Os 4 caminhos do yoga

Os 4 caminhos do yoga
Sergio De Dios González

Revisado e aprovado por o psicólogo Sergio De Dios González.

Escrito por María Hoyos

Última atualização: 22 dezembro, 2022

O yoga é uma técnica milenar oriental que, hoje em dia, é praticada no ocidente quase como qualquer outra prática esportiva. No entanto, para um desenvolvimento integral, recomenda-se seguir os 4 caminhos do yoga.

Atualmente podemos encontrar aulas em centros especializados ou em academias, ou ainda combinadas com outras práticas esportivas, como o pilates. No entanto, se o que buscamos é uma prática ideal do yoga, devemos seguir uma série de pautas levando em consideração que na sua prática há dois componentes igualmente importantes: o físico e o mental.

Esses 4 caminhos do yoga estimulam o nosso desenvolvimento em diferentes planos: a ação, a espiritualidade, a sabedoria e o controle mental e físico.

Karma yoga, o primeiro dos caminhos do yoga

Esse é denominado o “yoga da ação”. Baseia-se, como seu nome indica, na ação consciente de quem pratica. Está associado a aspectos como a atitude, o dever, a motivação e a renúncia.

O principal objetivo do primeiro dos 4 caminhos do yoga é a devoção religiosa. O indivíduo deve se entregar incondicionalmente a aquilo que acredita, deixando de lado as hipóteses sobre o resultado. Assim, ilustra uma máxima: o caminho é muito mais importante do que o destino, e nele deve-se cumprir com o dharma ou dever religioso.

O karma, ou seja, a ação, deve ter como destino Deus, de forma que se produza o moksha (a libertação).

Fazer ioga na praia

Existem diferentes formas de entender esse tipo de yoga, embora todas levem ao trabalho desinteressado (que pode ser material ou não). O resultado desse trabalho será correto, independentemente de ser útil ou não em função do grau de devoção da pessoa.

Bhakti yoga, o segundo caminho do yoga

Esse tipo de yoga se relaciona com a espiritualidade. Nele, tem relevância a relação entre Deus e a pessoa que acredita. Essa relação é estabelecida recitando o nome de Deus em forma de mantra. Os devotos também atingem essa relação por meio do canto de hinos, inclusive com símbolos. Outra parte importante é a peregrinação a lugares religiosos.

Todas essas ações aproximariam a pessoa de sua divindade e se traduziriam em relações de qualquer espécie. Por isso, há quem considere esse tipo de yoga como uma disciplina religiosa e não religiosa ao mesmo tempo. Estabelecer uma relação com Deus por meio do bhakti yoga pode significar se tornar amigo da divindade, ao mesmo tempo em que se cria um dever com ela.

Jñāna yoga, o terceiro caminho do yoga

Essa é a vertente que considera que a sabedoria ou o conhecimento absoluto é a forma mais adequada de se aproximar de Deus. Nessa disciplina, há o discernimento entre o material e o imaterial, entre o que é real e o que não é. Também se pratica o controle dos sentidos e dos impulsos como prova de sabedoria. A renúncia do prazer e a concentração são igualmente fundamentais.

Os seguidores dessa doutrina devem ter controle total das suas emoções, de suas experiências sensoriais, e dedicar sua existência ao conhecimento. Isso faz parte de sua devoção a Deus.

Pessoa meditando na praia

Raja yoga, o quarto caminho

O último dos 4 caminhos do yoga é o raja yoga.  Essa doutrina considera elemento fundamental o controle mental e físico como método para se aproximar de Deus. Sua doutrina não está muito clara. Por isso, muitas vezes foi confundido ou misturado com outros tipos de yoga. Entre os tipos de yoga que se relacionam com essa doutrina está o hatha yoga, um dos métodos de yoga mais difundidos no mundo todo, baseando-se em ásanas ou posturas.

A prática do raja yoga envolve, em muitos casos, a meditação. Para praticar esse tipo, é preciso procurar um local tranquilo no qual, sentado, o indivíduo possa se concentrar no presente e se distanciar de ruídos externos. Ao chegar a um estado de paz mental, o praticante deve aprender a alcançar esse estado no seu dia a dia.

Esses 4 caminhos do yoga são práticas religiosas muito antigas, descritas em livros de difícil interpretação. Hoje em dia, nossa concepção do yoga passa por interpretá-las a partir da nossa perspectiva ocidental, absorvendo o que nos interessa. Podemos querer simplesmente nos manter longe do estresse, aliviar dores nas costas ou nos conectar com a nossa espiritualidade de outra forma.


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