Migalhas
Alguns anos atrás, na cidade de São Paulo, enquanto me dirigia ao metrô Vila Madalena em uma daquelas madrugadas frias, me deparei em meio àquela multidão desenfreada com uma cena um tanto atípica para aquele horário.
Encontrei sentada na escadaria uma jovem senhora com um bebezinho no colo implorando por trocados, ou um pedaço de pão. Aparentemente ela aparentava ser saudável, não possuía limitações físicas, mas ela estava ali, no seu desespero, suplicando por alguma ajuda.
Por opção ou não, a verdade é que nesta vida nos sujeitamos a muita coisa, seja humilhação, descaso, indiferença, desafeto, traições; e ao invés de tentarmos subir as escadas que a vida coloca diante de nós, nos colocamos no chão como desvalidos, sem rumo, a implorar por migalhas de atenção, de amor, consideração ou respeito de um certo alguém que não está nem um pouco preocupado com os nossos sentimentos.
Está na hora de sair dessa situação; recupere suas forças, levante-se e suba os degraus que estão diante de você.
Nada de migalhas
Porque ninguém nasceu para implorar nada de ninguém, muito menos amor.
Recupere seu amor próprio, ajude-se, ame-se, valorize-se! Não espere que os outros façam o que não é capaz de fazer por si mesmo!
“Apenas seguir em frente. Primeiro, porque nenhum amor deve ser mendigado. Segundo, porque todo amor deve ser recíproco.”
-Martha Medeiros-
Texto escrito por Irailde Santana.
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