A temida crise dos 40

A temida crise dos 40

Última atualização: 21 agosto, 2015

São as mulheres as que parecem sofrer mais quando chegam a sua quarta década de vida. Isto se deve ao fato de que elas atravessam uma etapa biológica na qual não são nem jovens nem velhas. Mas como superar esta crise ou impedir, singelamente, que ela apareça?

Pode ser que se tenha medo de envelhecer ou de já não ser tão jovem. Ou ambas as coisas ao mesmo tempo. A verdade é que a denominada crise dos 40 é sofrida pela grande maioria das mulheres e por muitos homens também. No caso feminino, soma-se ao fato de se começar a atravessar a menopausa e os sintomas que ela traz, tanto os físicos quanto os psicológicos.

A “crise da meia idade” não aparece bem no dia em que a pessoa sopra as 40 velas; ela pode surgir um pouco antes ou mesmo depois. É hora de começar a analisar o que é que se fez até agora e os assuntos pendentes que deixamos por resolver. Sem dúvida, em alguns casos, a ideia de aposentadoria já ronda a cabeça da grande maioria (ainda que falte, pelo menos, mais duas décadas para que isso ocorra na maioria dos países ocidentais).

Características da crise dos 40

Os estudiosos indicam que existem dois tipos de crises relacionadas à idade. Uma delas é a evolutiva, que tem a ver com os anos que temos e com as nossas mudanças biológicas. A outra é circunstancial, motivada pelas mudanças no meio, mas que também nos afeta no lado pessoal. A crise dos 40 anos está incluída no primeiro grupo.

Os sintomas de chegar as quatro décadas de vida podem vir acompanhados por um quadro de depressão e ansiedade, especialmente devido às pressões sociais e familiares ao atingirmos certa idade. Por exemplo, se essa pessoa ainda não se casou ou não teve filhos, não conseguiu um bom emprego ou não comprou sua casa, estudos dizem que existe uma maior probabilidade dessas pessoas se sentirem tristes, mais do que alguém que tenha cumprido com essas pautas culturais.

Os motivos da crise de média idade são diversos, mas os mais frequentes são insegurança, responsabilidade excessiva, mesma rotina por muito tempo, conflitos de casais, perceber os erros cometidos, tédio, falta de objetivos claros, etc.

A temida crise dos 40

Uma nova perspectiva

Sem dúvida, um dos sinais mais importantes da crise dos 40 é essa necessidade de voltar a ser “jovem”, isto é, de ter novamente 20 anos (ou menos). Isto implica a busca de novas experiências, de se fazer coisas que antes não se animavam em fazer ou que não puderem fazer por diversas razões, se vestir como um adolescente, frequentar bares ou discotecas, etc.

Esta nova atitude frente à vida pode ser convertida em um novo e maravilhoso despertar, em uma motivação que nos tire de nossa rotina e que enriqueça as nossas vidas. Mas, também pode provocar uma grande nostalgia que nos paralise e faça com que comecemos a pensar profundamente sobre aquilo que já se foi, nos esquecendo de que temos ainda um montão de coisas para fazer.

A mudança positiva que pode emanar desta crise surge, em grande parte, da aceitação de que o tempo passou, sem sentimentos de raiva ou de impotência diante deste fato. Podemos dizer que uma boa reflexão e um bom redesenho de nossa vida, que é, em realidade, o que está pedindo o nosso corpo, farão com que sigamos adiante com a sabedoria de agora e a inquietude jovem de antes.

Em pontos concretos, o que podemos fazer frente a esta “crise”:

Manter uma atitude positiva: Não importa que todos façam você notar que já não está mais tão “jovenzinha”; é bom saber que a idade traz experiência, novas experiências e conhecimentos. Você ainda terá muitos anos pela frente, não vale a pena passá-los sofrendo.

Desfrutar: A experiência de ter amadurecido e passado por muitos problemas torna você ainda mais interessante e preparada para o que vier. Terá um maior autocontrole, saberá das consequências de seus atos e não se sentirá inexperiente em nada. Lembre-se também de que o melhor momento é o aqui e o agora. Não associe a juventude com a felicidade. Em cada etapa da vida você pode se sentir alegre e pleno.

Refletir: Poderíamos dizer que se está na metade da vida. É um bom momento para pensar no que já foi feito, conseguido, e também refletir sobre o futuro, porque ainda há muito para realizar. Qualquer mudança que você deseje a partir de agora, deverá ser avaliada e analisada detalhadamente.


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