A síndrome de Asperger

A síndrome de Asperger

Última atualização: 05 março, 2015

A Síndrome de Asperger, descrita pelo médico austríaco batizado com este nome, é um distúrbio do desenvolvimento cerebral, caracterizado por uma grave alteração no que tange às relações interpessoais e por transtornos de comportamento repetitivos.

As pessoas que padecem da síndrome de Asperger costumam se concentrar ou focar em apenas um objeto ou ideia, ignorando os demais. Possuem problemas para se relacionar com adultos ou com crianças da mesma idade, já que são incapazes de emitir respostas emocionais perante situações sociais cotidianas. São inflexíveis em suas rotinas, e não manifestam sentimentos de alegria quando se deparam com a felicidade de outras pessoas. Não se isolam do mundo como ocorre às vezes com as pessoas que padecem de autismo, e procuram se aproximar de outros indivíduos, porém devido aos problemas derivados da linguagem e da fala, apresentam uma tendência ao isolamento.

As crianças acometidas por esta síndrome são inteligentes e de aspecto físico normal, sem atrasos na linguagem. Sua compreensão perante situações sociais é de ingenuidade extrema. Porém, são nobres, sinceros, e fiéis, para não mencionar a sua bondade ilimitada. Sofrem atrasos motores (imperícia ao caminhar, atraso no aprendizado para usar a bicicleta, para pegar com as mãos uma bola, ou para encaixar jogos). Sua linguagem corporal pode ser nula, por vezes, pode falar em um tom monótono, e em outros casos, não sabem modular o volume de sua voz, dependendo de onde eles estão.

Costumam ser rotulados como estranhos ou esquisitos. Afeta de modo mais expressivo aos meninos, e em menor escala às meninas, em uma proporção de 3 para 7, na faixa etária dos 7 aos 16 anos. Os sintomas podem ser evidentes nos primeiros anos de vida, sendo registrado um atraso motor no período pre-escolar, e o déficit de interação social numa etapa escolar posterior. O percurso da doença é contínuo ao longo da vida. Especialistas avaliam um grupo básico de atitudes comportamentais a fim de diagnosticar com exatidão esta síndrome, que inclui as seguintes:

  • Não atender ao ouvir seu nome
  • Contato visual anômalo
  • Isolamento
  • Incapacidade para realizar gestos
  • Ausência de interesse por jogos interativos e por manter contato com colegas.

 

Psicólogos e psiquiatras são os responsáveis para emitir uma correta avaliação e prescrever um tratamento, pois muitas vezes a síndrome de Asperger pode ser confundida com o autismo. Apesar de fazer parte do (TGD), Transtorno Global do Desenvolvimento, e de compartilhar semelhanças, são transtornos muito diferentes.

Imagem cortesia de Richard Hall


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