Um bom chefe leva os seus colaboradores a serem ainda melhores

Um bom chefe leva os seus colaboradores a serem ainda melhores

Última atualização: 03 maio, 2017

A palavra chefe costuma gerar um certo nervosismo. Quando pensamos neste conceito é possível que venha à mente a ideia de um senhor de paletó e gravata rabugento que pode ficar bravo na hora em que não nos comportarmos de forma ideal ou segundo suas expectativas no trabalho. Especialmente se só tivemos chefes que coincidem com esta descrição.

Tradicionalmente acreditava-se que esta forma ameaçadora e exigente de se relacionar com os trabalhadores era a melhor para conseguir que realizassem corretamente o seu trabalho.

Isto é, o medo se transformou na ferramenta que conseguiria melhores resultados produtivos. Evidentemente, isto não acontece assim e as pesquisas posteriores acabaram confirmando isto.

Se pensarmos bem, o medo nunca pode conseguir que um trabalhador renda mais, principalmente se falarmos de um rendimento sustentado ao longo do tempo. Se pressionamos, ameaçamos ou apontamos unicamente os erros das pessoas, a única coisa que iremos obter como resultado é torná-las insatisfeitas e com uma baixa percepção de auto eficácia. Pessoas que podem fazer tarefas repetitivas, mas que dificilmente irão inovar ou se identificar com a empresa.

Esta pessoa irá perder o interesse pelo trabalho por causa de um mecanismo de defesa aprendido – já que não sabe o que fazer para contentar o chefe – e acaba abandonando o seu posto seja por tédio, desmotivação ou rancor para com a empresa.

As altas exigências geram ansiedade e a ansiedade entorpece o desempenho de qualquer indivíduo, além de poder chegar a provocar no trabalhador uma diminuição considerável da sua autoestima.

Ao contrário, os trabalhadores felizes e satisfeitos com sua posição de trabalho produzem 12% a mais que os outros.

Ser chefe não é a mesma coisa que ser líder

Como dissemos, o chefe implica uma autoridade aos trabalhadores, conferida pela própria hierarquia da empresa, e a sua missão é dirigir o trabalho destes de forma que sejam capazes de produzir mais. Por outro lado, para que possa ser um chefe, além da empresa reconhecer a sua autoridade é preciso que seu chefe (o chefe do chefe) e os trabalhadores que possui sob sua responsabilidade também a reconheçam.

Um líder é alguém que encabeça um grupo, seja social, político ou de trabalho, e mantém certas atitudes benéficas para o entorno. Sua missão, mais do que dar ordens para demonstrar e proteger a sua posição, é motivar os empregados, assim como cooperar com eles em prol de um objetivo comum.

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Se você está lendo este artigo e dirige uma empresa na qual tem funcionários, o mais adequado para você e o seu negócio é aprender a adotar uma atitude de líder no seu cargo de chefia. Com isto você alcançará duas coisas: que o seu negócio cresça, que todos tenham um maior e melhor rendimento, e o mais importante, manter relacionamentos sadios com seus funcionários, o que fará com que todos estejam em sintonia e que se respire o bem-estar no trabalho.

Para começar, um líder se diferencia do chefe porque não quer ser autoridade “porque sim”, nem faz uso disso como um privilégio que lhe dá a capacidade de mandar nos outros. O líder organiza o grupo e os guia de forma democrática.

O líder, além disso, ouve seus funcionários, já que sabe que todo mundo pode contribuir com alguma coisa inovadora ou ter boas ideias. Não procura impor o seu critério, mas dialoga com seus funcionários ou tenta convencê-los com exemplos e argumentos.

O chefe incute temor nos seus empregados: quando está perto todo mundo obedece, mas quando não está, é duramente criticado. O líder, ao contrário, é fonte de confiança e gera entusiasmo e esperança nos trabalhadores.

Um bom líder não tem a pretensão de apontar os erros e castigá-los duramente ou procurar culpados. O chefe, pelo contrário, funciona desta forma: procura o erro, o reprime, envergonha o trabalhador, e inclusive o ameaça com a demissão. O líder prefere premiar o que foi feito corretamente, e se houve alguma falha, procura encontrar soluções em comum com este trabalhador.

O líder é alguém que se interessa por seus funcionários como pessoas que são: suas vidas, sua felicidade, seu bem-estar… Não considera as pessoas como meros números, nem os objetifica, e entende que uma das suas obrigações mais importantes é estar disponível para qualquer consulta que um funcionário queira fazer.

Quanto mais felicidade, mais produtividade

Nenhuma empresa chegará muito longe se for dirigida por um chefe tirano em vez de um líder. Os trabalhadores assustados pelos seus chefes acabarão por deixar o seu trabalho por outro que os faça se sentirem mais úteis, mais tranquilos e, por fim, mais felizes.

Está comprovado que a felicidade no trabalho faz com que tenhamos mais vontade de trabalhar, de se superar e de atingir objetivos.

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Os maus relacionamentos no trabalho, seja com o próprio chefe ou companheiros, os salários incompatíveis com a função ou a responsabilidade profissional, os direitos que acabam parecendo favores da empresa, e as injustiças que às vezes acontecem, fazem com que sejamos vítimas do esgotamento ou do estresse profissional.

O trabalhador começa perdendo a autoestima e mantém um diálogo consigo mesmo do tipo “já não tem nada que eu possa fazer para que me valorizem”, “talvez eu não sirva para este trabalho”, “tenho receio de comentar esta ideia com o chefe”, etc.

Esta perda de confiança em si mesmo como funcionário e no seu chefe provoca um descontentamento geral, um sentimento de culpa; em resumo, uma perda de motivação tão grande que contribuirá para que o trabalhador se limite a cumprir com o mínimo que deve entregar.


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