É preciso cuidar dos laços familiares com empatia e respeito

É preciso cuidar dos laços familiares com empatia e respeito
Laura Reguera

Escrito e verificado por a psicóloga Laura Reguera.

Última atualização: 29 dezembro, 2022

Criar e, principalmente, educar as crianças não é uma tarefa fácil, pois pode destruir os laços familiares se não forem atividades realizadas de maneira adequada. É preciso ter toneladas de paciência, carinho e boa vontade para construir uma educação saudável e responsável que contribua para que as crianças se desenvolvam o melhor possível, além de cuidar dos laços familiares ao mesmo tempo.

Nessa tarefa, outras habilidades também são relevantes, como saber escutar nossos filhos, aprender a se colocar no lugar deles, estabelecer limites e ser capaz de transmitir-lhes esse sentimento de pertencimento a um grupo único, que lhes proporcionará segurança e proteção, que é a família. Continue lendo para saber como cuidar dos laços familiares e, assim, criar vínculos fortes!

“Ao final do dia, uma boa família deveria fazer com que tudo fosse inesquecível.”
-Mark V. Olsen-

Dizer “eu te amo”: a base para cuidar dos laços familiares

Na família, cada um tem suas próprias necessidades, assim como qualidades e capacidades diferentes. É por isso que nem todos expressamos nosso afeto da mesma maneira nem precisamos ouvir tanto quanto outros que somos amados, embora seja importante comunicar esses sentimentos.

Pai olhando nos olhos de seu filho pequeno

Às vezes é difícil fazer críticas de forma construtiva não apenas para os adultos mas também para as crianças, e nos dedicamos unicamente a apontar o que está errado. O problema é que algo que pode passar despercebido para nós pode ter importantes consequências na autoestima dos outros, especialmente na das crianças, enfraquecendo, assim, nossos laços familiares.

Por isso, é importante utilizar parte da nossa comunicação para expressar que amamos e que gostamos dos nossos pequenos, assim como expressar a importância que eles têm na nossa vida e na vida da nossa família. Dessa forma, nutriremos com amor e melhoraremos a autoestima das crianças.

Os laços familiares fortes são alimentados com empatia e esforço

A empatia é uma grande aliada quando acontecem conflitos em casa. Tentar se colocar no lugar do outro não vai fazer com que a discussão termine de maneira instantânea, mas nos ajudará a entender um pouco melhor a situação. Além disso, vai facilitar a explicação e a compreensão da opinião do outro, mesmo que não partilhemos do seu ponto de vista, contribuindo para chegar a acordos que beneficiem a todos.

“A família proporciona mais flexibilidade emocional e permite que você se dê bem com a vida de outras pessoas.”
-Bruce Springsteen-

Nos colocarmos na pele dos outros vai facilitar outro elemento fundamental para fortalecer os laços familiares: valorizar o esforço dos outros. Quando tentamos mudar ou fazer alguma coisa para melhorar a convivência em casa, nem sempre conseguimos de primeira. Quando os outros nos dizem que sabem que estamos tentando e que apreciam o que estamos fazendo isso, nos motiva a melhorar ainda mais. 

Esse reconhecimento vai funcionar como um reforço que estimula aqueles comportamentos que nos ajudam a melhorar as relações familiares. No entanto, é preciso ter em mente que a mudança vai acontecer de maneira progressiva.

Definir direitos e deveres ajuda a cuidar dos laços familiares

Dentro de casa, todos os membros têm suas obrigações. Nesse ambiente, é importante que essas obrigações estejam claramente delimitadas e que sejam consistentes. Mas, como e quando começar a dar responsabilidades para os pequenos? Aqui é importante levar em consideração a idade das crianças e pedir tarefas com base nas suas capacidades.

Família unida observando as estrelas

Assim que completarem um ano, já é possível começar a pedir tarefas simples que estimulem sua autoestima. Dessa maneira, eles já podem recolher seus brinquedos, ajudar a levar algum objeto de um lugar para outro ou limpar algo que derrubaram no chão. Além disso, dizer o quanto elas estão nos ajudando e o quanto são importantes para a família vai fazer com que se sintam bem.

Do mesmo modo que temos deveres, também temos direitos que devem ser respeitados no lar. O problema surge quando, ao aparecerem contratempos, cedemos nossos direitos. É importante saber ceder em prol de uma boa convivência, mas também é essencial que isso não aconteça sempre nem com a mesma pessoa.

“A família é a única coisa que se adapta às nossas necessidades.”
-Paul McCartney-

Ou seja, não se pode respeitar mais os direitos de determinados membros da família do que os de outros. Encontrar o equilíbrio nesse aspecto vai evitar que surjam tanto discussões e mal-entendidos desnecessários quanto emoções negativas que minam os laços familiares.

Imagens cortesia de Nathaniel Tetteh, Annie Spratt e David Straight.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.