Como enfrentar os pensamentos suicidas?

Como enfrentar os pensamentos suicidas?

Última atualização: 14 janeiro, 2016

É mais comum do que parece. Muitas pessoas tiveram, alguma vez, pensamentos suicidas. Isso não é nenhum defeito do caráter, nem implica necessariamente ser fraco ou ter um transtorno mental grave.

Simplesmente, às vezes as pessoas sentem mais dor do que são capazes de enfrentar, uma dor que entristeca e que parece que não vai embora nunca. Mas com tempo e apoio toda dor se supera, pelo menos, os pensamentos suicidas.

O porquê dos pensamentos suicidas

Há muitos tipos de dor emocional que podem provocar pensamentos de suicídio. As razões dessa dor são únicas para cada um. No final das contas, a capacidade para enfrentar a dor difere de pessoa a pessoa. Todos somos diferentes. O que para alguns é uma carga leve, para outros é um peso insuportável.

Entretanto, há alguns fatores comuns que podem levar a experimentar pensamentos suicidas. Muitas vezes, esses pensamentos se associam a problemas que podem ser tratados, como a depressão, a ansiedade, transtornos médicos, dependência de drogas ou alcoolismo.

Também podem se dever a problemas de trabalho ou escolares, dificuldades financeiras, problemas legais, desilusões amorosas, e outras dificuldades da vida que podem criar uma profunda angústia emocional.

Essas situações também interferem na capacidade para resolver problemas, e impedem que a pessoa veja que quase sempre há outras soluções para as dificuldades.

Enfrentar os pensamentos suicidas

 5 passos para enfrentar os pensamentos suicidas

Para enfrentar os pensamentos suicidas, os seguintes passos são muito úteis

 1 – Não fazer nada no primeiro momento

Apesar da dor do momento, é preciso dar um tempo a si mesmo, estabelecer uma distância entre o pensamento e a ação.

Os pensamentos e as ações são duas coisas diferentes. Os pensamentos suicidas não têm que se tornar uma realidade. Não há nenhuma data limite, não há nada nem ninguém que o obrigue ou o impulsione. Portanto, espere e imponha distância.

2 – Evite as drogas e o álcool

Os pensamentos suicidas podem ser ainda mais fortes ao se estar sob os efeitos do álcool ou das drogas. Portanto, se estes pensamentos o invadirem, busque outra maneira de afogar suas mágoas ou de esquecer. Lembre-se, você prometeu esperar.

3 – Torne sua casa um lar seguro

Jogue fora as coisas que possam ser usadas para se fazer dano, como remédios, facas, navalhas ou armas. Se não puder fazer isso, vá a um lugar onde esteja seguro.

4 – Pense que outros como você passaram pelo mesmo e o superaram

Pense que você não é a única pessoa no mundo que está passando por algo assim. Tome força do exemplo dos outros. Se outros conseguiram sair dessa, também há esperança para você.

5 – Fale com alguém

Compartilhar com alguém seus pensamentos o ajudará a liberá-los para que deixem de oprimi-lo. Seja um amigo, seu médico ou um terapeuta, é necessário falar com alguém. Não deixe que o medo ou a vergonha o impeçam de tirar isso de dentro de você.

Por que o suicídio pode parecer a única opção?

Se não puder pensar em outras soluções diferentes do suicídio, não é porque não existem outras soluções, mas sim, principalmente porque nesse momento você não é capaz de vê-las. Essa intensa dor emocional que você está experimentando nesse momento pode distorcer seu pensamento, por isso é mais difícil ver as possíveis soluções para os problemas, ou se conectar com aqueles que podem oferecer apoio.

Por isso é tão importante dar os passos anteriores, começando pelo primeiro: dê um tempo e não piore a situação. Pouco a pouco, o caminho irá se limpando.

Uma crise suicida quase sempre é temporária

Embora possa parecer que a dor e a infelicidade não terminarão nunca, é importante se dar conta de que estas crises costumam ser temporárias. As soluções frequentemente são encontradas, os sentimentos mudam. Por que dar uma solução permanente, como a morte, a sentimentos que são temporários?


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.