3 curiosidades da teoria dos universos paralelos
Quase todo mundo já ouviu falar sobre a impressionante teoria dos universos paralelos. Trata-se de um tema inaugurado pela Física, mas suas implicações e arestas são tão amplas que acabam “invadindo” outros campos do conhecimento.
Na verdade, falar sobre a teoria dos universos paralelos é algo que implica questionamentos sobre o sentido da vida. Isso acontece porque nesse campo do pensamento tanto a vida quanto a morte têm uma lógica completamente diferente da que assumimos hoje em dia.
“Universo, um grande cassino no qual os dados são jogados e a roleta gira”.
-Stephen Hawking-
A teoria dos universos paralelos é o resultado de uma insólita combinação entre a teoria da relatividade e a física quântica. Basicamente, levanta a ideia de que não há apenas um universo, mas múltiplos universos que têm existência simultânea, no mesmo espaço e tempo. Disso decorrem uma série de hipóteses muito interessantes. Estas são três delas.
1. Não temos uma vida, mas um número infinito de vidas
Segundo a teoria dos universos paralelos, nossa existência tem infinitas possibilidades de desenvolvimento, como uma narrativa. Se o personagem central for pelo caminho da direita, encontrará um conjunto de experiências. Mas se for pelo caminho da esquerda, poderá viver coisas muito diferentes. Cada opção cria um novo universo.
Especula-se, então, que cada um de nós esteja vivendo uma infinita quantidade de vidas simultaneamente. Em uma delas somos, por exemplo, grandes magnatas. Na outra, mendigos de rua. Em outra morremos, e em outra continuamos vivos.
Portanto, com base na teoria dos universos paralelos, a morte não existe. Morremos em um universo, mas continuamos vivo em muitos outros. Como o número de universos é infinito, a vida também é. Essa talvez seja a consequência mais inquietante das tantas que são abordadas nessa teoria.
2. A percepção na teoria dos universos paralelos
O que se sugere é que não somos capazes de perceber os universos paralelos, simplesmente, porque estamos limitados pelos nossos sentidos. Temos apenas cinco sentidos e seriam necessários mais para poder captar essas outras realidades.
Os sentidos humanos só nos permitem captar três dimensões. Segundo a teoria dos universos paralelos, existem muitas outras dimensões, mas não temos o equipamento biológico que nos permita captar esse “mais além”.
Também se postula que em outros universos poderiam existir outras leis físicas. A gravidade ou o eletromagnetismo, por exemplo, poderiam obedecer a outra lógica. Portanto, nossa percepção seria inútil ou não teria nenhuma aplicação nessas condições. Por isso seria basicamente impossível percebê-los.
3. Os universos paralelos nunca se encontram
São chamados de universos paralelos exatamente porque todos são paralelos entre si. Isso significa que não existe nenhuma forma de se encontrarem, embora coexistam permanentemente. Mesmo assim, supõe-se que o choque entre dois desses universos provoca o que conhecemos como um Big-Bang. Ou seja, uma incomensurável explosão que, por sua vez, dá origem a novos universos.
Alguns físicos criaram a Teoria M. Seus criadores indicam que o universo está dentro de uma membrana. Essa membrana tem três dimensões. Para compreender melhor, podemos imaginar uma sala de cinema. O espectador está em um mundo de três dimensões, mas o que se projeta se vê como uma realidade de duas dimensões. Se o observador pudesse entrar no filme, estaria em uma realidade tridimensional, mas os demais espectadores continuariam vendo-o bidimensionalmente.
Segundo a Teoria M, o que existe nessa sala de cinema, que seria o universo, é um enorme conjunto de projeções flutuando. Como vários filmes que são projetados ao mesmo tempo, mas que são independentes entre si. Isso seria um “Multiverso”, ou um conjunto de universos paralelos.
Naturalmente, aqui apresentamos a ideia de uma forma muito básica e sintetizada. A teoria dos universos paralelos é uma complexa construção da física, que para muitos está mais próxima da ficção científica do que da realidade. Mesmo assim, importantes físicos contemporâneos dedicaram muitas horas ao estudo desse tema. Entre eles, Stephen Hawking, que supostamente estava trabalhando no assunto quando foi surpreendido pela morte. Pelo menos a morte nesse universo em que vivia conosco.