As marcas do abuso emocional

As marcas do abuso emocional

Última atualização: 14 outubro, 2015

Os sinais de um abuso emocional, às vezes, são difíceis de detectar. Ao contrário do abuso físico, o abuso emocional é feito e recebido mais frequentemente do que as pessoas que estão ao redor da vítima podem perceber.

O pior de tudo é que a vítima também não se dá conta, já que a profundidade do abuso costuma aumentar de forma paulatina, fazendo com que a vítima justifique, por aproximação, os maus tratos que nunca teria aceitado se tivessem começado de forma radical.

O abuso emocional  pode ser mais prejudicial do que o abuso físico, já que pode enfraquecer o que pensamos sobre nós mesmos. Pode paralisar tudo o que estamos destinados a ser: permitimos e transformamos em algo falso para que possamos nos definir erroneamente.  O abuso emocional pode acontecer entre pais e filhos, marido e mulher, entre parentes, entre colegas de trabalho e chefes e, até mesmo, entre amigos.

O abusador costuma projetar suas palavras, atitudes ou ações sobre a vítima, ou vítimas, que ele escolheu. Essa é uma de suas estratégias preferidas para evitar qualquer conflito cognitivo que possa colocar sua falsa autoestima em contradição e, além disso, é uma forma de atacar da própria vítima, fazendo-a dependente e criando nela um sentimento de desamparo.

Como identificar se somos vítimas de um abuso emocional?

Responder às perguntas que propomos a seguir pode fazer com que você encontre uma resposta:

A humilhação, a degradação, a negação. Julgar, criticar:

Há alguém que faz brincadeiras sem graça com você ou que o expõe na frente dos demais?

Faz piadas com você, utiliza o sarcasmo como uma forma de colocá-lo para baixo ou de denegrir a sua imagem?

Ele/eles dizem que sua opinião ou sentimentos são “ruins” ou não têm importância?

Alguém lhe ridiculariza regularmente, lhe rejeita, não leva em conta suas opiniões, pensamentos, sugestões e sentimentos?

Dominação, controle e vergonha:

Você acredita que essa pessoa lhe trata como uma criança?

Constantemente lhe corrige ou castiga porque seu comportamento é “inapropriado”?

Você sente que deve “pedir permissão” antes de ir a algum lugar ou antes de fazer algo e, inclusive, tomar pequenas decisões?

Controla suas despesas?

Trata você como se fosse inferior a ele/eles?

Faz você sentir que ele sempre tem razão?

Lembra constantemente dos seus defeitos?

Menospreza suas conquistas, suas aspirações, seus planos e até mesmo quem você é?

Desaprova com desdém ou despreza seu olhar sobre as coisas, seus comentários e comportamento?

Acusar e culpar, demandas ou expectativas triviais ou pouco razoáveis, nega seus próprios defeitos:

Acusa de algo artificial quando sabe que não é verdade?

É incapaz de rir de si mesmo?

É extremamente sensível quando se trata de outras pessoas que fazem brincadeiras com ele ou que façam qualquer tipo de comentário que parece demonstrar uma falta de respeito?

Desculpa-se por seus problemas?

Querem se justificar por seu comportamento ou tendem culpar os outros, ou as circunstâncias, por seus erros?

Como se dirige a você? Por seu nome, apelido ou cargo?

Culpa-o por seus problemas ou infelicidade?

Falta continuamente com o respeito?

Distanciamento emocional e o “tratamento do silêncio”, isolamento, abandono ou negligência emocional:

Retira-se ou retém a atenção ou afetividade?

Não quer cumprir com as necessidades básicas ou utiliza a negligência ou abandono como castigo?

Joga a culpa sobre você ao invés de assumir a responsabilidade por suas ações ou atitudes?

Não se dá conta ou não se importa com como você se sente?

Não mostra empatia ou faz perguntas para obter informação?

A codependência e engano:

Alguém lhe trata não como uma pessoa separada, mas como uma extensão de si mesmos?

Não protege seus limites pessoais e compartilha informação que você não aprova?

Você acha que o melhor para você é simplesmente fazer o que eles pensam?

Demanda contato contínuo e não desenvolveu uma rede de apoio saudável entre seus próprios companheiros?

Se você respondeu sim a alguma dessas perguntas, comece a pensar na possibilidade de enfrentar de maneira ativa a pessoa que realiza o abuso. Fale sobre o que acontece com pessoas de sua confiança.

Tire a máscara de pessoa amável e compreensiva que ele é para os demais. Finalmente, e mais importante, deixe-se ajudar e ser assessorado por profissionais e desfaça-se do intruso agora mesmo. Ninguém deve pisotear a sua vida.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.