A análise transacional e os estados do ego

A análise transacional e os estados do ego

Última atualização: 05 julho, 2016

A análise transacional pertence à corrente da psicologia humanista e foi criada em 1956 pelo psiquiatra Eric Berne. Através da sua teoria de estados do ego podemos entender melhor as relações e os conflitos que surgem entre eles.

Um estado de ego é uma maneira de se comportar, que será de uma forma ou de outra dependendo das emoções e pensamentos que tenhamos nesse momento e de como formos tratados.

Os três estados do ego

Ego Pai: é um estado no qual ele age, pensa ou fala com os padrões aprendidos dos pais ou de alguma figura importante na sua infância.

Eles nos ensinaram o que é certo ou errado, como viver melhor, como sentir e no que devemos acreditar. Tudo isso está gravado na nossa mente e dentro de cada um de nós existe um “pai interior”.

Dependendo de como fomos tratados, essa figura interna pode ser crítica, como um pai autoritário e inflexível, sério, rígido, julgador e nos faz sentir culpados, etc. Ou se tivemos a sorte de ter pais nutritivos, quando estamos no estado ego pai nos conduziremos de uma forma flexível, colaborativa, lisonjeira, proporcionando reforço positivo, etc.

Tudo depende dos padrões que aprendemos na infância. O seu estado de ego pai é uma cópia do que você viveu e aprendeu na infância.

Ego Adulto: é o estado mais racional e realista. Um estado onde a informação é analisada, classificada e as decisões são tomadas sem se deixar influenciar pelas emoções e nem pelas regras.

Ele se concentra no que “deve fazer” e não no que “deseja fazer”. As reações do adulto são ideais para que qualquer conversa seja fluente e positiva. É o estado que reduz conflitos e proporciona bem-estar.

O adulto é aquele que pensa de maneira realista; os outros dois estados de Pai e Criança são mais dominados pelas emoções e reações automáticas.

Uma pessoa que está agindo de um estado Adulto se mostrará sincera, humana, respeitosa, flexível, empática e decisiva. É o estado mais racional e eficiente, porque é baseado na lógica, sem deixar que as emoções interfiram nos pensamentos.

O ego criança:  é dominado por desejos, impulsos, sonhos, espontaneidade, criatividade e entusiasmo. É a parte espontânea e dos impulsos naturais. Mesmo o ego criança pode ter o seu lado inseguro, vergonhoso, medroso, cruel e egoísta.

Se estivermos neste estado, responderemos como quando éramos crianças, de forma fantasiosa e sem pensar.

Não reprima a sua criança interior, pois isso pode trazer consequências negativas. Deixe que ela apareça, se divirta, sinta-se livre. A sua parte adulta se desenvolverá de forma mais saudável. A criança que fomos um dia está guardada dentro de nós.

Normalmente todos nós temos os três estados do ego e vamos mudando dependendo da situação. Este estado pode mudar em questão de segundos: depende de como estamos nos sentindo e de como nos tratam.

Por exemplo, apesar de ser um adulto e manter um estado equilibrado com o ego adulto, se a pessoa for maltratada pode haver uma mudança nos estados de ego.

Se analisarmos as conversas perceberemos a partir de que estado de ego cada um se comunica.

Como agir após entender a análise transacional?

Com toda essa teoria não devemos buscar a perfeição. O ideal é utilizar essas informações para evitar conflitos e relacionamentos ruins.

Se uma pessoa está falando a partir do ego pai e encontra alguém com o ego criança, será perfeito. Eles se complementam e tudo fluirá com naturalidade. Mas se duas pessoas estiverem no ego pai, podem acontecer conflitos porque ambos querem estar no comando, no controle da situação.

Se duas pessoas estiverem no estado do ego criança não haverá conflito, e sim uma conexão perfeita.

Quando as pessoas estão no estado de ego adulto, normalmente não existem problemas. Elas podem se relacionar tanto com o ego criança, quanto com o ego pai, uma vez que irão proporcionar um ambiente ideal para que não ocorram conflitos.


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