Reforçar a autoestima com linguagem positiva

Reforçar a autoestima com linguagem positiva

Última atualização: 27 junho, 2015

Você não faz nada direito, não sei o que eu vou fazer com você“. Uma frase como essa pode causar tanto dano quanto uma bofetada. É possível que muita gente desconheça o efeito que a linguagem pode ter sobre as pessoas, e em especial as crianças. A infância é o momento evolutivo em que as primeiras experiências fundamentam os pilares da nossa personalidade, da nossa autoconfiança e da autoestima. A linguagem dos nossos progenitores nos molda em um sentido ou em outro, dando-nos segurança ou ao contrário, minando a autoestima ou inclusive fomentando a ira.

É claro que ninguém vem ao mundo com um manual de instruções, um guia que nos ensina como sermos melhores pessoas ou, ainda mais importante: a ser pais e mães. Podemos nos esforçar para dar o melhor aos nossos filhos, mandá-los a uma boa escola, pagar-lhes atividades extracurriculares para oferecer-lhes a melhor formação… mas as vezes pequenos detalhes nos escapam. Palavras. Gestos. Expressões.

A linguagem positiva é tão necessária quanto uma carícia, ou um copo de leite.

Nunca faço nada direito

O que poderíamos dizer a uma criança que continuamente repete as mesmas palavras quando tenta fazer alguma coisa? É importante estar alerta a este tipo de expressão dos menores.

Nossa finalidade como progenitores, professores ou orientadores é e sempre será a de fomentar a confiança. A capacidade de si mesmo para sentir-se seguro. A resposta seria: “Tente outra vez, com certeza agora você conseguirá”. Algo tão simples traz uma sensação de tranquilidade e autoconfiança a uma criança, algo com o que se motivar e voltar a tentar.

Se não se achar capaz e não receber apoio, certamente deixará de se esforçar em quase todas as suas tarefas, e não apenas pelas dúvidas sobre a sua própria capacidade, mas também por conforto. Por que vou tentar se a única coisa que consigo é frustração? No fim, para não sentir essa sensação negativa, simplesmente acabará evitando qualquer obrigação, qualquer propósito.

Educar de forma positiva ajuda a autoestima

autoestima

“Cada dia você consegue fazer melhor”, “Com certeza você consegue”, “Gosto muito do que você fez”. Expressões como estas aportam segurança à criança. São frases claras e simples de entender. Vale lembrar que as crianças, até os 6 anos não entendem a ironia, os duplos sentidos e os jogos de palavras. Na linguagem corrente de um adulto, este tipo de jogo de linguagem é comum e, às vezes, podemos usá-los sem perceber que as crianças menores não vão conseguir entendê-los.

Um exemplo seria esta frase tão comum: “continue fazendo isso e você vai ver…”. O mais provável é que a criança continue fazendo isso, já que não recebe uma ordem clara, como: “Deixe de brincar agora e termine a sua lição ou amanhã você vai ganhar um zero”.

Ou seja, a comunicação com nossos filhos não deve ser somente positiva, mas também o mais clara possível, sem ambiguidades ou ironias. É imprescindível nos enchermos de positivismo e de frases de esperança que tragam segurança para o crescimento psicológico e pessoal das crianças, fomentando a sua autoestima.

No nosso cotidiano, não costumamos dar muita importância à maneira como nos expressamos. Muitas vezes acabamos dizendo mais do que pretendíamos.

Inclusive, os nossos gestos dizem muito mais que as palavras. Na hora de educar é imprescindível levar em consideração tudo o que transmitimos a uma criança. Podemos nos queixar do seu comportamento, podemos repreendê-la e até castigá-la, mas o castigo e a crítica não servirão de nada se não lhe dermos uma oportunidade de melhorar. “Você vai ficar uma semana sem tocar no computador porque você não trabalha no que deveria, porque você não termina a sua lição e porque não é bom que você esteja brincando com ele tantas horas. Quando você me demonstrar que melhorou na escola e que o usa para coisas úteis, você poderá tocar nele. Sei que você consegue fazê-lo.”

A linguagem positiva é imprescindível em nossa vida cotidiana, em nossas relações e na hora de educar as crianças. E você, faz disto uma prática habitual?

 


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