no ombro, câimbra no pé, picada no couro cabeludo, calor, etc. e não deixe que eles modifiquem a sua prática.

Se você sente que a posição das pernas for incômoda, você pode modificá-la. Esticar uma perna, em seguida a outras, fazer leves movimentos nos calcanhares ou pulsos, movimentar a cabeça, o pescoço, etc. O importante é sentir-se à vontade durante toda a prática, que costuma ser de, pelo menos, 20 minutos.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.