Nenhum abraço é pequeno se vem do coração

Nenhum abraço é pequeno se vem do coração

Última atualização: 27 maio, 2016

Nenhum abraço é pequeno se vem do coração, e conseguimos senti-lo como uma verdadeira demonstração de afeto, de interesse e de carinho. O bom disso é que há tantos abraços, tantas pessoas e tantas circunstâncias que fazem de nosso mundo emocional um lugar que se enche de todas as nuances de cores.

Há abraços que nos protegem, que nos reconstroem, que nos dizem que tudo ficará bem e que nos lembram de que devemos ser pacientes e reservar alguns momentos para sentir o afeto das pessoas que nos rodeiam.
Também há pessoas especialistas em dar abraços que completam almas quebradas, que iluminam nossos corações. Definitivamente, o que está claro é que o toque de outra pessoa é bom para nós e, como todas as coisas que sentimos, isso tem seu reflexo em nossa biologia e implica mudanças em nosso corpo. Vamos ver mais sobre isso…
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Oxitocina, o hormônio do abraço e do afeto

Em primeiro lugar devemos saber o que são os chamados Corpúsculos de Meissner e de Pacini. São estruturas responsáveis pelo recebimento das sensações que sentimos em um abraço – como o aperto, o calor e a suavidade – e fazem com que essas sensações sejam enviadas para o cérebro.

Esses receptores, cada um com suas funções específicas, nos ajudam a sentir as carícias, os abraços e até as cócegas. Estão por todo o nosso corpo: as mãos e os lábios por exemplo têm uma grande quantidade deles, e são, desse modo, zonas que oferecem grande precisão acerca da informação que é enviada para nosso cérebro.

Nosso cérebro libera oxitocina, o hormônio responsável por nos fazer capazes de criar vínculos afetivos com outras pessoas. Esse processo, dizendo de um modo simplificado, trata de nos tornar conscientes das sensações, traduzindo o abraço como afeto.

No momento em que liberamos oxitocina, diminuímos a secreção de cortisol – o hormônio responsável pelo estresse – e de adrenalina – hormônio responsável pela ansiedade. De um modo geral poderíamos dizer que esse é o processo que nos ajuda sentir bem-estar e relaxamento através de abraços e outros contatos humanos.

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Nesse sentido poderia-se dizer que quanto mais duradouro e profundo for o abraço, mais hormônios serão liberados  e mais nos envolveremos afetivamente com a pessoa. Desejaremos vê-la e estar ao seu lado, pois nossos hormônios estarão dizendo que o bem-estar vem daquele contato, de estar com quem nos faz bem.

O abraço é tão viciante quanto as drogas

Há diversos estudos científicos relacionados com a realidade psicofisiológica do abraço que nos ajudam a afirmar que esses e as demonstrações de carinho são tão viciantes como qualquer droga. Repassemos a seguir algumas curiosidades nesse sentido:

  • Reduzem o medo da morte: há estudos que afirmam que os abraços nos ajudam a reduzir o medo da morte e outros tipos de questões existenciais.
  • Como já falamos, ao promover a liberação de oxitocina alimentamos sentimentos de confiança, união e devoção, o que nos ajuda a nos sentir mais relaxados e pertencentes.
  • Estimulam a liberação de dopamina, o hormônio do prazer, e assim nosso centro cerebral do prazer é ativado – como o núcleo accumbens – e a conexão entre o abraço e a pessoa é reforçada. Drogas como a cocaína atuam no nosso cérebro da mesma maneira, ainda que em outra intensidade.
  • Um abraço favorece a presença da serotonina, substância que promove o bem-estar e a eutimia – o equilíbrio de nosso estado anímico. Por isso, como já dissemos diversas vezes, aos olhos tristes devemos fazer menos perguntas e dar mais abraços.
  • Já que favorecem o relaxamento, nos ajudam também a fortalecer o sistema imunológico e estar mais fortes na hora de nos protegermos de potenciais doenças.

É certo que a lista de benefícios e de efeitos saudáveis dos abraços é interminável. Por isso, e sabendo disso, a primeira coisa que temos que ter bem claro é que todo abraço é valioso e potencialmente significativo. Porque não há abraço pequenos se esse vem do coração.

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