Ano Novo já nasceu… Que cara vai ter 2018 para você?
O ano novo chegou. Não há mais tempo a perder. A verdade é que não há mais medidas de tempo, apenas de sentimentos, de ação, de “satisfação garantida ou seu investimento de volta”. Será? Sim. Hoje em dia, tempo é algo que não temos. Já não se aplica aos nossos projetos de vida, ideais, concretizações pessoais.
Envelhecemos menos, mas muito mais rapidamente, e o relógio não para de girar. Piscou, já é amanhã. Pensou, já foi ontem e você ainda nem começou aquilo que queria tanto: “Puxa, e agora? Que horas vou fazer isso? Em que momento poderei parar tudo o que tenho na agenda para fazer o que gostaria de estar fazendo, verdadeiramente?”
Sinto muito, amigo, você não tem mais esse tempo valioso. Não dá mais para dar um tempo, parar para pensar, ver o que vai fazer, esperar até chegar a hora, se você considerar o tempo como medida para sua vida e seus planos.
Ano novo. 2018. Dá para acreditar?
Estamos nessa. Sendo que ontem era o início dos anos 2000 (assustador!), quando ainda éramos jovens – e a música “Tempo perdido – somos tão jovens” se aplicava muito bem. Sentíamos tudo, com o poder da juventude correndo em nossas veias. Tínhamos a vida pela frente, uma aventura linda a desbravar. O tempo era nosso aliado. “O que você quer ser quando crescer?”, nos perguntaram ainda ontem!
Crescemos. Percorremos o tempo da fresca juventude. E aí, o que você achou das suas escolhas? Foram interessantes e inteligentes como pareciam à época? Glamorosas e perfeitas? Cheias de momentos promissores?
Hum… Isso você responde para si mesmo.
Não somos mais tão jovens? Perdemos tempo? Investimos nele ou apenas o gastamos? Fizemos carreira, faculdade, casamos, criamos filhos, viajamos e realizamos o que era tão importante? Depois de tudo isso, o que ficou? Foi proveitoso ou você sente que não era bem o que queria fazer?
Hum… Isso você também responde para si mesmo.
É complicado quantificar, se a vida faz os seus próprios planos, correndo como um rio selvagem; se não temos controle sobre inúmeros aspectos que nos influenciam; se não nos preparamos para uma infinidade de fatos ocorridos com os outros, mas que nos afetam diretamente. Se a vida das pessoas não fosse tão intrinsicamente ligada às nossas, se fôssemos seres independentes do restante do mundo, se o mundo não fosse do jeito que ele é. Se não fôssemos tão emocionais, sentimentais, temperamentais. Se fôssemos práticos, rápidos e sem vínculos tão apertados com gente e sentimentos. Se tivéssemos mais dinheiro, tempo… Ahhhhh, são infinitos “se”. Nem dá para falar disso, porque o ano já começou.
Então, se o tempo é exíguo e fugaz, vamos fazer o melhor que pudermos com o que Deus nos dá. Vamos viver à base de sonhos, de realização, fé. Vamos SENTIR, e não quantificar. Se você tem dez anos de namoro e não se casou “ainda”, se você trancou a faculdade e não a terminou “ainda”, se não está feliz com a carreira que escolheu e deseja começar uma nova “à essa altura do caminho”, deixe a medida “tempo” para lá. Pense na medida do sentimento, da sensação intuitiva do que deve fazer. Aquela sensação da paixão, do instante que muda tudo e que, por isso, é infinito e atemporal.
Medidas são para matérias exatas, e não para a vida. Se perdeu tempo com algo que não era bem isso, ok, aceite. E siga em frente. No momento era o que você queria, foi o que precisava fazer, por algum motivo desconhecido (ou não). Foi o caminho resultante das decisões que tomou. Não se culpe se já não tem mais 20, 30 ou 40 anos. Você está vivo, está aqui, no mundo, é um agente de si mesmo, é o melhor que tem, não importa o tempo ou a idade. Vá à luta! Sinta a dor, mas também o amor! Exponha-se e sofra as consequências, ou não se exponha e fique na penumbra. Diga o que que quer dizer, seja autor de sua história, não fique parado no tempo que você não tem mais.
2018 é o hoje, é o tempo que você tem, é o maior e mais premente SENTIMENTO, a única evidência de que você precisa para IR, SEGUIR, TRANSFORMAR. Só não se apegue demais se não realizar a lista infindável de metas que se impôs.
O que importa são as metas do seu coração. A alma deseja ser feliz, não importa qual seja o ano. Não importa a sua idade nem seus arrependimentos, ou ausência de sentido, desde que faça as pazes com ESTE momento.
Se quer fazer outra faculdade, dane-se se acham que está velho; se quer um novo desafio, encare a realidade sem perder o otimismo… Se não está contente com algo em sua vida, mas não quer ‘fazer tudo de novo, porque já passou muito tempo’, sinto muito, mas a verdade é que nunca irá crescer. Assuma o seu próprio tempo interno.
Porque o tempo já se esgotou, afinal, já é 2018!
Mas é seu, é novo, ainda um rascunho, um bebê engatinhando, uma frase sem ponto final, o capítulo inicial, um misterioso enigma, cuja peça do jogo acabou de ser posta no tabuleiro.
Então, te pergunto, seu 2018 vai ter cara de quê?
Tic-tac, tic-tac, tic-tac.
Texto escrito por Bia Cantanti
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