É possível morrer de amor?

É possível morrer de amor?

Última atualização: 25 abril, 2015

amor é um dos sentimentos mais fortes que existem. Os laços afetivos que podem ser estabelecidos com a pessoa amada podem até mesmo mudar todos aqueles princípios que nós vinhamos acreditando durante toda a nossa vida, ou podem nos levar a fazer coisas que nunca imaginamos. Mas o que acontece se essa pessoa a quem entregamos nosso coração  nos deixa  ou falece?

Morrer de amor

Certamente você já ouviu algum caso de alguém que faleceu pouco tempo depois que seu esposo, ou esposa. E acontece que muitas pessoas nunca conseguem superar a morte do ser amado e isso parece ser a causa da morte repentina.  A dor da perda é capaz de adoecer o corpo?  Uma pessoa pode morrer pelo simples fato de já não querer viver? Será que é realmente possível morrer de amor?

A princípio pode parecer complicado encontrar uma resposta científica, já que não existem medidores do sistema imunológico. Alguns especialistas tentaram encontrar respostas para esse assunto, buscando entender se a aflição pela perda do ser amado pode refletir em nosso próprio corpo. De fato, muitas pessoas afirmam que a tristeza parece ter uma certa relação com algumas doenças e que se somarmos a má alimentação e a falta de sono a tudo isto, isso pode acabar influenciando a saúde.

Estudos realizados

Por outro lado, um estudo publicado na revista Epidemiology feito com 58.000 casais desde o ano de 1991, revelou que cerca de 40% das mulheres e 26% dos homens morrem antes de completar três anos da morte de seu amor. Então parece plausível afirmar que perder um amor pode ter um impacto direto sobre a esperança de vida pessoal. Muitos dos entrevistados afirmaram que sentiam como se tivessem realmente perdido uma parte de seu corpo, ou como se tivesse sido cortados pela metade.

Em todo o caso, o doutor Freddie Negron, especialista em medicina paliativa do Instituto Miami Vitas, defende a teoria mente/corpo/luto. Isto significa que as causas pelas quais uma pessoa poderia morrer depois do falecimento do ser amado podia estar em uma latente doença cardíaca que se agrava com a depressão. É por isso que a maioria das pessoas que morrem por um ataque de coração já haviam apresentado propensão a isso. A ansiedade, a depressão e a tristeza são o que finalmente acabam impulsionando o problema a aparecer.

No entanto, ainda não existem evidências científicas claras de que seja possível morrer de amor e, até o momento, tudo parece estar relacionado a maus hábitos de vida que persistem mesmo após a morte do ser amado, ou à intensificação de uma doença já existente causada pela tristeza e pela ansiedade geradas pela perda do ser amado.

Então, o segredo de tudo parece estar em como se supera o luto, que é a própria dor da perda. Mas será necessário esperar e ver o que dizem os futuros estudos, para só assim dar uma resposta mais verdadeira para esta pergunta.


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