Como agir diante de uma crise epiléptica

Como agir diante de uma crise epiléptica
Sergio De Dios González

Escrito e verificado por o psicólogo Sergio De Dios González.

Última atualização: 22 agosto, 2018

Saber como agir diante de uma crise epiléptica é fundamental para oferecer o socorro adequado em uma emergência. Embora seja verdade que não há muito que possamos fazer para parar a crise, nosso apoio pode ajudar a pessoa a não sofrer maiores danos.

A epilepsia é uma doença neurológica que afeta a atividade elétrica do cérebro. É fato que existem diferentes tipos de epilepsia, com diferentes causas e sintomas. No entanto, a maioria é caracterizada por provocar convulsões imprevisíveis que geralmente dão lugar a consequências neurobiológicas, cognitivas e psicológicas.

Os fatores que favorecem essas convulsões são inúmeros. Por exemplo, falta de sono, uso de drogas, etc. Às vezes, os esportes que exigem uma respiração muito rápida, como o futebol ou o basquete, também podem desencadear crises epilépticas.

Na maioria das vezes, a epilepsia desaparece quando a pessoa atinge a puberdade. No entanto, as crises podem voltar se o fator desencadeador retornar.

Alguns estudos confirmam que, uma vez feito o diagnóstico de epilepsia, um primeiro medicamento terá 50% de probabilidade de controlar as convulsões. Mais tarde, um segundo pode melhorar a situação em 15% a mais de pacientes, e os testes posteriores alcançarão uma taxa de sucesso ainda menor.

A escolha da medicação é baseada em três princípios: o contexto específico do paciente, as propriedades farmacológicas dos medicamentos e a experiência do médico.

Cérebro em crise epiléptica

Como agir diante de uma crise epiléptica

Quando a maioria das pessoas pensa em um ataque epiléptico, a imagem de uma pessoa perdendo totalmente o controle vem à mente. De fato, nesses casos há uma convulsão tônico-clônica generalizada, também chamada de crise convulsiva, que se caracteriza por afetar toda a superfície do cérebro. Nela, a pessoa pode gritar, cair ou tremer e não perceber o que acontece ao seu redor.

Pelo contrário, as convulsões parciais ocorrem em uma área específica que pode se estender para o restante do córtex cerebral. Em alguns casos a pessoa sente, antes da crise, a aura. Trata-se de uma sensação como um aviso de que a crise irá ocorrer.

Se você encontrar alguém sofrendo um episódio desse tipo e não souber como agir diante de uma crise epiléptica, este é o procedimento geral que você deve seguir:

  • Permanecer ao lado da pessoa durante o ataque.
  • Manter a calma.
  • Colocar a pessoa no chão para evitar que se machuque.
  • Virar gentilmente a pessoa para o lado. Isso a ajudará a respirar.
  • Amortecer a cabeça para evitar ser atingida.
  • Limpar a área ao redor do afetado. Remova os objetos com os quais ele pode entrar em contato.
  • Coloque algo suave e liso, como um casaco dobrado, embaixo da sua cabeça.
  • Afrouxar qualquer coisa ao redor do pescoço que possa dificultar a respiração.
  • Pode ser necessário segurar a mandíbula cuidadosamente e inclinar ligeiramente a cabeça para trás para abrir as vias respiratórias.
  • Não permitir que nada seja colocado em sua boca. Nem remédios, nem objetos, nem água.
  • Não sacudir a pessoa ou gritar. Isso não irá ajudá-la em nenhum caso.
  • Pedir às pessoas que estão olhando para se afastarem. O que sofre o ataque pode ficar cansado, envergonhado ou desorientado depois.
  • Chamar alguém para obter assistência adicional, se necessário.

“Se você é saudável, provavelmente será feliz, e se tiver saúde e felicidade, terá toda a riqueza de que precisa, mesmo que não seja tudo que deseja”.
-Elbert Hubbard-

Como agir diante de uma crise epiléptica

Em que casos você deve solicitar ajuda profissional?

A primeira coisa que você deve saber é que algumas convulsões são mais perigosas do que outras, mas a maioria não requer ajuda de emergência. O importante é se concentrar em manter a pessoa segura. No entanto, às vezes é necessário contar com um profissional da saúde. Recomendamos solicitar ajuda nas seguintes circunstâncias:

  • Quando se trata do primeiro ataque de convulsão.
  • A pessoa afetada está grávida ou é diabética.
  • O ataque dura mais de 5 minutos.
  • A pessoa não recupera a consciência após sofrer convulsões.
  • O indivíduo está ferido.
  • Aparecem problemas respiratórios após as convulsões.
  • O indivíduo tem febre alta.
  • O incidente ocorre na água.
  • Ocorre um segundo ataque.

É importante levar em conta essas diretrizes sobre como agir diante de uma crise epiléptica. É uma situação muito delicada na qual a sua maneira de agir pode ser decisiva. Se você não tem certeza sobre como ajudar, lembre-se de que não há problema em pedir a ajuda de um profissional.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.