Como administrar os ciúmes nas relações abertas?

Como administrar os ciúmes nas relações abertas?

Última atualização: 19 janeiro, 2016

Os ciúmes e os relacionamentos abertos caminham de mãos dadas. De fato, os ciúmes são o maior obstáculo para o sucesso desse tipo de relacionamento. Pode parecer contraditório já que, no fim das contas, as pessoas que decidem ter esse tipo de relação parecem estar por cima disso. Mas na verdade poucas são as pessoas que nunca experimentaram ciúmes.

O problema é que muitas pessoas que entram nesse tipo de relacionamento, tão liberais e modernas, não consideram que os ciúmes podem afetar a elas e seus pares, de modo que pode pegá-las de surpresa.

É importante partir do princípio de que os ciúmes vão aparecer, e é preciso aceitá-los como um fato, assumindo que isto vai acontecer e estando preparado para lidar com eles com estratégias adequadas.

A maioria dos especialistas opinam igualmente que os ciúmes são uma reação natural, mas quando mostrados de forma exacerbada, podem derivar em condutas prejudiciais de tipo irracional.

Enquanto os casais monogâmicos lidam com a sua parte de incerteza, os ciúmes nas relações abertas podem derivar em formas surpreendentes tanto quanto complexas. Neste sentido, muitos casais não monogâmicos se sentem desnecessariamente estigmatizados e culpados durante as crises de ciúmes.

Seja como for, os ciúmes são algo muito natural nos casais, sejam do tipo que forem.

O que são os ciúmes?

Os ciúmes se referem ao medo do desconhecido e à mudança, ao medo de perder o poder ou o controle em uma relação, ao temor da falta e da perda, e ao medo do abandono.  São um reflexo da própria insegurança sobre a própria dignidade, da ansiedade de ser adequado para o ser amado e das dúvidas sobre a conveniência.

Para cada sentimento de ciúmes, há uma emoção que é muito mais importante que o próprio ciúmes. Por trás dele, há uma necessidade insatisfeita ou um temor profundo que não se cumpriu. Reconhecer esses temores e necessidades insatisfeitas é a chave para desmascarar os ciúmes e tirar o seu poder.

Para as relações abertas, vejamos a seguir alguns conselhos para superar o fantasma dos ciúmes e ajudar a ter uma relação aberta mais feliz e mais duradoura.

Como administrar os ciúmes nas relações abertas

Livrar-se do estigma

As relações abertas ainda são relações estigmatizadas, ainda que cada vez mais fale-se delas com naturalidade e se tornem mais populares.

Muitas das pessoas que participam deste tipo de relação carregam este estigma, e isso as faz se sentirem culpadas e decepcionadas, especialmente quando surgem os ciúmes.  Neste sentido, os ciúmes podem parecer um fracasso pessoal ou inclusive um fator comprometedor, já que, junto com a liberdade que existe de estar com outras pessoas, também o outro tem esse mesmo direito.

Estabelecer certas regras de atuação

Que a relação seja aberta não significa que seja uma relação “sem regras”. Por isso é importante estabelecer as fronteiras e os limites da permissividade para que ambos os membros do casal joguem o mesmo jogo.

Aprender a cuidar de si mesmo

Nas relações abertas, cada um deve assumir a necessidade de ser responsável por si mesmo e aprender a se acalmar e a ajustar suas emoções.  A capacidade de enfrentar os ciúmes exige uma fonte de confiança pessoal que não depende do amor do casal.

Segurança

O objetivo de declarar os ciúmes deve ser para conseguir respeito e compreensão. Portanto, ignorar ou menosprezar os sentimentos do outro só fará com que os ciúmes aumentem ainda mais. Nas relações abertas é preciso ouvir o outro, tranquilizá-lo e, principalmente, expressar com gestos frequentes que não há nada a temer, para que se sinta seguro na relação.

Entender a parte positiva dos ciúmes

Quando os ciúmes surgem, é um bom momento para explorar as causas que os motivam, para refletir sobre o tipo de relação que se tem e, se for o caso, sobre como o par realmente deseja manter o relacionamento. Quando surgirem os ciúmes também é um bom momento para amadurecer como casal.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.