O reflexo da nossa vida nas redes sociais

O reflexo da nossa vida nas redes sociais

Última atualização: 01 agosto, 2019

Quando vemos nas redes sociais fotos ou comentários dos nossos contatos, podemos pensar que a nossa vida é chata e não tem nada para oferecer… por isso fazemos o impossível para ser como o resto e publicamos milhares de fotos para contar nossas aventuras por aí. Entretanto, são realmente tão maravilhosas as vidas dos outros como refletem as redes sociais? Vale a pena ter uma vida social “ocupada”?

Por exemplo, os casais que constantemente “informam” aos seus conhecidos que estão apaixonados e não podem viver sem o outro, são na realidade inseguros e ciumentos. Eles precisam gritar aos quatro ventos para “simular” a perfeição ou inventar uma confirmação que não é mais que o reflexo da própria vida.

Por que todo mundo tem uma vida social melhor do que a minha?

Publicações de casais felizes e apaixonados que escondem crises conjugais, pessoas fazendo selfies em todas as partes do mundo mostrando talvez apenas solidão, frases de autoajuda ou de superação pessoal que pretendem dar uma lição de pedagogia, de modo que esses julgamentos absolutos possam ser leis.

Infelizmente, ao ver essas mensagens nosso cérebro passa por um suspiro de inveja porque entende que os outros são mais divertidos, têm vidas fantásticas, encontraram o amor verdadeiro ou experimentam sensações únicas. No entanto, sob esse brilho todo, há realmente ouro?

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Passar horas e horas na frente das redes sociais pode nos mergulhar em um estado de melancolia, algo que é especialmente prejudicial quando fazemos com uma atitude comparativa e tomando o eu como referência. Se sentimos que o mundo nos deve alguma coisa, o que não é verdade, vamos aumentar este sentimento se tivermos a percepção de que os outros vão muito bem. Assim, olhar o perfil dos outros pode aumentar nossa sensação de sermos vítimas.

A vida dos outros não é aquilo que desenham na suas redes sociais

Você acha que é impossível não se conectar diariamente a essa plataforma que supostamente relata as últimas notícias daqueles que o rodeiam? De acordo com um estudo realizado por um instituto dinamarquês, usar o Facebook desta forma nos torna infelizes. Para a pesquisa, um grupo de participantes não abriu seus perfis por uma semana; eles admitiram que se sentiram menos estressados e mais focados em seus trabalhos ou estudos.

Aqueles que não utilizam ou não têm perfis nestas páginas aproveitam o dia de outra maneira. Eles têm mais tempo para descansar, fazer exercício, terminar as tarefas mais cedo, fazer o jantar ou limpar a casa. Como se isso não fosse suficiente, ser alheio a uma rede social nos leva a falar com quem está ao nosso lado, ver em pessoa a quem amamos ou ligar para a família e os amigos com mais freqüência.

O resultado deste teste nos dá algo para se pensar: “Estamos continuamente lendo notícias boas e coisas maravilhosas nos perfis dos outros e isso faz com que a gente se compare e se deprima. Nem sempre as palavras ou imagens que aparecem são certas, já que o mundo das redes sociais é baseado em mostrar aos outros a nossa melhor versão, uma imagem distorcida do que realmente somos”.

A felicidade do Facebook está maquiada

Essa frase deveria ser usada como um mantra sempre que nos sentimos deprimidos depois de ver mensagens e publicações agradáveis nas redes sociais. Por que dizemos que a felicidade ali não é verdadeira?

Muito simples: porque é uma imagem selecionada e, em muitos casos, manipulada dentro de todas as que rodearam o momento dessa foto. Não é uma imagem colocada naquele lugar ao acaso, apenas uma que a pessoa que publicou gosta, de maneira que, na melhor das hipóteses, pode apenas nos informar dos seus gostos.

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Por outro lado, pense que quem gasta o tempo para fazer uma foto em um determinado momento, de alguma forma deixa de aproveitar esse momento. Abandona o palco, a cena, e se coloca nela como um espectador, enquanto no palco deixa apenas uma espécie de reflexo da sua vida.

O que acontece no Facebook, Twitter ou Instagram está de alguma forma separado do real e do autêntico; é mais um exercício de publicidade ou a saciedade de uma necessidade de nos mostrarmos de uma certa maneira.

Se a sua vida social não é igual a dos demais, parabéns! Não há necessidade de exibir milhares de fotos de uma saída de sábado ou das suas férias dos sonhos para saber que você teve um grande momento. Pense que todas essas memórias e momentos existiram na realidade, mesmo não tendo uma janela para o mundo.


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