Como detectar a insegurança em seus filhos

Como detectar a insegurança em seus filhos

Última atualização: 12 maio, 2016

Nós estamos acostumados a falar da insegurança que predomina entre os adultos, mas o que será que acontece com as crianças? Elas também fazem parte deste mundo e, mesmo que muitas ainda estejam aprendendo a enfrentá-lo como é, também sofrem problemas de estresse, insegurança e, às vezes, depressão.

“Os filhos aprendem pouco com as palavras; servem apenas seus atos e a coerência deles com as palavras”.

– Joan Manuel Serrat –

Por que meu filho é inseguro?

As crianças encontram-se muito indefesas, principalmente os menores de 6 anos. Sua inocência e a falta de habilidade para lidar com certas emoções e problemas que possam aparecer os tornam fáceis de manipular, tanto mental quanto fisicamente.

Isso é algo muito normal, já que não nascemos com todo o aprendizado que temos e somente com as experiências saberemos a melhor forma de enfrentar as diversas circunstâncias que podemos sofrer. Além disso, as crianças absorvem tudo o que há ao seu redor. Certamente você já ouviu falar que elas são “como esponjas”. Isso se aplica a todos os aspectos de sua vida.

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As discussões na família, a pressão à qual estão submetidas e a falta de atenção por parte dos pais podem provocar uma grande insegurança nas crianças. Você dá ao seu filho a atenção que ele merece? Você se preocupa com seus problemas?

“O melhor legado de um pai para seus filhos é um pouco de tempo no dia a dia”.

Às vezes nós pensamos que tudo que acontece com eles é bobeira… e na maioria das vezes é mesmo. Mas para eles não são bobeiras, eles são novos neste mundo e estão aprendendo. As crianças precisam que os pais as compreendam e se comuniquem com elas. Se não for assim, com certeza elas se tornarão crianças inseguras.

Ajude seu filho a superar sua insegurança

É importante sempre estender a mão ao seu filho para que ele possa superar seu problema de insegurança. Se você não fizer isso, poderá fazer com que ele se torne um adulto inseguro, que não sabe como solucionar esse problema.

Se detectarmos o problema, é bom colocarmos as mãos à obra o quanto antes e começarmos a tomar medidas que contribuam para restabelecer a percepção de segurança do nosso filho. Por outro lado, pense… o que acontecerá com ele quando entrar na adolescência? Nessa etapa ele terá que lidar com muitos problemas. Não permita que a insegurança seja um deles.

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Como posso detectar a insegurança que meu filho sofre? Quais aspectos demonstram isso?

  • Sofre uma espécie de dependência quanto a sua higiene, e costuma deixar tudo nas mãos da sua mãe.
  • Mostra um comportamento afetivo onde predominam a instabilidade emocional, a desobediência, a agressividade
  • Na hora de brincar costuma fazer papel de criança, repetir um mesmo jogo ou demonstrar ter medo.
  • Sofre medos irracionais e chora para chamar a atenção.
  • Começa a falar de noite, sofre de insônia, faz pedidos para dormir com a luz acesa ou que você conte uma história para ele.
  • Problemas de concentração no colégio.
  • Apresenta caretas e outras expressões orais e corporais pouco naturais.
  • Possui um objeto (uma manta, uma pelúcia…) do qual não se separam.

Quando seu filho tiver um problema, não chame isso de “bobeira”, porque talvez você esteja fazendo com que, no futuro, ele não possa ser feliz.

Cultivar a autoestima

Em vez de nos estressarmos com a criança pela posse irracional de um objeto ou por sua desobediência, o mais importante é conversarmos com ela. Brigar com a criança não resolverá o problema; nosso filho precisa que nos coloquemos ao seu lado, não que nos tornemos seu maior inimigo.

Se não soubermos como agir, podemos falar com seus professores ou com algum profissional que nos ensine como podemos aumentar a autoestima do nosso filho, de modo que ele deixe de ser inseguro. A autoestima é o melhor remédio para essa terrível circunstância, que é muito difícil de solucionar, inclusive quando somos adultos.

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Pense que se você decidir não fazer caso destes sintomas e deixar que eles passem, pode estar forçando seu filho a se tornar uma pessoa triste, com uma baixa autoestima e fácil predisposição a sofrer depressão. Isso fará da vida uma experiência dolorosa, cheia de limites e emoções com as quais ele não saberá lidar.

Como pais, temos o dever de ensinar nossos filhos a serem felizes.

Todos nós já fomos crianças uma vez na vida, mas nos esquecemos da importância que tudo o que sentimos e vivemos nas primeiras etapas das nossas vidas tem. Nos esquecemos, também, do quanto tudo o que vivemos na  infância  influencia as etapas posteriores, causando problemas que dificilmente conseguimos superar. O momento de resolver tudo isso é agora!

Você permitirá que seu filho seja uma pessoa insegura?


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.