3 formas simples de praticar a mindfulness no seu dia a dia

3 formas simples de praticar a mindfulness no seu dia a dia

Última atualização: 11 setembro, 2017

Praticar a mindfulness é dar um passo em direção a uma melhor qualidade de vida. No entanto, nem sempre é fácil, pois precisamos adaptar essa filosofia de raízes ancestrais aos tempos modernos. Para conseguir isso, podemos utilizar vários caminhos e estratégias: precisamos encontrar o que melhor se adapte às nossas necessidades, ao nosso dia a dia.

Precisamos admitir: a maioria de nós é atraída pela mindfulness, não porque está na moda, não porque nos tenham contado sobre suas práticas ou porque encontramos esta palavra praticamente em todos os livros, em cada revista ou artigo de autoajuda que lemos. Estamos interessados e seduzidos porque ela nos convida a entender a nossa mente como um espelho, a partir do qual podemos apreciar o mundo de uma forma mais ampla, mais próxima e mais nítida. É algo revolucionário e, acima de tudo, útil.

“Os sentimentos vão e vêm como as nuvens no céu. A respiração consciente é a minha âncora”.
 – Thich Nhat Hanh –

No entanto, a nossa vida diária nos arrasta com as suas obrigações, com seus horários rígidos e o nosso olhar sempre ocupado. Não podemos utilizar algumas horas por dia para aprender a meditar, não conseguimos encontrar um tempo livre, e dizemos a nós mesmos que a meditação, definitivamente, “não é para nós”.

Isto é um erro. A mindfulness está mais perto de nós do que nunca e nas mais diversas formas. Há aqueles que começam na sua própria casa, seguindo as orientações de um livro ou mesmo um curso via internet. Além disso, há pessoas que não conseguem ficar quietas, não conseguem se integrar na dinâmica de uma aula com mais pessoas. Para elas, existe a opção de meditar enquanto fazem esportes, enquanto caminham.

A mindfulness está sempre aqui, ao alcance da nossa mente…

Mindfulness

A mindfulness nos tempos modernos, em tempos de movimento

Os tempos mudam, mas as raízes da nossa filosofia, da nossa espiritualidade e desse legado excepcional trazido pela mindfulness não só permanecem, mas são mais necessários do que nunca. Agora, dada a atual complexidade da nossa vida atribulada… Como e de que forma podemos aprender a desenvolver uma consciência plena? Como aprender a meditar, respirar e entrar em contato com o “aqui e agora?”

  • Rohan Gunatillake é um autor que está revolucionando o campo da mindfulness por um aspecto muito específico: conceber a meditação de uma forma dinâmica e ativa, graças às novas tecnologias ou mesmo ao esporte.
  • Ele nos explica como e de que forma mudamos. Atualmente, as nossas necessidades são mais intensas, nossos mundos caóticos, mas os nossos canais de aprendizagem são mais amplos: a internet e as novas tecnologias nos aproximam mais do que nunca do campo do crescimento pessoal e nos iniciam inclusive no mundo da meditação.
  • Rohan Gunatillake chama esse novo comportamento de “meditação urbana”. Porque, mesmo que isso nos surpreenda, o ambiente urbano e a nossa cultura digital e de trabalho são o que nos define atualmente. Como participar de um retiro durante 10 dias para aprender a meditar? Se não for possível, temos a nossa própria casa, o trabalho e essas maravilhosas tecnologias capazes de nos ensinar a nos conectarmos rapidamente com a nossa realidade…

“Se você quer dominar a ansiedade da vida, viva o momento, viva na respiração”.
 – Amitir Ray –

Neste mundo dinâmico, todos somos parte do movimento. No entanto, não devemos nos enganar, porque a mindfulness também é uma prática dinâmica: nos tornamos magníficos receptores do momento presente, de cada uma das suas maravilhosas nuances, suas oscilações, suas mudanças, cheiros, sabores, sensações….

Praticar a mindfulness

Algumas formas de aprender a mindfulness

Daniel Goleman dizia que a atenção é um músculo que devemos trabalhar diariamente para sermos mais receptivos ao que nos rodeia, assim como ao que acontece dentro de nós. No entanto… como fazê-lo se dificilmente temos tempo? Podemos realmente aprender a meditar participando de uma aula uma vez por semana?

