Os quatro cavaleiros de Gottman

Os quatro cavaleiros de Gottman

Última atualização: 22 junho, 2015

Nos relacionamentos amorosos, são muitos os fatores que determinam se “vai dar certo” ou se a relação está fadada ao fracasso.

Para que um relacionamento se estabeleça com solidez, é preciso que ele tenha boas bases e pilares fortes, onde possamos nos apoiar quando surgirem problemas baseados nas diferenças. Todos nós somos diferentes e, por isso, a forma de resolver as diferenças vai ser o fator fundamental para diferenciar um relacionamento de sucesso de outro que não deu certo.

Como diz Gottman, psicólogo especialista em relacionamentos, o problema não está nos conflitos, pois eles são comuns e inevitáveis, está nos mecanismos que são ativados quando os problemas surgem.

Por isso, os casais que acabam se separando costumam ficar presos a emoções negativas, que levam a um ciclo autodestrutivo; consistente no emprego de mecanismos comunicacionais que ferem e que são ineficazes para solucionar ou aceitar a situação vivida.

Estes mecanismos foram denominados por Gottman como “Quatro Cavaleiros Preditores da Separação” e são os que detalhamos a seguir:

1. Defensividade

Trata-se de uma atitude em defesa do que se percebe como um ataque. Esta atitude nega a própria responsabilidade pelo conflito e, portanto, não assume sua parte do aprendizado ou mudança para solucionar o mesmo.

A atitude defensiva, além disso, envolve um ataque, que pode surgir em forma de censura, ameaça, julgamentos, etc. Melhor dizendo, “estar na defensiva” normalmente nos faz agir de forma não respeitosa com o outro, por considerar que é dele(a) a culpa pelo início do conflito.

Com a frase conhecida por “a melhor defesa é o ataque”, começamos uma enorme batalha onde a solução para o conflito está muito longe, já que nos concentramos mais em “atacar para nos defender” do que em assumir a responsabilidade e a busca de soluções.

2. Indiferença

Mostrar indiferença é uma atitude para evitar o conflito. Nos distanciamos e nos desconectamos dos argumentos do outro e da própria pessoa, como se o problema não fosse conosco. É uma estratégia negativa porque, novamente, nos afasta da solução, já que não assumindo o problema e lidando com ele, nada será resolvido.

São atitudes de silêncio, expressão corporal passiva, inexpressão, evasão, respostas cheias de lacunas, que nos fecham em nós mesmos, nos colocando por cima do problema e do relacionamento, como se o conflito não estivesse acontecendo com a gente.

Sou indiferente quando ignoro o problema e o outro, como se isso não importasse.

3. Crítica destrutiva

A crítica é destrutiva quando se transforma em um julgamento contra a pessoa, e não uma opinião sobre seus atos. Esta crítica desqualifica e ataca o outro, sem respeito por sua pessoa.

É uma forma desrespeitosa de expressar um desacordo ou um queixa por algo que a outra pessoa fez, julgando seus atos através de como é a pessoa criticada.

Confundem-se os termos de “Se você age assim, você é assim”. O julgamento emocional, de acusação, de censura e de condenação que são dirigidos à pessoa criticada são muitos destrutivos.

4. Desprezo

São atitudes agressivas e de falta de respeito, que são diretamente expressados ao parceiro. Engloba gestos, palavras, insultos, ameaças, ofensas, piadas e humilhações, que implicam uma atitude de superioridade por parte de quem despreza.

A pessoa desprezada se sente inferior e anulada, pois é como se algo passasse por cima dela, pisoteando e ferindo o pouco ego que ainda podia estar intacto.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.