A fascinante descoberta de Leonardo da Vinci

A fascinante descoberta de Leonardo da Vinci

Última atualização: 09 junho, 2015

Suas grandes invenções não são nenhuma novidade, mas cada vez ficamos sabendo de novas descobertas que, na sua época e também hoje em dia, seguem dando o que falar. A figura de Da Vinci está rodeada de mistérios, mitos e lendas que foram se aperfeiçoando e sendo esclarecidas com o passar do tempo. Em sua época ele foi, sem dúvidas, a pessoa que mais se interessou pela anatomia humana, paixão que continua sendo um exemplo para os médicos atuais.

Qual é esta grande descoberta que nos levou a publicar este artigo hoje? O que se sabe é que, no ano 1500, Leonardo da Vinci resolveu um grande mistério depois de estudar por muito tempo: o brilho do planeta Terra. Ele descobriu que somente é possível observar o brilho da Terra quando há uma lua crescente e quando o sol se põe no horizonte. É preciso buscar nas pontas do nosso satélite para ver uma imagem fantasmal, como se estivesse cheia. Até a teoria de Da Vinci, acreditava-se que era o brilho da Lua que se refletia no planeta, mas é o contrário.

Isso pode ser comprovado mais adiante no tempo (cerca de 500 anos depois), quando a Apolo enviou os primeiros homens para a Lua. Pensemos que, na época de Leonardo, isso era mais difícil de provar (era tecnologicamente impossível realizar uma viagem espacial), mas, ainda assim, ele estava convencido de sua hipótese. Quando o sol  se poe na lua ela escurece, mas não em sua totalidade. Ainda fica uma luz a mais no céu, que é nada mais, nada menos, do que a Terra. O planeta que habitamos é quem se encarrega de iluminar a noite, com um brilho 50 vezes mais forte do que o da lua quando está em sua fase completa, ou seja, quando está cheia. Isso produz um resplandor pálido, que dá um ar fantasmagórico ao satélite.

Imaginemos, por um momento, que estamos no ano 1500. Precisaríamos de uma capacidade realmente extraordinária para pensar o mesmo que da Vinci. É que, até aquele momento, o centro do universo girava em torno da Terra, e essa ideia ainda seguiu viva por algumas décadas. Por exemplo, em meados do século XVI, 24 anos depois da morte de Leonardo, sua hipótese de que a Terra girava ao redor do Sol, e não o contrário (heliocentrismo) foi refutada por Nicolau Copérnico.

Mas, voltando a Da Vinci, ele foi o primeiro a “olhar” como se estivesse sentado na Lua, com um telescópio observando a Terra. A maioria das pessoas pensava que ele estava louco e que aquilo era impossível, mas se há algo que esse maravilhoso cientista tinha era imaginação de sobra. Basta apenas olhar seus cadernos e suas anotações para nos darmos conta disso.

Os esboços de tanques militares, máquinas que voavam, submarinos e até mesmo de um robô, nos permitem pensar que ele estava muito adiantado em seu tempo e em sua época. Para ele, o brilho da Terra era um assunto recorrente. Estava muito interessado em tudo relacionado à luz e à sombra, em seu papel de artista e desenhista. Quando estava em seu papel de engenheiro ou matemático, sua paixão era a geometria. E em seu tempo de descanso, pensava em como viajar para a lua.

No “Códice Leicester de Da Vinci”, do ano 1510, encontramos uma página intitulada “Sobre a Lua: nenhum corpo sólido é mais leve que o ar”. Isso indica que ele acreditava veementemente que a Lua tinha uma atmosfera e oceanos, que era uma excelente refletora de luz e que estava coberta por uma grande quantidade de água. Com relação ao seu “resplandor misterioso”, cabe destacar que sua explicação dizia que se tratava da “luz do sol que cai sobre os oceanos da Terra, e é como se rebatesse na Lua”.

Da Vinci estava errado em duas questões (mas nem por isso devemos tirar o mérito de todas as suas descobertas e teorias). Em primeiro lugar, a lua não tem oceanos. Isso foi confirmado quando os astronautas da Apolo aterrizaram no “mar da tranquilidade” e caminharam sobre rochas. Na verdade, os mares da Lua são de lava endurecida, não de água. Em segundo lugar, os oceanos não são a razão pela qual a luz do sol reflete na Terra ou no brilho terrestre, como ele queria dizer. As encarregadas por este fenômeno são as nuvens.

Isso também foi atestado pelos tripulantes da nave espacial. Eles viram que as partes onde havia oceanos estavam escuras e, onde havia nuvens, nosso planeta brilhava. No entanto, da Vinci tinha compreendido o geral dessa ideia e estabeleceu um precedente na história, como a maioria (para não dizer todas) de suas invenções.

É provável que os humanos viajem a este local que foi o responsável por grande parte da imaginação de Leonardo há 500 anos. A NASA tem pensado em enviar astronautas a Lua no ano 2018, e eles devem permanecer ali por semanas ou até mesmo meses (os astronautas que foram na Apolo 11 estiveram por apenas dois dias lá). No processo, querem analisar o anoitecer e o halo do brilho terrestre, algo que nosso querido inventor do século XVI também teria gostado muito de fazer.


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