A técnica da mandala

A técnica da mandala

Última atualização: 19 janeiro, 2016

Mandala é um termo em sânscrito que significa “centro, circulo, anel mágico”. Na RAE (Real Academia Espanhola), ela é definida como um desenho complexo que costuma ser circular e que representa as forças reguladoras do universo, servindo como apoio na meditação.

Geralmente, uma mandala é uma imagem simbólica baseada em figuras geométricas como o círculo e o quadrado, que se relacionam com o mundo espiritual.

Existe uma variedade infinita de mandalas, desde figuras simples até as mais complexas com forma de lótus ou de roda. Podem ser desenhadas sobre uma folha de papel, pintadas ou bordadas em tecido, inclusive constituindo o piso em alguns edifícios.

São usadas desde tempos remotos, tendo a sua origem na Índia. Propagaram-se pela cultura oriental e mais tarde, graças ao psiquiatra suíço Carl Gustav Jung, pelo ocidente. A sua importância está refletida na grande difusão entre as diferentes culturas e religiões.

Jung afirmava que as mandalas eram a representação da mente na sua totalidade, desde o consciente até o inconsciente.

Os benefícios das mandalas

Segundo a visão espiritual, as mandalas são como centros energéticos de equilíbrio e purificação, que nos ajudam a transformar a visão que temos do nosso entorno e de nós mesmos.

Qualquer pessoa, sem distinção de idade, pode desenhar e pintar uma mandala, obtendo vários benefícios segundo diversas pesquisas realizadas. O simples fato de pintar ajuda a pessoa a atingir um estado de tranquilidade.

As formas e as cores usadas nas mandalas expressam pensamentos, emoções, e intuições da pessoa que a fez. Segundo dizem, a escolha não é por acaso. A mesma cor, segundo o estado de ânimo da pessoa pode ter significados diferentes.

As mandalas costumam representar a conexão do mundo interior e a realidade exterior. Desenhar e interpretar uma mandala costuma significar entrar em contato com a própria intimidade. Cada mandala guarda um significado da pessoa que a desenha.

As mandalas podem ser utilizadas na meditação ou como técnica de relaxamento, esta última, fortalecendo o processo criativo da pessoa.

Um estudo realizado em 2005 por Nancy A. Curry e Tim Kaser comprovou que a elaboração das mandalas de areia era eficaz para diminuir os níveis de ansiedade e estresse.

As mandalas são como uma forma de meditação em ação. Conforme a pessoa vai criando a mandala ou observando-a, se liberta dos seus pensamentos e vai clareando a sua mente. Elas ajudam na concentração e na atenção, bem como na realização de uma estabilidade mental e equilíbrio espiritual, aprofundando no conhecimento sobre si mesmo.

Atualmente, a técnica da mandala é empregada no âmbito educativo e da reabilitação.

No âmbito educativo elas são usadas como recursos para melhorar a atenção e a concentração das crianças, desenvolver a motricidade precisa, assim como os meios de comunicação, expressão e superação de situações emocionais estressantes.

Inclusive, em alguns hospitais, são oferecidas mandalas para pintar aos pacientes com câncer, como meio de relaxamento e concentração.

Podemos trabalhar com mandalas de formas diferentes:

– Observar uma mandala, em um lugar tranquilo, durante três ou cinco minutos. Esta prática é como um exercício de meditação, usando como apoio a mandala, que nos levará a um estado de relaxamento e paz interior.

– Pintar uma mandala. Para isso, podemos olhar na internet ou em algum livro de mandalas e escolher aquela que mais nos atraia ou interesse. Uma vez selecionada, podemos começar a pintá-la, prestando atenção ao que vamos fazendo.

– Criar a sua própria mandala. Neste caso, primeiro deve-se fazer o desenho da mandala e depois pintá-la. Esta prática é a mais aconselhável para o trabalho pessoal. Uma vez desenhada e pintada, você terá que descobrir o que ela está expressando através da observação. Mesmo que você talvez não encontre um significado, a mandala pode ter, de forma inconsciente, um efeito sobre você mesmo.

E você, se anima a experimentar os benefícios da mandala?


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