As leis do karma segundo o budismo

As leis do karma segundo o budismo

Última atualização: 02 junho, 2016

O budismo é uma filosofia e uma religião composta de ensinos práticos, como a meditação por exemplo, que pretende induzir uma transformação no interior de quem a pratica. Promove o desenvolvimento da sabedoria, a consciência e a bondade para alcançar um estado de iluminação.

No budismo a existência é abordada como um estado permanente de mudança. A condição para nos beneficiarmos dessas mudanças é desenvolver uma disciplina sobre nossa mente. Esta deve focar sua atenção nos estados positivos, como a concentração e a calma.

“O karma é experiência, a experiência cria memória, a memória cria imaginação e desejo, e o desejo cria de novo o karma”.
-Deepak Chopra-

O objetivo da disciplina é conseguir desenvolver as emoções associadas à compreensão, à felicidade e ao amor. Além disso, para o budismo todo o desenvolvimento espiritual se materializa e se complementa com áreas como o trabalho social, a ética e o estudo da filosofia.

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A natureza do karma no budismo

A palavra karma significa ação e consiste em um tipo de força que transcende o mundo material. Esse tipo de energia é infinita e invisível e é consequência direta das ações de cada ser humano. O karma é regido por doze leis, e cada uma delas permite compreender o sentido espiritual da existência.

No budismo não existe um deus controlador; estas leis provêm não de um deus, mas da natureza, assim como a lei da gravidade, por exemplo. E as pessoas têm o livre-arbítrio para seguir as mesmas ou não. Por isso, fazer o bem ou o mal depende de cada um, e dessa decisão há consequências pelas quais somos, em grande parte, responsáveis.

As doze leis do karma

Essas são as doze leis do karma segundo o budismo:

1. A grande lei: essa lei pode ser resumida na frase “colhemos o que plantamos”. Também é conhecida como a lei de causa e efeito: o que damos ao universo é o que o universo devolve a nós, mas se é algo negativo, será devolvido a nós multiplicado por dez. Ou seja, se damos amor recebemos amor, mas se damos raiva recebemos raiva multiplicada por dez.

2. Lei da criação: devemos participar da vida. Fazemos parte do universo, portanto formamos uma unidade com ele. O que encontramos ao nosso redor são indícios de nosso passado remoto. Crie as opções que deseja para sua vida.

3. Lei da humildade: o que nos negamos a aceitar continuará ocorrendo conosco. Se só somos capazes de ver os aspectos negativos nos outros, ficaremos parados em um nível de existência inferior. Se, pelo contrário, aceitamos com humildade o que ocorre conosco, nos elevaremos a um nível superior.

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4. Lei do crescimento: onde formos, é onde estaremos. Diante das coisas, dos lugares e das pessoas, somos nós que devemos mudar para evoluir em nossa espiritualidade, e não o que está a nossa volta. Quando mudamos nosso interior, nossa vida muda.

5. Lei da responsabilidade: quando algo negativo acontece conosco é porque há algo negativo em nós. O entorno é o nosso reflexo. Por isso, devemos enfrentar com responsabilidade as situações de nossa vida.

6. Lei da conexão: tudo o que fazemos, por mais insignificante que pareça, está em conexão com o universo. O primeiro passo leva ao último e todos são igualmente importantes, porque em conjunto são necessários para alcançar nossos objetivos. Presente, futuro e passado estão interconectados.

7. Lei do foco: não é possível pensar em duas coisas simultaneamente. Subimos degrau por degrau, um de cada vez. Não podemos perder de vista nossas metas, porque a insegurança e a raiva se apoderam de nós nesses momentos.

8. Lei do dar e da hospitalidade: se pensa em algo que pode ser verdade, chegará o momento em que você poderá demonstrar que é. Devemos aprender a dar para colocar em prática tudo que foi aprendido.

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9. Lei do aqui e do agora: permanecer presos ao passado nos impossibilita de aproveitar o presente. Os pensamentos repetitivos, os maus hábitos e os sonhos frustrados nos impedem de avançar e renovar nosso espírito.

10. Lei da mudança: a história se repetirá até que assimilemos as lições que devemos aprender. Se uma situação negativa se apresenta diversas vezes, é porque há algum conhecimento que devemos adquirir a partir dela. Temos que traçar e seguir o nosso caminho.

11. Lei da paciência e da recompensa: As recompensas são resultado do esforço prévio. A maior dedicação, o maior esforço, levam portanto a gratificações maiores. É um trabalho de paciência e perseverança que dá seus frutos. Devemos aprender a amar nosso lugar no mundo; nosso esforço será honrado no momento justo.

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12. Lei da importância e da inspiração: o valor de nossos triunfos e erros depende da intenção e da energia que desprendemos para alcançar o fim. Contribuímos individualmente para uma totalidade, e portanto nossas ações não podem ser medíocres: temos que colocar todo o nosso coração em cada coisa que fazemos.


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