Ajudar em vez de julgar

Ajudar em vez de julgar
Sergio De Dios González

Revisado e aprovado por o psicólogo Sergio De Dios González.

Escrito por Okairy Zuñiga

Última atualização: 29 dezembro, 2022

Quantas vezes na vida já opinamos sobre os demais? Parece que julgar é o esporte favorito de muitas pessoas; também é o seu? Você talvez nem sequer tenha se dado conta, porque é algo que fazemos quase de forma automática.

O problema disso é que você não ajuda nem a quem julga nem a si mesmo. Pense em quantas vezes você perdeu ou afetou uma relação através de julgamentos ou críticas realizadas. Dessa vez quero falar sobre a outra cara da moeda:  a crítica objetiva. Você verá que não é tão difícil ajudar em vez de julgar.

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A diferença entre criticar objetivamente e julgar

É preciso ter em mente que não é ruim dar nossa opinião quando é um comentário muito simples e sabemos que é decisão da outra pessoa aceitá-lo ou não. Por sua vez, julgar  é deixar cair uma crítica negativa sobre a vida alheia. Isso é destrutivo quando a outra pessoa começa a sentir que o que ela faz é ruim sem um raciocínio lógico.

A diferença entre julgar e criticar objetivamente é baseada nos argumentos que mantêm sua opinião. Você conhece todos os fatos envolvidos ou só fala da superfície? O que você diz faz mal ou ajuda a outra pessoa?

Antes de ver a vida dos demais, observe a sua

Nós vivemos escutando e vendo os demais, e portanto é muito fácil dar nossa opinião.  Antes de abrir a boca da próxima vez, pense em como  vai a sua vida como um exercício de auto-avaliação.

Na maioria das vezes criticamos nos demais o que não gostamos em nossa vida. Talvez você não aceite assim de supetão, mas pense mais profundamente: Você julga a forma como a sua amiga se veste porque sente que você não pode fazer o mesmo, mesmo que deseje?  Aquilo que você critica diz muito mais sobre você do que você imagina.

Não gaste seu tempo

Geralmente nos queixamos de que não temos tempo para fazer o que desejamos. O problema real não é a falta de tempo, o problema real é que usamos mal nosso tempo. Quando você dedica certo tempo para julgar os demais, pensar no que eles fazem e em por que aquilo é errado, você está se distraindo.

Para começar, se não pediram a sua opinião é porque, certamente, ela não interessa aos demais ou porque eles estão bem. Então, por que você não se concentra em fazer algo por si mesmo? Certamente se alguém quiser saber o que você pensa, esse alguém lhe perguntará no momento oportuno. Pare de desperdiçar energia pensando em como deveria ser a vida alheia e concentre-se em alcançar a vida que você quer. Brinque com seus filhos, saia com seus amigos ou leia um bom livro.

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Que os preconceitos não nos impeçam

Os preconceitos são um grande problema em nossa sociedade. Os preconceitos nos limitam como pessoas e nos dão uma falsa sensação do que é e do que não é correto. Você julga com base em princípios? Já pensou se a pessoa que agora você julga por ser diferente do pré-estabelecido acabar sendo sua melhor amiga?

Tenho um amigo que viveu durante muitos anos nos Estados Unidos e, desde muito jovem, fez tatuagens. Hoje em dia já tem mais de 15 e nunca teve problemas, até que se mudou de país. Embora antes tivesse um emprego muito bem pago e tivesse uma grande experiência, agora muita gente evita contratá-lo por conta das tatuagens.

Isso está baseado em um preconceito totalmente infundado. Nem todas as pessoas com tatuagens são delinquentes, nem todos os delinquentes usam tatuagens. Algumas ideias da nossa cultura nos ajudam a criar uma identidade pessoal e social. Outros criam uma barreira que nos impede de ver além do que há no exterior.  Não tenha medo de romper o convencional e ver os demais desde um ângulo diferente.

Como ajudar em vez de julgar?

Quando você dedica seu tempo para julgar,  não ajuda os demais, nem a você. É impossível que alguém que só procura o negativo seja feliz. Em vez disso, concentre-se em ser uma boa companhia e apoio para seus seres queridos. Na realidade, não é tão difícil. Trata-se de ser um suporte e não uma pedra no caminho.

Por exemplo, se seu irmão quebrar o carro, em vez de criticá-lo por não cuidar direito do veículo, pergunte se ele precisa que você o leve a algum lugar. Se for possível para você, faça. Assim você pode sugerir que ele seja mais cuidadoso com o carro, mas sem listar uma infinidade de coisas que ele faz de errado.

Portanto, em vez de julgar, tente ajudar as pessoas que estão ao seu redor. Deixe as críticas e as apreciações negativas de lado, deixe de focar o lado negativo e procure uma forma de expressar aquilo que precisa melhorar através de uma visão positiva, e ajude os demais.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.