Deixe de ser o seu próprio inimigo

Deixe de ser o seu próprio inimigo
Sergio De Dios González

Escrito e verificado por o psicólogo Sergio De Dios González.

Última atualização: 16 janeiro, 2016

Às vezes você pode não ser consciente disto, mas, sem querer, você pode estar agindo como o seu pior inimigo.

Pode até parecer normal ter pensamentos recorrentes sobre como você faz as coisas erradas, quanto lhe falta para estar “à altura” dos outros ou quanta dificuldade você tem para conversar, dançar, etc.

Não são reflexões, por assim dizer. Simplesmente, você tem uma convicção secreta de que é inadequado.

Além disso, você tem uma lista mental dos fatos que aparentemente comprovam suas convicções: você não conseguiu o que desejava, não se destaca em nada, não sente que os outros gostam de você o suficiente… Enfim, o inventário é infindável.

De uma forma ou de outra, você aprendeu a parecer incompetente. Mas talvez, não percebeu que as suas supostas incapacidades nascem precisamente dessa ideia que você tem de si mesmo.

Você se programou, sem saber, para errar, se enganar. E também, sem perceber, projeta permanentemente essa imagem de si para os outros, de modo que os outros também esperam que você não seja capaz.

refletir

Você precisa refletir muito a respeito. Mas, a princípio, aqui vamos propor algumas tarefas que podem ajudá-lo a deixar de ser o seu pior inimigo.

Suavize a linguagem

Quando você se referir a si mesmo, seja na sua mente ou em viva voz, use uma linguagem gentil.

Humilhar-se ou fazer piadas de você mesmo, do que você é ou do que você faz, não é uma atitude de sinceridade e sim de auto-agressão. Sempre há uma forma mais amável de dizer as coisas.

Aprenda a dizer “NÃO”

Na verdade, não se trata tanto de pronunciar esse “NÃO”, e sim de eliminar o sentimento de culpa que vem depois de ter se negado.

Compreenda que dizer “sim” para tudo não faz de você uma pessoa melhor. E passar por cima de si mesmo equivale a se ferir e prejudicar.

Reserve um tempo para si

Não deixe de lado o que você gosta de fazer, nem esses lugares que você gosta de frequentar.

Reserve um momento na semana só para você. Marque os limites para esse tempo valioso e não permita que outros intervenham nele.

Trabalhe a partir de pequenas metas

Você pode definir uma meta para cada dia. É importante que seja viável e pouco ambiciosa: as grandes conquistas se constroem a partir de pequenos passos.

Seja humilde e não defina grandes propósitos, que possam vir a ser uma armadilha para você mesmo.

No fim da semana, você merece uma recompensa se tiver cumprido as metas de cada dia; não se esqueça de se premiar, porque esse estímulo é um elemento importante para reprogramar a ideia que você tem de si mesmo.

Conheça-se

Não à toa, Sócrates o estabeleceu como máxima da sua filosofia: conheça a si mesmo.

Talvez você pense que sabe muito bem quem você é, mas o mais provável é que não seja assim. Quem nega a si mesmo e se desvaloriza não está olhando com uma lente objetiva, e sim através de uma programação automática que tem na sua mente.

Quando você pensar em si mesmo, enfatize as suas virtudes e dê a elas o valor que merecem.

Seja generoso

Dar é uma forma de se conectar genuinamente com a vida. Não pode ser um ato de sacrifício, e sim algo que nasça do coração e faça você se sentir bem.

Quando você dá, sem esperar nada em troca e em completa liberdade, você gera ao seu redor uma cadeia de afetos e de “boas vibrações”. Isso aumentará o sentido de valorização de si mesmo.

Imagem cortesia de Gregory Johnston


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.