Você não tem o controle: o curta que nos ensina a abraçar a vida como ela é

Você não tem o controle: o curta que nos ensina a abraçar a vida como ela é

Última atualização: 29 julho, 2022

Criamos manuais para quase qualquer coisa e pensamos que podemos planejar absolutamente tudo, afetando desse modo a nossa capacidade criativa, de pensar e de sentir. O curta a seguir nos ensina que é fundamental parar de interferir no que é natural se quisermos evoluir e crescer.

Gostamos muito de ser controladores e ter o controle sobre as coisas. Vivemos com a intenção de manipular cada detalhe, queremos que as coisas funcionem como pensamos e tentamos fazer valer nossos planos. Mas a verdade é que se pretendemos que nossos projetos se desenvolvam, temos que ser conscientes de que não podemos estar totalmente seguros sempre de que o que queremos fazer e o que decidimos vai dar certo.

Um curta para refletir sobre nosso modo de viver a vida

Esse  curta nos conta a história de Dechen, um monge budista tibetano em processo de treinamento que tem uma grande paixão pela jardinagem. No vídeo podemos ver como ele planta uma flor, a observa e cuida da mesma com muito carinho e total dedicação.

No entanto, assim como vimos no curta, a planta vai perdendo força apesar de todos os cuidados desprendidos. No momento em que o pequeno monge leva a linda flor para o interior do templo, a flor começa a murchar, provocando uma grande incompreensão e tristeza em nosso protagonista.

Dechen não pode aceitar a situação, e por isso o monge principal, Angmo, vê-se obrigado a intervir e tentar ensinar ao seu pupilo um pouco sobre a vida. Com a sabedoria de seu mestre, Dechen consegue compreender que ao eliminar a necessidade de poder e de controle, sua flor começa a renascer.

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Abraçar a vida, uma sabedoria necessária

Para abraçar a vida devemos nos desfazer das cadeias que nos aprisionam às causalidades da vida, pois se pretendemos manter tudo a nossa volta sob controle, restam poucas opções a serem descobertas e é o fim da flexibilidade e da inovação.

Dissemos muitas vezes que às vezes as coisas chegam quando menos estamos esperando e que, ainda que tudo precise de pelo menos um pouco de trabalho e esforço, devemos permitir sempre os acontecimentos, estar abertos para a possibilidade de que as coisas ocorram. Não conseguimos lidar com o controle e acabamos cometendo excessos pelo medo e pela incerteza.

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No fim, a questão é relaxar os limites que colocamos a nós mesmos e flexibilizar nosso pensamento. Devemos ter claras algumas mensagens:
  • Não se trata de que uma relação seja como a idealizamos, pois cada pessoa é um mundo e desse modo cada relação será sempre única.
  • É provável que queiramos o melhor para nossos filhos, e por isso tentamos guiá-los pelo caminho que consideramos mais adequado. No entanto, o melhor e mais positivo para uma criança é que ele mesmo crie seu próprio caminho, e devemos apenas dar a eles uma mensagem clara: você deve ser você mesmo.
  • O mesmo ocorre com os projetos: quando só vemos um caminho, terminamos fechando os olhos para uma enorme gama de oportunidades que surgem ao nosso redor.

Por exemplo: amamos nosso parceiro por quem ele é ou do modo como o imaginamos? Estamos deixando nossos filhos decidirem e construírem sua autonomia ou na verdade estamos nos excedendo e os guiando por onde nós queremos? Quantos modos existem de percorrer um caminho e por que queremos sempre do nosso jeito?

Com isso queremos dizer que por vezes em nossa ânsia de fazer as coisas bem, acabamos prejudicando a natureza dos acontecimentos. Porque no fim, para ter êxito e ser inteligentes devemos nos aproximar um pouco da loucura e deixar de lado a sensatez, assim poderemos ver com outros olhos o mesmo que veem os demais, pois em cada história há tantos pontos de vista como as pessoas e circunstâncias envolvidas.

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