Compre experiências, não objetos

Compre experiências, não objetos

Última atualização: 21 fevereiro, 2015

Reformar a casa ou fazer uma viagem dos sonhos ao redor do mundo?  Comprar aqueles sapatos de grife ou ir à praia?  Se presentear com aquele notebook último modelo ou fazer uma escalada no Himalaia?

Para muitos, a decisão é óbvia:  enriqueça o seu currículo de experiências, e não de objetos.

Se bem é verdade que o dinheiro não compra felicidade, pode comprar experiências que enriquecerão sua vida muito mais do que objetos materiais.  As modas passam e a tecnologia se reinventa a cada minuto.  A casa ou o carro durarão mais, é verdade, mas eles lhe brindarão as mesmas paisagens e os mesmos engarrafamentos todos os dias.  As experiências, por outro lado, permanecerão com você durante o resto da sua vidaampliarão o seu aprendizado como ser humano e lhe darão muito mais satisfação à longo prazo.

Costumamos nos arrepender de comprar objetos

Segundo um estudo da Universidade de Cornellas pessoas tendem a se arrepender muito menos de comprar experiências (como viagens ou cursos) do que de comprar objetos.  80% dos participantes do estudo afirmaram não ter se arrependido de ter feito uma viagem, enquanto quase o mesmo percentual se arrependeu de ter comprado um objeto.

A razão é inclusive um pouco óbvia, ainda que não pareça tanto quando estamos diante de um carro novo:  as experiências são únicas e insubstituíveis, enquanto o objeto em si é produzido em série e pode ser obtido a qualquer momento, e de fato, até com melhor qualidade com o passar do tempo.

Também é verdade que as experiências nos oferecem maiores possibilidades de nos conectarmos com os outros.  De acordo com uma pesquisa da Universidade do Colorado, um par de estranhos pode desfrutar muito mais de uma conversa sobre uma experiência que tenham tido, do que sobre um objeto que tenham comprado.

Compartilhar nossas histórias nos une mais com outros seres humanos e nos proporciona melhores momentos do que falar de como é maravilhoso ter um casaco de marca.  É nesse ato, de compartilhar com os outros e conseguir uma conexão emocional, que reside boa parte do encanto de comprar experiências:  uma experiência solitária não faz a menor diferença em relação a comprar um objeto, segundo afirma outro estudo, desta vez realizado pelo College of Business at Stony Brook da Universidade de Nova York.

Inclusive, se a experiência não for necessariamente a mais prazerosa, ainda assim contribuirá para o currículo da vida.  Perder-se numa cidade desconhecida, adoecer de malária, ou ter que quebrar a cabeça com as declinações do alemão pode não ser a ideia de diversão de quase ninguém, mas ter superado a prova reforça a nossa autoestima e confiança em nós mesmos.  Amplia nossa mente de maneira mais contundente do que as imagens que nos oferece uma TV de plasma. O fato de sair da zona de conforto e nos autocriticar faz com que cresçamos como pessoas.

Portanto, da próxima vez que você estiver entre um objeto ou uma experiência, não duvide: opte pela experiência, essa maravilhosa aquisição cuja lembrança você sempre poderá levar consigo, até o último dia da sua vida.

Imagem cortesia de Masahiko Futami


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