A bela parábola da casa sem dono

A bela parábola da casa sem dono
Sergio De Dios González

Escrito e verificado por o psicólogo Sergio De Dios González.

Última atualização: 22 setembro, 2020

A parábola da casa sem dono fala de uma família composta por uma mãe, um pai e seu filho de 9 anos de idade. Os três moravam em uma bela casa, onde felizmente nada faltava. Tanto a mãe quanto o pai se certificavam de que fosse assim. Os dois trabalhavam e isso permitia que eles vivessem com conforto.

A criança era obediente e se destacava na escola. Todas as tardes, a babá a pegava na hora da saída. Então, a levava para casa, onde um almoço suculento a esperava. A mãe deixava instruções muito precisas para que a criança sempre comesse alimentos saudáveis e nutritivos.

À tarde, tanto o pai quanto a mãe ligavam para casa para saber como havia sido o dia do filho. Eles faziam isso porque em muitas ocasiões, quando voltavam para casa, a criança já estava dormindo. Então, essa foi uma maneira que encontraram de manter contato com o filho. A parábola da casa sem dono nos diz que a criança se sentia grata, mas também sozinha.

Um pedido estranho

Um dia, a mãe chegou em casa do trabalho e viu que o seu filho esperava por ela acordado. Ela ficou surpresa porque já era muito tarde. Aconteceu alguma coisa? Estava doente? A mulher ficou angustiada e quis saber o que estava acontecendo. O menino pediu-lhe para se acalmar. Ele simplesmente estava esperando por ela porque queria lhe fazer uma pergunta.

Conta a parábola da casa sem dono que a mãe se sentou ao lado do menino e se preparou para ouvir com atenção. O menino então perguntou: “Quanto você ganha por hora em seu trabalho?” A mulher ficou confusa. Ela não esperava essa pergunta.

Antes de responder, ela perguntou: “Por que você quer saber disso? Precisa de algo? Você quer alguma coisa? “O garoto respondeu que simplesmente queria saber o valor exato. Ainda confusa, a mulher respondeu: “Eu posso ganhar 100 reais em uma hora”. O menino ficou satisfeito, despediu-se da mãe e foi dormir.

A mulher permaneceu pensativa. Ela achava que essa pergunta era um sinal de que algo estava errado: não encontrava sentido para a pergunta da criança. Será que queria pedir alguma coisa e não teve coragem? Teria algum problema com dinheiro? Quando o pai chegou, ela lhe contou o que tinha acontecido. Então, ambos concordaram em ficar mais atentos.

Menino consolando seu cachorro

Um novo pedido

Nos dois meses seguintes, nada de novo aconteceu. Os pais pensaram que a pergunta respondia apenas à sua curiosidade. No entanto, uma noite o pai chegou tarde, como de costume. O menino saiu do quarto e foi encontrá-lo. Ele estava lhe esperando. O pai ficou muito surpreso. Havia acontecido alguma coisa? Ele estaria com algum problema?

O menino novamente disse que só queria fazer uma pergunta. “Quanto você ganha por hora?”. O homem respondeu automaticamente: “Eu ganho 1oo reais por hora”. Depois de pensar por alguns segundos, a sua expressão mudou. “O que você está pensando?”, ele disse ao menino, mas a criança permaneceu em silêncio. “Diga-me de uma vez o que é que você quer pedir!”, disse o pai, um pouco irritado. “Nada, nada …”, respondeu o menino, um tanto assustado.

Na parábola da casa sem dono, o pai chamou a babá. Ele queria saber se ela tinha notado algo estranho sobre o comportamento do garoto. Ela disse que não. Talvez a única diferença fosse que o menino ia todas as tardes na casa de um de seus amigos, mas sempre voltava em poucas horas.

Criança curiosa em floresta

O final da parábola da casa sem dono

O pai suspeitou que o garoto estivesse escondendo alguma coisa. Portanto, adiou algumas tarefas do trabalho e tirou algumas horas para vigiar o seu filho de longe. Ele queria saber por que a criança ia à casa do seu amigo todas as tardes.

Como todos os dias, o garoto saiu e foi para a casa do seu amigo. Ele notou que o menino passava um tempo lavando o carro, cortando a grama e, depois, voltava para casa.

Família unida que se ama

Quando o pai chegou em casa, lhe perguntou o que estava acontecendo. Por que ele estava trabalhando na casa do seu amigo? Qual era o problema com dinheiro em que ele estava envolvido? O menino então confessou: estou trabalhando porque quero ganhar dinheiro. “Eu já juntei 200 reais”, disse ele. “Eu vou poder pagar a mamãe para ficar duas horas comigo. Agora só preciso de 200 reais para pagar você também”. A parábola da casa sem dono foi uma grande lição para esses pais.


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