3 passos para alcançar a sabedoria emocional

3 passos para alcançar a sabedoria emocional

Última atualização: 13 junho, 2017

O que fazemos quando uma emoção que consideramos negativa aflora em nós? Sentir raiva, frustração ou ira provoca em nós uma reação instintiva de querer controlar o que sentimos. No entanto, não é raro que consigamos exatamente o contrário. Assim, ser conscientes desta e de outras engrenagens emocionais nos permitirá adentrar em um maravilhoso caminho da sabedoria emocional.

Graças à sabedoria emocional poderemos gerenciar melhor nossas emoções, evitando explodir de maneira desnecessária em momentos poucos adequados e impedindo que, em alguns casos, nos sintamos sem ar por todas estas sensações presentes em nosso interior, como as borboletas no estômago de quem está apaixonado.

“A sabedoria emocional determina nosso sucesso na vida”.
-Daniel Goleman-

Conselhos para seguir o caminho da sabedoria emocional

1. Não encapsule suas emoções

O que lhe diziam quando você era pequeno? Certamente reconhece frases como: “pare de chorar”, “um menino da sua idade não tem esses chiliques”, “olhe como você fica de cara feia quando está brava”… Todos estes comentários aparentemente inocentes dos pais fizeram com que você fosse educado para reprimir suas emoções.

Além de tudo isso, você cresceu sob diferentes influências que transmitiram que os homens não choram, ou que as mulheres são sensíveis demais. Estes tipos de crenças, entre muitas outras, fizeram com que você dissociasse sua expressão das emoções que sente.

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É importante saber quando dar carta branca ao que você sente. Por exemplo, se você está no meio de uma negociação muito importante, dar liberdade à sua ira ou ao choro de maneira descontrolada não será o melhor para o futuro do acordo. No entanto, isso não significa que você não possa desabafar depois ou que não possa expressar sua irritação sem prejudicar a negociação.

“Vivemos em uma sociedade que não nos educa para sermos pessoas emocionalmente inteligentes”.
-Daniel Goleman-

Você pode expressar suas emoções de forma adequada. Se algo é incômodo, violento, o deixou com raiva ou você simplesmente não concorda, pode dizê-lo! Com frases como “isso que você disse me machucou” você pode liberar um pouco desta emoção que o invadiu e proporcionar uma informação valiosa ao outro, que entenderá “não devo ir por este caminho”.

2. Não mantenha sempre o mesmo controle

Às vezes não é somente que você não expressa suas emoções com os demais, e sim que você mesmo tenta controlá-las quando não há nada de errado no fato de se precipitarem. Alguma vez você já tentou conter o choro, mesmo quando estava sozinho em casa? Se este for o caso, estará tentando frear uma emoção que estaria melhor se fosse livre.

Toda esta repressão de emoções da qual falamos no ponto anterior deu lugar ao que se pode chamar de “engolir as emoções”, algo que a sabedoria emocional não concebe. Quanto mais você engole, mais vão se acumulando, e cedo ou tarde acabarão saindo. O resultado desta digestão costuma ser um grande desastre.

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Certamente você conhece alguém, talvez inclusive seja você mesmo, que em determinados momentos explode (fora de si) em situações pouco adequadas e que não merecem este nível de agressividade, ira ou tristeza excessivas que a pessoa apresenta. Isso acontece porque você esteve guardado e engolindo muitas emoções que agora transbordaram do copo.

Um único gatilho pode causar um transbordamento de tudo que você estava tentando controlar em seu interior, mas que ironicamente, é incontrolável. Você estará fazendo mal a si mesmo, sofrendo ao se converter em um armazém de emoções que não lhe fazem sentir bem. É o momento de liberá-las no instante que requeiram isso.

3. Por mais humanas que sejam as emoções, também é preciso aprender a tratá-las

A sabedoria emocional não apenas propõe que você deixe de encarcerar suas emoções, mas coloca em foco algo muito importante: aprender como fazer isso. Toda emoção oferece algo: um ensinamento que é necessário saber interpretar antes que vá embora. De fato, uma vez que as escutamos e nos colocamos à disposição para agir, as emoções costumam se desfazer para dar energia à nossa ação.

Assim, não se trata de tratá-las como inimigas nem se situá-las do outro lado do ringue. Se as concebemos desta maneira o mais lógico é que interpretem este papel, mas não porque o tenham, e sim porque nós o demos a elas. Elas farão o que esperarmos delas. Se esperarmos que uma irritação arruine uma festa, ela certamente o fará.

Por outro lado, uma emoção ignorada talvez diminua sua intensidade, mas por não ter sido resolvida, corremos o risco de que reapareça em qualquer momento. Mais forte, mais invasiva e quando estamos mais fracos… e o que é mais importante, sem termos aprendido nada.

“Quando expresso o que penso e sinto, libero minha mente e curo meu corpo”.

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Quando estamos há anos tentando controlar e encarcerar o que sentimos, no final nosso corpo começa a dar sinais de alerta de que algo não vai bem, ou seja, somatiza as emoções. Não nos façamos este mal, deixemos de sofrer e comecemos a expressar o que sentimos quando nossas emoções assim o demandarem. Nos sentiremos muito melhor.

Imagens cortesia de Yassher Almajed.


Este texto é fornecido apenas para fins informativos e não substitui a consulta com um profissional. Em caso de dúvida, consulte o seu especialista.