6 atitudes que separam mais do que a distância
Estar separado fisicamente não é a única forma de estar longe dos outros. Às vezes, mesmo estando a milímetros de distância, podemos experimentar uma grande ausência das pessoas que nos rodeiam. Nos relacionamentos, a conexão não se alimenta apenas da proximidade física, mas também da troca de afetos, gestos e intenções. Por isso, é importante ter cuidado com certas atitudes que afastam em vez de unir.
Deve-se ter em conta que esta espécie de distância psicológica que podemos experimentar pode ser fruto de dificuldades e problemas, tanto próprios quanto dos outros. Por esta razão, é fundamental verificar como nós estamos e obter mais informações. Agora, independentemente do motivo, essas situações nos fazem sofrer. Vamos falar melhor sobre isso.
Quais são algumas das atitudes que afastam?
Sendo seres com tendências sociais, somente problemas de caráter psicológico podem nos fazer desejar estar longe dos outros. Se alguém rejeita constantemente a companhia de outros, talvez esteja sofrendo com dificuldades que não conseguimos perceber. A nível patológico, a depressão pode ser uma das causas e, neste caso, apenas um especialista pode ajudar o paciente.
Por outro lado, existem outras atitudes, reflexo de características psicológicas, que também determinam o distanciamento das pessoas. Embora não constituam patologias, essas atitudes prejudicam o funcionamento correto dos relacionamentos interpessoais. A seguir iremos nos aprofundar em algumas delas.
O egocentrismo
Segundo o dicionário, o egocentrismo é a “exaltação exagerada da própria personalidade, até considerá-la como centro da atenção e atividade gerais”. As pessoas egocêntricas ignoram os interesses e os desejos dos outros por considerá-los inferiores aos próprios.
Portanto, esse tipo de pessoa não dá importância aos problemas dos outros, afastando sua atenção deles. É difícil dialogar com os egocêntricos, pois eles negarão a existência de qualquer problema cuja raiz esteja em sua pessoa. Pelo contrário, sua tendência será identificar o problema naqueles que comunicam suas preocupações, muitas vezes gerando uma separação, tanto física quanto emocional.
Os abusos
Neste caso, a atitude tóxica que o agressor expressa é diretamente refletida na vítima. O abuso é definido como “tratar alguém mal em palavra ou ação”. Isso se refere às consequências psicológicas negativas sofridas pela pessoa abusada, que sente como o abusador se afasta da ideia que havia se formado em sua mente. Por sua vez, o abusador se afasta psicologicamente da pessoa abusada, já que não leva em conta seus sentimentos, como se fosse um objeto sem importância.
No entanto, este caso é bastante especial. Porque embora os comportamentos e as atitudes do abusador criem uma distância entre ele e a vítima, existe um bloqueio manipulativo que, de alguma forma, impede que a separação ocorra na maioria das vezes. Agora, podemos dizer que esse tipo de relacionamento é completamente removido de um vínculo consciente, emocional e saudável entre duas pessoas.
O desprezo
Relacionado diretamente com o abuso, o desprezo se manifesta de diversas formas. Por exemplo, em um sarcasmo excessivo, que por trás do humor esconde a intenção de magoar o outro. Normalmente é consequência de um sentimento de superioridade (geralmente intelectual) do que despreza.
Na verdade, por definição, o desprezo é sinônimo de “desdém”, o que por sua vez é um “desapego”, ou seja, uma posição de afastamento em relação ao outro. Por isso, é uma das atitudes que separam mais do que a distância, já que tratar os outros com superioridade é uma forma de rejeição.
A mentira
Esta é uma das atitudes que afastam mais do que a distância mais comuns, precoces e aparentemente inofensivas. Mentir é esconder e falsificar a realidade. Colocar uma máscara para esconder algo que, por algum motivo, não se quer mostrar.
Como vamos confiar em uma pessoa que mente? Como vamos transmitir confiança se mentimos? É normal que a mentira nos afaste dos outros. É um boicote à sinceridade que prejudica todas as tentativas de conexão nas relações com os outros. Ao mentir, não deixamos que as pessoas nos conheçam.
A vitimização
Essa atitude, quando é própria, é incrivelmente prejudicial para os relacionamentos. Não só porque dilui o significado de vítima, fazendo com que as verdadeiras vítimas percam credibilidade, mas porque estamos derramando sobre os outros um sentimento desnecessário de culpa.
A vitimização é uma forma de autoengano e a prova de ter baixa capacidade de autorregulação e responsabilidade emocional. Esses tipos de pessoas estão assentadas na denúncia e na crítica continua como um mecanismo para sobreviver, culpando os outros por sua infelicidade ou qualquer outro estado de espírito.
A manipulação
Relacionada com o desprezo e o abuso, a manipulação é consequência de uma suposta superioridade intelectual. As pessoas manipuladoras tentam influenciar as atitudes dos outros para seu próprio benefício. Elas geralmente assumem suas intenções devido a essa superioridade intelectual, mas quando aqueles ao seu redor se tornam conscientes de suas práticas, geram uma profunda rejeição.
Como vemos, todas essas atitudes que afastam mais do que a distância são prejudiciais para um bom funcionamento dos relacionamentos interpessoais. Por isso, devemos aprender a identificá-las se quisermos ter relacionamentos saudáveis e frutíferos.
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