Enfrente o medo

Enfrente o medo

Última atualização: 13 junho, 2015

O medo não é bom e nem ruim; depende das circunstâncias que o rodeiam. No entanto, dentro desse relativismo, podemos dizer que é humano.

Muitas situações diferentes nos causam medo, desde uma cobra ou um rato até o sentimento de solidão, mesmo estando cercado por milhares de pessoas. Podemos dizer que uma cobra ou um leão podem despertar um medo lógico, porque eles são animais que realmente podem nos ferir. Já uma aranha ou um rato parecem muito pequenos.

Vemos o seu lado mais suave quando, em poucos segundos, ele consegue ativar nosso corpo para enfrentar algum perigo. E se o perigo for um leão? Será que o medo sempre nos mostra o caminho correto? Podemos fugir de um leão? Nossos músculos estão preparados para ganhar essa corrida? Acho que seria mais adequado subir em alguma árvore ou encontrar uma arma para que possamos nos defender.

Mas, quantos leões encontramos no nosso dia a dia? Acredito que nenhum. Temos trabalho para entregar, horários para cumprir, o trânsito e os meios de transporte, etc. Essas situações podem ser comparadas às aranhas, ou seja, são situações que não colocam nossa vida em risco. A melhor resposta para o medo que as situações que enfrentamos na vida nos trazem é cognitiva e não fisiológica.

O componente fisiológico do medo é mais um obstáculo do que um facilitador para lidarmos com as situações que o provocam.

Quais estratégias nos ajudam a enfrentar o medo?

– Imaginar a pior consequência. O que pode acontecer se você chegar atrasado no trabalho? Seu novo chefe ficará zangado? E se você for reprovado em um teste, o que pode acontecer? Tudo isso tem consequências e soluções que temos condições de enfrentar.

– Uma tarefa complicada é um desafio e também uma oportunidade para demonstrar o seu valor. É uma boa desculpa para ampliar seu círculo social, uma oportunidade para compartilhar com seus colegas de trabalho o seu aprendizado e as suas preocupações, um incentivo para aumentar a sua autoestima e momentos agradáveis para recordar.

– Os momentos vividos não se repetem e são preciosos. Divirta-se e aproveite o passeio de volta para casa, prepare o jantar com entusiasmo, sente-se no sofá para ler um bom livro e ajude alguém que precisa.

– Bom humor. Uma pessoa que ridiculariza um problema tira o seu peso, a sua importância e o libera. Conheci recentemente uma pessoa que me contou que passou a ser mais completa e tranquila quando foi capaz de rir de si mesma (apesar da sua deficiência). Pode parecer um pouco trágico, mas ser capaz de rir de si mesmo faz bem e promove a aceitação.

– Você tem complexos? Peito, nariz, costas, pés, mãos… Tudo isso lhe incomoda? O que prefere: assumir que são parte de você, fazer de conta que não existem ou passar o resto da vida envergonhado?

– E quanto aos outros? Você decide o valor que dá às críticas alheias. Eles também têm seus medos, complexos e problemas.

Imagine que você tem a oportunidade de se olhar em um monte de espelhos. Pode optar por prestar atenção no que mais gosta ou focar somente nos defeitos. Ok, você pode dizer que tudo isso não tem a menor importância e que a realidade permanecerá a mesma. É isso mesmo? Nossas emoções são provocadas pela nossa realidade ou pela forma como a encaramos?


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.