Por trás de cada criança que acredita em si mesma, existem pais que acreditaram nela primeiro

Por trás de cada criança que acredita em si mesma, existem pais que acreditaram nela primeiro

Última atualização: 06 junho, 2017

As asas dos nossos filhos começam a ser tecidas quando acreditamos neles, quando confiamos na sua verdade, nas suas esperanças e capacidades. Por isso, é essencial que desempenhemos o papel de mentores, costureiros de sonhos, padrinhos de utopias infantis. Os pais precisam entender que a criança irá seguir o seu exemplo, e não os seus conselhos.

Há uma razão pela qual os consultórios dos psicólogos infantis e pediatras estão cheios de imagens de pessoas importantes e famosas, que por uma razão ou outra, todos nós admiramos, inclusive eles. A razão é simples: as crianças precisam saber que, apesar de todas as dificuldades que envolvem a vida, podem conseguir o que desejam.

Por isso, se o seu filho tem dúvidas, se as dificuldades estão afetando a sua autoestima e você não sabe como agir para que ele se sinta bem, é hora de ajudá-lo a abrir seu coração e perceber que o melhor tesouro está muito próximo dele.

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Autorregulação da aprendizagem e inteligência emocional

Indiscutivelmente a pedra angular da inteligência emocional é a autorregulação da aprendizagem. Isso significa que as estratégias que uma criança é capaz de desenvolver na evolução da sua aprendizagem vão gerar um maior bem-estar interno e, portanto, uma melhor compreensão das suas próprias emoções e dos outros.

As habilidades emocionais preveem o sucesso dos nossos filhos na vida de maneira mais confiável ​​do que o desempenho acadêmico; no entanto, esse raciocínio não deve servir de base para dizermos que é mais importante um bom desempenho socioemocional do que o desempenho acadêmico.

Se pararmos para pensar, perceberemos que nossas crianças e jovens, assim como aconteceu conosco no passado, estão imersos na educação formal durante praticamente os primeiros 18 anos da sua vida.

Isto certamente não pode ser ignorado. Desde a fase escolar ou acadêmica se articula o seu crescimento emocional. Normalmente, as crianças passam mais tempo na escola ou realizando tarefas escolares do que brincando no parque. Embora essa realidade mude em certas fases da infância, as ajustamos ao nosso estilo de vida.

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Por isso, uma criança deve aprender a identificar e refletir sobre seus pensamentos, seus pontos fortes e fracos. É essencial ajudá-las a lidar com os sentimentos quando não entendem alguma coisa, quando não são capazes de manter o foco e não sabem como resolver os problemas, etc.

Se as crianças souberem a melhor forma de regular a sua aprendizagem, este será um processo ativo e construtivo. Não é uma utopia desejar que nossos filhos saibam monitorar, regular e controlar os seus pensamentos para alcançar uma motivação e um comportamento de acordo com os objetivos definidos.

Se uma criança acredita que pode aprender a tabuada, conseguirá fazê-lo. Mas, precisa receber mensagens de incentivo de fora e, acima de tudo, dos seus pais, irmãos, avós e professores.

Isto é essencialmente conhecido na psicologia como “efeito Pigmalião”. As expectativas que transmitimos determinarão a realização das tarefas com sucesso, especialmente quando os pais e os professores são a referência adulta mais importante para as crianças.

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Nós não estamos falando de um “querer é poder” mágico e otimista. Estamos falando de não cortar as suas asas, de ensiná-las a voar e que aprendam que todas as estratégias que elaboram são válidas, porque não há somente uma maneira de fazer as coisas. Mesmo que o sistema educacional as obrigue a chegar a um resultado por determinado caminho, elas precisam entender que a experimentação é um pré-requisito indispensável para a aprendizagem.

É preciso que no dia a dia as crianças, pais e mães, professores e professores entendam que, mesmo que tenhamos que ensinar as nossas crianças a seguir alguns padrões acadêmicos, fora deles também podemos pintar, escrever, atuar, observar, falar… Todo caminho independente gera confiança, e ela sempre chega acompanhada pela perseverança.

Como incentivar a autoestima em uma criança?

Estamos tão obcecados com a criação de uma bolha de bem-estar adulto que nos esquecemos da importância de incentivar a autoestima infantil. É muito importante que os nossos filhos cresçam em um mundo de adultos equilibrados; é o melhor que podemos lhes transmitir.

  • Uma boa conversa: converse com os seus filhos com carinho, paciência e de forma positiva. Se agirmos assim, vamos oferecer aos nossos filhos o melhor modelo e conseguiremos equilibrar as suas afeições.
  • Conte histórias para fortalecer as suas capacidades introspectivas. As crianças devem entender que é de suma importância não deixar cair no esquecimento tudo o que pensamos, o que sentimos e como nos comportamos. Através da comunicação conhecemos tudo: conhecemos a nós mesmos, as outras pessoas e todas as coisas. Isso facilita a compreensão do mundo onde vivemos.
  • Melhore o seu diálogo interno: diga coisas agradáveis ​​sobre elas e corrija os comentários negativos que muitas vezes fazem sobre si mesmas.
  • Elogiar e não ridicularizar: trata-se de enfatizar, reforçar e reconhecer os seus comportamentos positivos. Neste sentido, há uma regra de ouro: elogios em público, críticas em particular.
  • Ajude-as a tolerar as frustrações e ensine-as a ter orgulho das suas realizações.
  • Certifique-se de que elas se sintam importantes e indispensáveis na família.
  • Evite a superproteção e promova a socialização adequada com outras crianças.
  • Eduque pelo exemplo: os pais devem ser um bom modelo de autoestima.
  • Promova a flexibilidade mental para garantir a criatividade: existem centenas de maneiras de fazer as coisas, deixe as crianças descobrirem a sua.
  • Ajude-as a planejar as suas metas e se tornarem mais independentes.
  • Valorize as suas opiniões: as crianças não podem pensar que a sua opinião não é importante. Devemos levar em conta as suas indicações e desejos de acordo com a sua idade. Conseguimos isso dialogando e debatendo com elas, ou seja, ouvindo as suas opiniões.

Não queremos que as crianças sejam perfeitas porque não queremos cultivar o orgulho; queremos crianças que se amem, que confiem em si mesmas e no seu potencial. Queremos crianças que saibam que quando somos nós mesmos, somos imbatíveis.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.