Ilusões de ótica: quando o cérebro se engana

Ilusões de ótica: quando o cérebro se engana

Última atualização: 25 julho, 2015

As ilusões de ótica sempre nos atraíram. São pequenos desafios para nossos sentidos que nos desconcertam e fascinam. As figuras se movem? São rostos ou objetos? É somente uma figura ou há outras?

Esse tema é alvo de vários estudos, que tentam aprofundar um pouco mais o conhecimento sobre a forma como processamos as informações. A base deste mistério está no simples fato de que nosso cérebro é terrivelmente lógico e deseja encontrar um sentido e um equilíbrio em tudo o que vê. “O que está acontecendo?” e “Por que esta desordem visual?” são perguntas que o cérebro faz a si mesmo. Ao não encontrar resposta ele, de forma muito simples, reinterpreta cada estímulo.

O cérebro funciona como um estatístico

O modo como vemos nossa realidade depende unicamente de nossos processos cerebrais. Os cientistas costumam dizer que “se tivéssemos um cérebro que utilizasse estratégias diferentes para entender o mundo, ele não seria como nós o conhecemos”.

O que essas imagens têm que nos desconcertam tanto? Linhas imprecisas, objetos flutuantes, perspectivas diferentes… nossa retina capta todos estes dados e os envia imediatamente ao nosso córtex cerebral para que os processe e interprete. A questão reside no fato de nossa retina captar essas imagens unicamente em duas dimensões, sendo uma forma limitada que vê apenas bordas, cores e formas… há muita desordem, não há equilíbrio e nosso cérebro se desconcentra rapidamente…

Como age, então? Através de estatísticas. Incapaz de compreender o que está vendo, ele lança mão de suas estatísticas para extrair a informação de que dispõe e, então, tira uma conclusão: a lâmina que estamos vendo tem, para ele, capacidade de movimento. No entanto, isso não está correto; obviamente nossa parte racional nos diz que é impossível, já que os quadros não podem se mover, embora nos façam acreditar que sim.

Tipos de ilusões de ótica 

Existem basicamente dois tipos de ilusões de ótica:

1. Ilusões cognitivas: conforme explicamos anteriormente, nosso cérebro interpreta erroneamente a informação que nossos olhos enviam e comete uma falha na dedução sobre a dimensão e perspectiva dos objetos.

2. Ilusões fisiológicas: Ocorrem quando sofremos uma cegueira, ou nossa retina sofre um leve estresse ao olhar um determinado objeto ao qual não pode se adaptar. Podemos experimentar, por exemplo, uma “pós-imagem”, quando uma figura permanece impressa em nossos olhos por não haver muito brilho, muita cor, pelo piscar de olhos.… 

Tudo isto nos oferece a interessante conclusão de que nossa percepção das coisas nem sempre é tal como pensamos.

Observar significa também interpretar. Nosso mundo como o vemos não é um reflexo exato que impacta diretamente através de nossos sentidos até o cérebro, em absoluto; nosso cérebro analisa, sintetiza, transforma e interpreta. Isso não significa que ele nos engana, é simplesmente um modo de nos proteger diante do estranhamento e da desordem; ele nos fornece equilíbrio e uma resposta o mais lógica possível. Graças ao nosso cérebro nos adaptamos, portanto, ao mundo que nos rodeia.

Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.