3 atividades que cuidam do seu cérebro

3 atividades que cuidam do seu cérebro

Última atualização: 25 junho, 2017

Todos sabemos que o exercício é maravilhoso para o cérebro. A atividade física oxigena, estimula a circulação, e isso é benéfico para este órgão. Aumenta e intensifica as funções intelectuais e a percepção. Mas isso não é tudo: também inibe a produção de cortisol, o hormônio do estresse, e isso equilibra as emoções.

Outro dos benefícios que a atividade física oferece ao cérebro é a de propiciar um estado de bem-estar e felicidade. Isso se deve ao fato de que em um certo ponto, o exercício estimula a produção de serotonina. Esta mudança química permite experimentar um grande conforto emocional.

“Dançar é como sonhar com seus pés”.
-Constanze-

Em relação ao tema, foi realizado um interessante estudo nos Estados Unidos. Os pesquisadores queriam analisar quais eram os benefícios de caminhar, dançar e fazer alongamentos. Eles se perguntavam qual destas três atividades tinha efeitos mais positivos. Para descobrir, fizeram um experimento com um grupo de voluntários. Contamos a seguir o que foi feito e quais foram as conclusões.

O experimento sobre a atividade física e o cérebro

O primeiro passo foi formar um grupo de 174 voluntários. Todos eles eram pessoas com mais de 60 anos, e alguns tinham mais de 70. Sabe-se que nesta idade há uma degeneração da matéria branca do cérebro. Isso tem diferentes efeitos, como dificuldades de memória e deterioração das funções cognitivas.

Cérebro

Todos os voluntários eram pessoas sedentárias. A maioria deles não fazia nenhuma atividade física. Os que faziam exercícios só os praticavam esporadicamente e por períodos muito curtos de tempo. Era um grupo ideal para verificar as mudanças causadas pela atividade física no cérebro.

A princípio todos passaram por uma prova aeróbica. Também foram feitos exames para avaliar sua capacidade cognitiva e a velocidade com a qual conseguiam processar dados que eram fornecidos no laboratório. Estes testes foram a base que permitia estabelecer em que estado eles estavam no começo do experimento.

As atividades físicas comparadas

O grupo de voluntários foi dividido em três subgrupos. Não foi seguido nenhum padrão, e os grupos foram formados aleatoriamente. O primeiro começou um programa de caminhada. Os membros deveriam fazer um passeio, em passos rápidos, durante uma hora três vezes por semana.

Caminhar beneficia o cérebro

O segundo subgrupo era o dos alongamentos. Eles fizeram exercícios de alongamento muscular, também três vezes por semana. Além disso, faziam exercícios supervisionados de equilíbrio de outras habilidades menores.

O terceiro grupo deveria ir a um estúdio de dança três vezes por semana. Eles não apenas deveriam dançar, mas também aprender uma coreografia, a qual ia aumentando de complexidade. Tomaram com base um ritmo nada simples: o country.

Os resultados do experimento

O experimento se manteve durante seis meses contínuos para os três grupos, de forma invariável. Ao longo deste tempo, foram feitas diversas tomografias e ressonâncias magnéticas nos participantes para verificar quais mudanças haviam ocorrido no cérebro. Alguns resultados eram os esperados, mas outros foram realmente surpreendentes.

No começo, o mais notável é que a matéria branca do cérebro estava mais deteriorada em todos aqueles que haviam levado uma vida mais sedentária no começo do experimento. Depois, o mais visível foi que houve melhora em todos os participantes. Todos eles obtiveram melhores resultados nas provas cognitivas e de memória que foram aplicadas no final do experimento.

Mulher dançando

A grande surpresa se apresentou quando foram observados os resultados do terceiro grupo, ou seja, o que havia se dedicado a fazer uma coreografia complexa de dança. Todos os seus índices eram superiores aos dos demais. Os especialistas ressaltaram que isso se devia ao fato de que era uma atividade física acompanhada de uma mental, social e lúdica. Portanto, era mais integral. De fato, em muitos participantes foi observado um aumento da densidade da matéria branca no cérebro.

Agnieszka Burzynska, uma das líderes da pesquisa, indicou que já havia sido feito um estudo semelhante em 2014. Naquela oportunidade foi possível comprovar que quanto mais tempo uma pessoa permanece sentada, mais se deteriorava seu cérebro, mesmo que fizesse exercícios. Portanto, a grande conclusão é de que o sedentarismo afeta negativamente o cérebro. Além disso, a atividade física o reativa e a dança é muito mais eficaz do que outros tipos de exercícios.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.