Se sabemos o que precisamos fazer, por que não fazemos?

Se sabemos o que precisamos fazer, por que não fazemos?

Última atualização: 14 novembro, 2016

Você está paralisado, mas lá no seu íntimo você sabe exatamente o que precisa fazer para levantar o seu ânimo e, principalmente, o que faria o seu coração feliz. Também sabe que está nas suas mãos dar o passo para prosseguir, mas não se mexe: você já ouviu do seu íntimo o que você precisa e alguma coisa em você o nega. Por que isto acontece?

“Onde não existir medo, também não haverá nenhum sentido necessário para viver.”
-Leonardo Boff-

O medo costuma ser a causa da maioria das situações negativas nas quais nos vemos envolvidos, e superá-lo normalmente nos leva a grandes alegrias. É possível que você tenha as coisas mais claras do que imagina, ou também é provável que você saiba a resposta do próximo movimento da sua vida e que o temor e o pânico o mantenham quieto nessa posição na qual está.

Como eu me sinto?

A resposta para esta pergunta é bem complicada porque exige muita paciência e carinho para consigo mesmo: para responder você precisa ser sincero e falar consigo mesmo sem reservas, o que implica um grande esforço emocional da sua parte.

menina-beijos-estrelas

Na posição em que está você se sente desconfortável, desconcentrado, esquisito no seu dia a dia. É como se você soubesse que não está no lugar certo, mas não fosse capaz de se mexer, de modo que o mal-estar se expande para todas as suas emoções e o seu humor se modifica.

A chave: o saber racional e o saber emocional

Todos nós dispomos de dois tipos de fundamentos para tomar decisões: um que tem a ver com a parte mais instintiva e racional do cérebro; outro com sua zona mais emocional e impulsiva. A primeira delas está ligada ao controle das situações e à busca por segurança, de modo que é muito útil nas horas que demandam frieza de ação. A segunda, como seu nome indica, está unida aos sentimentos.

“Gosto das pessoas sentipensantes, que não separam a razão do coração.
Que sentem e pensam ao mesmo tempo. Sem divorciar a cabeça do corpo, nem a emoção da razão.”
-Eduardo Galeano-

Ambas se relacionam, mas as pessoas têm a tendência inconsciente para um lado ou para o outro: por exemplo, há aqueles que são mais empáticos do que outros. Se você racionalmente sabe o que precisa fazer mas emocionalmente não sabe por que não o faz, talvez seja porque os movimentos mais humanos precisam ser impulsionados por essa parte emocional.

Reorganize as suas motivações

O conflito não tem que estar motivado pela razão, mas o bom seria que fosse guiado pela emoção: se você precisa fazer alguma coisa, primeiro precisa sentir que quer fazê-lo. Suponhamos, por exemplo, que você é consciente de que precisa fazer uma dieta porque a sua saúde está se ressentindo e, contudo, não consegue realizá-la. O problema é que emocionalmente você não quer estar de dieta e a sua falta de vontade fraqueja.

mulher-guarda-chuvas-voando

Reorganize as suas motivações e ouça bem para onde você quer ir de verdade, não para onde você deveria ir, já que às vezes a razão não nos permite ser feliz. Tire o tempo necessário para encontrar o caminho que o coração indica e lute contra seus medos e seus traumas se eles o impedem de avançar. Você pode vencer e vale a pena vencer: somente assim você saberá que o que você está fazendo corresponde à verdade que você deseja.

“Respire com a profundidade com a qual você respirou no dia em que veio ao mundo, sem permitir que nada o distraia: espere e espere ainda mais. Fique quieto, em silêncio, e ouça o seu coração. E quando ele falar, levante-se e vá onde ele o levar.”
-Susanna Tamaro-


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.