Você sabe o que é a síndrome da dismorfia corporal?

Você sabe o que é a síndrome da dismorfia corporal?

Última atualização: 30 junho, 2016

Você já sabe que gostamos de mostrar aqui síndromes, distúrbios e doenças desconhecidas, para que as pessoas que sofrem desses distúrbios possam ter uma melhor qualidade de vida. Muitas vezes as pessoas sofrem pela falta de informação, desconhecem os sintomas da doença e ficam sem um tratamento adequado. Hoje falaremos de um transtorno muito importante e mais comum do que pensamos: a dismorfia corporal.

O que é dismorfia corporal?

É um transtorno psicológico caracterizado pela visão distorcida que a pessoa tem das diferentes partes do corpo e da sua aparência. Normalmente a pessoa fica muito ansiosa e perde muito tempo tentando camuflar esses defeitos. Além disso, os sintomas se intensificam quando a pessoa se sente observada.

Muitos desses comportamentos são repetitivos, como examinar-se constantemente no espelho, se arrumar, se comparar com os outros e esconder as partes do corpo das quais não gosta.

Segundo a Sociedade Espanhola de Cirurgia Plástica e Reparadora (SECPRE), na Europa e na América está aumentando o número de pessoas que sofrem de dismorfia corporal. Isto porque os seus sintomas são considerados socialmente normais e não são reconhecidos como patológicos pela sociedade, evitando assim o tratamento precoce.

Esta síndrome ocorre com as pessoas que se percebem como “muito feias”, embora a sua aparência esteja dentro dos limites que são socialmente estabelecidos para dizer que uma pessoa tem um aspecto bonito e agradável.

As partes do corpo que mais causam preocupação são a pele, o cabelo, o nariz, os olhos, o queixo, os lábios e outras partes como o joelho, pernas e peito.

Uma pesquisa realizada com 30.000 pessoas nos EUA e publicada na revista Psychology Today diz que 93% das mulheres e 82% dos homens entrevistados estavam preocupados com a sua aparência física e cuidam-se todos os dias para melhorá-la e sentirem-se bem.

A maioria dos pacientes que sofrem dessa síndrome são jovens, com um número maior de homens do que de mulheres. Estudos confirmam que a síndrome se inicia durante a adolescência, quando o indivíduo está preocupado com a sua imagem, se sente mais observado e tem mais vida social. Os dezessete anos são a idade média de quando aparecem os primeiros sintomas.

Muitos desses jovens chegam a fazer cirurgias plásticas, mas a dismorfia não é um problema físico, e sim mental. Devido a isso, o psicólogo Gustavo Bustamante diz que certamente as pessoas que realizam muitas intervenções estéticas não estão e nunca ficarão satisfeitas com os resultados.

Quais são as causas da dismorfia corporal?

Atualmente, a sociedade dá prioridade à estética e ao aspecto exterior, sem levar em conta a verdadeira “beleza interior” e a inteligência de cada um.

Os especialistas nesse estudo afirmam que existe a possibilidade de uma dupla origem da doença: o psicológico e o biológico. Em termos biológicos, a explicação se concentra em uma certa predisposição genética para uma doença mental e em um desequilíbrio nos neurotransmissores cerebrais.

A nível psicológico, a exagerada atenção direcionada a si mesmo devido à falta de autoestima, a forma como a pessoa julga a si mesma pela sua aparência, a excessiva preocupação com alguma parte do corpo ou recorrer a rituais constantes pode contribuir para o aparecimento dessa síndrome.

Como é feito o diagnóstico?

Os principais sintomas para detectar esta doença estão relacionados a uma anormalidade nas atividades de rotina ou básicas, tais como:

  • Evitar assistir a eventos sociais com muitas pessoas.
  • Automutilação gerada pela insatisfação com a imagem corporal.
  • Dedicar muito tempo ao corpo, procurando uma solução para o problema corporal que imagina ter.

Qual é o seu tratamento?

O primeiro passo é reconhecer o problema como de origem psicológica, corrigir os comportamentos e hábitos, trabalhar a autoestima e aceitar-se como é tanto física quanto internamente.

É muito importante ter o apoio da família e dos amigos durante o tratamento. Valorizar e enfatizar o talento interior da pessoa, mostrando-lhe todo o amor que sentimos por ela e seu coração bondoso.

O amor é o remédio para qualquer síndrome, desordem ou patologia. É o ingrediente saudável, bonito e acessível que pode ser utilizado em conjunto com um tratamento psicológico adequado. Dê muito amor e o seu apoio incondicional a essa pessoa; isto será de grande ajuda para a melhoria e até a superação da síndrome.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.