Fazer amor também é rir juntos
Fazer amor é uma das experiências mais bonitas e satisfatórias que podemos viver com outra pessoa. Há pessoas que dizem que sempre fazem amor e outras que dizem que sempre têm relações sexuais. A verdade é que não há apenas uma resposta certa, e que cada pessoa é diferente e percebe as situações de forma diferente.
Curiosamente, os esquimós chamam o “fazer amor” de “rir juntos”. Dessa forma, elimina-se todo o sentido de culpa ou vergonha e utilizam um termo que denota a cumplicidade e a diversão que supõe a intimidade com quem nós amamos.
“Fazer amor implica uma conexão com o amor que não ocorre a todo momento, nem mesmo entre duas pessoas que se amam”.
– Jorge Bucay –
Na atualidade, com o uso das novas tecnologias, nos comunicamos habitualmente através do celular. Assim, é frequente ver casais ou grupos de pessoas em bares, nas ruas e em milhares de lugares, totalmente concentrados em seu celular e perdendo a possibilidade de criar um momento agradável com as pessoas que os rodeiam. Isso supõe uma certa desumanização, já que o que parece que nos aproxima, realmente nos afasta cada vez mais.
Compartilhar nossa intimidade com alguém é muito mais que sexo, é cumplicidade, carinho, ajuda, compreensão, respeito, honestidade. É um conjunto de valores que parecem se perder, porque pode ser que tenhamos medo de nos mostrar como somos diante de outra pessoa.
Fazer amor é criar uma intimidade com alguém
A intimidade com outra pessoa não é criada ao ficarmos nus diante dela, é criada compartilhando tempo, aproveitando conversas, para irmos conhecendo pouco a pouco a outra pessoa e nos deixarmos conhecer, descobrindo afinidades comuns ou diferentes. Cada um de nós é um universo composto por muitos elementos que nos fazem únicos e que requerem um tempo e uma aproximação para serem descobertos e apreciados.
“A alma que pode falar com os olhos, também pode beijar com o olhar”.
– Gustavo Adolph Béquer –
Fazer amor é compartilhar
Compartilhar nosso tempo com uma pessoa que apreciamos é algo único, porque são momentos que não voltarão a se repetir. Também se trata de compartilhar olhares, carícias ou beijos carregados de significado.
Há ocasiões nas quais, com uma pessoa que conhecemos bem, basta um olhar para compreender o que estamos pensando e vice-versa: se ela nos olhar, saberemos com exatidão o que ela quer dizer, sem que palavras sejam necessárias.
Fazer amor é se divertir
Divertir-se com alguém e compartilhar momentos maravilhosos é algo que cria uma grande intimidade e cumplicidade com outra pessoa. Às vezes, como uma forma de nos proteger, mantemos nossa seriedade, mas o senso de humor, o saber rir de si mesmo, é uma qualidade que cria empatia e que favorece a aproximação.
Fazer amor é demonstrar seu carinho
Fazer amor não é só estar na cama com outra pessoa e ter uma relação sexual. Fazer amor é acariciar, é olhar essa pessoa, é desfrutar dessa intimidade que estamos criando juntos.
Além disso, o carinho por alguém é demonstrado ajudando e apoiando a pessoa que realmente nos importa quando ela precisa, dando um abraço quando ela está triste, mostrando nosso apoio através de uma simples carícia.
Fazer amor é ser você mesmo
A sexualidade envolve muito mais que o próprio ato sexual, porque não se trata de compartilhar um momento na cama com alguém, praticar sexo e desaparecer. A sexualidade pode ser manifestada de mil formas: um simples passeio de mãos dadas, um olhar por cima de uma mesa à luz de velas, um roçar casual, uma mensagem fora de hora, um encontro em um lugar inesperado.
Parece que temos medo de ser nós mesmos, não tememos que nos vejam nus, mas escondemos nossa alma o mais profundamente possível para que ninguém a veja.
É preciso mostrar quem somos e como somos, para revelar nossos defeitos e nossas virtudes. Mas somente sendo nós mesmos poderemos desfrutar uma relação plena com outra pessoa, deixando de ser o personagem que supomos que precisamos ser, e nos permitindo ser quem somos.
“Fazer amor é desfazer a luz, refazer a história, abandonar a cruz, morder o desejo, tirar o disfarce, roçar os dedos deixando a alma em paz”.
– Miguel Mateos –