Quando a nostalgia nos invade

Quando a nostalgia nos invade

Última atualização: 07 junho, 2015

Recordar não é ruim. Deixar que a nostalgia nos acaricie de vez em quando, como uma brisa morna e inspiradora, não é algo negativo. De acordo com os especialistas, os seres humanos passam grande parte do dia “recordando”, mas não podemos deixar que isso se transforme em uma uma obsessão.

A janela do mundo emocional

Um dos sentimentos que nos permite acessar nosso mundo emocional é a nostalgia. Quando nos lembramos de um ente querido ou sentimos saudade de uma época especial da nossa vida, de alguma forma nos transportamos. Subitamente nos vemos envolvidos em uma infinidade de sentimentos, imagens, palavras e sons que estavam guardados em algum lugar da nossa memória. Somos feitos de memórias, recordações e nostalgia.

Às vezes, a nostalgia traz um pouco de tristeza. Momentos felizes do passado nos mostram que, no nosso presente, falta alegria e felicidade. Nesses momentos, corremos o risco de nos refugiarmos no passado. Um refúgio viciante que acessamos repetidas vezes, através de fotos, cartas e objetos pessoais. Esquecemos o presente e nos refugiamos no passado para preencher as lacunas atuais da nossa vida. Isso não é bom; as experiências devem servir como um trampolim para a nossa realidade, e não como uma janela onde nos debruçamos diariamente para “espiar o passado”. Podemos nos perder e até cair em depressão.

A nostalgia nos ajuda a lembrar o que fomos, o que tínhamos, o que já vivemos, a fazer uma avaliação da vida e aprender com ela. Toda experiência é um conhecimento que nos empurra para o futuro. As experiências fazem parte do nosso arquivo pessoal, onde podemos voltar de vez em quando, mas a porta deve ficar fechada para que a nostalgia não se intrometa no nosso “agora”.

Não fique no passado

A palavra nostalgia tem um significado interessante que ilustra bem sua realidade: vem do grego nóstos (volta para casa) e álgos (sofrimento). Esse padecimento é o desejo de voltar para um lugar específico.

Devemos pensar no passado com um sentimento de gratidão e apreço pelas experiências vividas e com satisfação por termos vivenciado momentos tão felizes e plenos. Não devemos cometer o erro de achar que tudo era melhor antes e perder a harmonia entre o que já vivemos e o momento presente. Nossa vida é uma linha contínua e devemos nos fixar nas perspectivas e objetivos para o futuro.

O passado nos ajuda a aprender, mas a felicidade está em todos momentos do presente, nas pequenas coisas e nos pequenos detalhes do dia a dia. Nunca se esqueça: não há pior nostalgia do que sentir saudade do que nunca existiu.


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