O perigo de gostar sem gostar de si mesmo

O perigo de gostar sem gostar de si mesmo

Última atualização: 26 julho, 2017

O curioso mundo do amor, do gostar, do bem-estar e da felicidade. Que mistérios esconde? Que perigos carrega? Um dos riscos mais importantes será nos permitirmos gostar de outra pessoa sem antes gostar de nós mesmos.

Uma relação harmoniosa, de conhecimento e de plenitude consigo mesmo é um dos pilares fundamentais dos nossos relacionamentos com os outros. Não apenas em um relacionamento amoroso, mas também com todos aqueles que nos rodeiam no nosso dia a dia.

Se temos dúvidas ou se abrigamos conflitos internos e os projetamos sobre os outros, é provável que não sejamos capazes de vê-los. Isto pode nos levar a pensar que o que está falhando são os relacionamentos amorosos, quando na verdade a falha está no relacionamento em nosso interior.

O que posso oferecer aos outros se na verdade nem sei o que tenho dentro de mim? Como vou permitir que os outros me façam feliz se nem eu mesmo sei o que quero? A primeira coisa e mais importante é criar um bom relacionamento consigo mesmo, baseado na sinceridade e plenitude, para posteriormente incorporá-lo aos relacionamentos que você estabelecer com os outros.

A ideia é incorporar esta energia positiva em nossos relacionamentos com os outros. Socializando e estabelecendo amizades ou laços afetivos posso ir conhecendo partes de mim mesmo que não conhecia. Os relacionamentos sociais me mostram uma parte de mim que reflito nos outros em forma de espelho, e me mostram novas condutas ou emoções que eu mesmo projeto.

Amor próprio

Aprender a estar sozinho

Saber estar a sós abre as portas da intimidade. Conhecer a si mesmo e saber quais são os próprios gostos, desejos, defeitos e falhas nos torna mais reais e também mais fortes.

O objetivo deste caminho será aprender a gostar, a partir das profundezas e do conhecimento, e não com os olhos vendados. Gostar de si mesmo, se respeitar, se dar um tempo e se permitir sentir são os pilares básicos de um bom relacionamento com todas as esferas da minha própria mente.

Se aprendermos a estar sozinhos poderemos tomar a decisão de estabelecer um relacionamento amoroso, porque iremos contribuir e ele nos fará crescer; nunca será uma necessidade, porque o amor já estará dentro de cada um.

Um bom passo para aprender a estar sozinhos será diferenciar entre estar sozinho ou se sentir sozinho. O sentimento de se sentir sozinho pode ter uma conotação negativa, indesejada quando se quer aprender a “estar sozinho”.

Sentir-se sozinho é isolamento, é distanciamento do mundo social, é solidão. Estar sozinho é uma decisão de cada um e carrega uma constante busca realizada com prazer e entusiasmo dentro de cada um, mas não tem em si um significado de isolamento ou dor.

Amar a si mesmo


Somos seres completos

Sinto-me bem comigo e escolho você para um caminho, um caminho com duas pessoas completas que se gostam, mas não metades que precisam ser completadas pelo outro. O amor pelos outros será sempre uma decisão, e não a resposta a uma necessidade.

Pode ser um risco acreditar que falta alguma coisa e querer buscá-la fora, quando na verdade o que nos falta é se ouvir e compreender a si mesmo, saber o que queremos e nos conhecermos bem para saber como consegui-lo. Não caia na armadilha de pensar que o problema está fora, olhemos dentro de cada um primeiro, resolvamos e então sim, olhemos para fora.

Não quero que os outros me completem, quero que me aceitem. Assim como eu terei que aceitar o outro como um ser completo. Vivo uma história completa, com a pessoa mais importante que me acompanha, eu mesmo.

Abraço de casal


Os outros não virão me dar o que me falta, mas sim somar. Através deles também poderei aproveitar a oportunidade de me conhecer, porque o amor e a história de cada um não acaba, mas continuamos escrevendo capítulos a medida que o tempo passa.


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