A culpa é sempre do outro?
“O taxista estava dirigindo muito devagar” (em vez de dizer que levantou uma hora mais tarde), “o forno não funciona bem” (em vez de dizer que estava assistindo TV e esqueceu o jantar no forno), são desculpas comuns quando as coisas não dão certo. Colocar a culpa em alguma coisa externa nos traz um alívio momentâneo. É que a mente sempre tenta se distanciar dos problemas, principalmente da culpa, como uma espécie de proteção contra o julgamento alheio. Esse julgamento na maioria das vezes, é fruto da nossa imaginação e dos nossos medos.
O ser humano busca culpas fora de si mesmo para qualquer problema. Se estamos certos, o mérito é nosso, mas se erramos, certamente a culpa é do outro. Antes de assumir o erro, dirá que foi falta de sorte, culpa do clima, do chefe, do meio de transporte, do horóscopo ou do alinhamento dos planetas. É difícil assumir os erros, encarar a realidade e aceitar as deficiências.
O primeiro passo é aceitar os erros
Não é uma tarefa simples, mas não é impossível. O ponto de partida é parar de culpar os outros e assumir que estamos errados. Aceite as críticas, se desfaça do orgulho, seja honesto com você e principalmente com os outros. A tendência do ser humano é não querer ver seus defeitos.
Aceite que falhar faz parte da vida e que a solução está dentro de nós. Podemos começar com o próximo erro ou alguma falha que cometemos sempre. Temos que aceitar que não nos levantamos quando o alarme toca, não nos concentramos o suficiente para a entrega de um trabalho a tempo, não estudamos para a prova ou não prestamos atenção à comida que nos faz bem.
É preciso amadurecer e parar de culpar o próximo. Todos nós temos defeitos e fraquezas. Assumindo e aceitando nossos erros, podemos influenciar as pessoas ao nosso redor a agir da mesma forma e aprender a dizer “eu estou errado”.