Filho único: um peso ou um privilégio?

Filho único: um peso ou um privilégio?

Última atualização: 30 maio, 2016

O tema do filho único tem provocado muitas controvérsias, especialmente nos últimos anos, quando uma boa parte dos casais já não quer uma família grande. Certamente os irmãos são um grande presente para qualquer ser humano, mas os pais e as mães atualmente assumem muitos papéis e não conseguem dedicar muito tempo aos filhos.

Algum tempo atrás, era uma vantagem ter famílias grandes. No entanto, no século XXI as coisas são muito diferentes. A maioria dos pais e mães precisam trabalhar e isso faz com que dediquem uma parte muito pequena do seu tempo para a criança.

Atualmente os casais são menos estáveis e contam com um apoio menor da família. Por isso, aumentaram os casos em que as crianças são criadas por um estranho, o que nem sempre garante uma boa educação e não substitui os pais.

“Todo filho é único. E os filhos únicos são como todo filho”.

-Anônimo-

As vantagens de ser filho único

Sem dúvida, um filho único tem grandes vantagens. Embora tenham uma reputação de egoístas e caprichosos, não precisam ser assim. Se tiverem uma boa educação, terão uma condição privilegiada para amadurecer e crescer de forma saudável. Existem vários fatores que contam a seu favor:

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  • Os filhos únicos recebem mais atenção dos seu pais. Eles não precisam dividir o seu tempo e as suas preocupações entre vários filhos e, portanto, realizam melhor o seu trabalho. Essa atenção especial transmite uma maior autoestima e autoconfiança para as crianças.
  • Elas se desenvolvem intelectualmente, desenvolvem a fala e o pensamento mais rápido do que as outras crianças. Como convivem basicamente com adultos nos seus primeiros anos, adotam o comportamento dos pais.
  • Quase sempre são crianças mais metódicas e responsáveis. Como não convivem com outras crianças, se espelham nos pais. Normalmente são crianças aplicadas e suas coisas estão sempre bem organizadas.
  • Elas sabem como se adaptar à solidão e desenvolvem passatempos que exigem um trabalho intelectual. A solidão só é um aspecto negativo quando isso significa falta de apoio ou compreensão. Mas ela também tem o seu lado positivo: as crianças são mais independentes e se conhecem melhor. Frequentemente, os filhos únicos desenvolvem interesse pela leitura, pintura ou outras atividades que possam ser realizadas isoladamente.

As desvantagens de ser filho único

Apesar do filho único receber dos pais mais dedicação e maior segurança econômica, é uma situação que traz algumas dificuldades. Os irmãos dividem a atenção dos pais e dão origem a algumas rivalidades, mas também proporcionam lições valiosas para o amadurecimento. Por isso, estas são algumas desvantagens de não ter irmãos:

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  • O filho único é geralmente mais egocêntrico. Às vezes, é difícil compreender que cada um tem a sua vez em um jogo e que nem tudo o que ele faz será aplaudido pelos adultos. Por essa razão, pode ser difícil se adaptar aos grupos.
  • Eles amadurecem rapidamente e isso pode ser negativo, porque reduz a sua espontaneidade e os torna infelizes. É difícil para eles permitirem-se “fazer coisas tolas” e, enquanto isso agrada os adultos, as crianças crescem muito rígidas.
  • Eles têm dificuldades para serem generosos; acreditam que é normal cada um resolver os seus próprios problemas e necessidades. É difícil compartilharem o que têm, tanto física ou emocionalmente; não “se dão” aos outros com facilidade.
  • Os filhos únicos podem se tornar reservados, distantes e inábeis para resolver conflitos com os outros, porque não têm com quem compartilhar as suas experiências em casa. Eles podem ter muita confiança nos seus pais, mas isto não substitui a cumplicidade ou a proximidade de um irmão.

Tanto os filhos únicos como aqueles que têm irmãos crescerão de uma forma saudável se tiverem bons pais. É importante que os pais compreendam que devem ensiná-los a conviver com as crianças da sua idade.

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É essencial não os superproteger ou exercer um controle excessivo. Assim, eles conseguirão desfrutar das vantagens de serem apenas crianças, reduzir as chances de se tornarem pessoas fechadas em si mesmas, em seus próprios interesses e sem se preocupar com os outros.

 


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