Algumas pessoas certamente conseguirão, mas muitas delas vão para essas aulas por curiosidade e acabam desistindo em poucos dias porque não funciona, porque não conseguem controlar a sua mente inconstante e encontrar o ponto de equilíbrio perfeito onde todo o restante fica em segundo plano.

No entanto, se esta prática de origem budista com mais de 2.500 anos de idade chegou ao Ocidente, não foi por acaso. Alguns cientistas como o Dr. Kabat-Zin e muitos outros entenderam que a nossa sociedade exigente nos acelera e, portanto, precisamos da ajuda e dos benefícios da mindfulness. Para iniciar essa prática, temos inúmeras opções, formas e caminhos.

“A vida é uma dança. Praticar a mindfulness é testemunhar essa dança”.
 – Amitir Ray –

Mindfulness

A mindfulness no trabalho

Empresas como a Apple, Google, Nike ou eBay já aplicam a mindfulness no seu dia a dia. É claro que, para que esta técnica seja efetiva, sem dúvida, precisamos de um ambiente e de uma política laboral que facilite a sua integração, mas na realidade, não é tão complicado realizar. Estas seriam as diretrizes:

  • Comece a trabalhar sem pressa (você pode não conseguir na primeira semana, mas pouco a pouco será possível)
  • Demore 5 minutos para se situar, estruturar o dia, para tomar consciência do que você precisa fazer e de como se sente.
  • Respire profundamente e tome consciência do aqui e agora, do seu corpo, das suas posturas e das possíveis tensões.
  • Faça uma pausa de 5 minutos para meditar a cada 40 minutos, para respirar, para se reconectar com você mesmo.

Meditar enquanto caminha

O ideal é que façamos todos os dias meia hora de caminhada leve, meia hora de caminhada num ritmo acelerado e com roupas confortáveis. O objetivo é treinar não só o nosso corpo, mas também a nossa mente nos princípios básicos da mindfulness. Estas seriam as principais diretrizes:

  • Comece a caminhar em um ritmo normal. Aos poucos, você deve encontrar o ritmo mais relaxante, mais catártico e libertador para você. Há pessoas que preferem um ritmo lento e outras que decidem iniciar com uma marcha mais rápida.
  • É o momento de concentrar a sua atenção em algum ponto. Visualize sua mente como se fosse uma lanterna que direciona sua luz a um ponto específico e depois a outro: primeiro na sua respiração, depois na sensação dos seus pés quando eles tocam o chão, no vento que acaricia sua pele… Concentre sua atenção nesses pontos de forma cíclica: primeiro um e depois o outro.
  • Pouco a pouco, você perceberá que não precisa mais concentrar a sua atenção em cada um desses pontos do seu corpo. Depois de alguns dias, o foco da sua lanterna será tão amplo que você perceberá tudo ao mesmo tempo.
Mindfulness no dia a dia

A mindfulness em casa

Se você é uma daquelas pessoas que não se sentem confortáveis ​​em uma sala de aula seguindo as diretrizes de um facilitador presencial, ou não tem tempo para participar de um curso presencial, não se esqueça de que sempre teremos à nossa disposição livros e cursos online. Graças a eles, poderemos aprender os conceitos básicos da mindfulness em casa.

Para isso, podemos seguir essas orientações:

  • Escolha um espaço, um local e momento do dia, que melhor se adapte às suas necessidades para praticar a meditação. Lembre-se de que você deve se comprometer com firmeza e vontade, porque deve ser um trabalho contínuo.
  • Comece com 10 ou 15 minutos. Aos poucos, à medida que vai se adaptando, você pode meditar por mais tempo.
  • Escolha a técnica mais adequada às suas necessidades.
  • Seja paciente e não espere resultados imediatos. A mindfulness requer tempo e compromisso.

Os tempos mudam e, apesar das nossas vidas tão dinâmicas e exigentes, sempre teremos essa prática tão interessante e benéfica ao nosso alcance. Só precisamos encontrar o caminho que melhor se ajuste, que seja mais confortável e mais próximo de nós. Vamos ampliar nossas experiências e dar um passo ao encontro do conhecimento que a mindfulness nos proporciona.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.